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Dona Adelaide

Dona adelaide ao levantar a saia,
Faz tremilíques por mostrar a meia,
Meia de seda e de bordados cheia,
Saia, com renda alva de cambraia.

Diz que mostrar à sua pífia aia,
A qual sobre ela com fervor gorjeia,
E diz que a andar se bamboleia,
Somente por inflamar mais essa raia.

Numa tarde chuvosa e enlameada,
Sobre o pézinho, à meio, saltitando,
Vinha a meia e a saia mostrando,
Seguida de faceira passarada.

Eis que escorrega, tomba sobre a amiga,
À qual ao levantar-se toda encalistrada,
Ó céus, dona adelaide, a bela fada,
A meia mostra até… depois da liga !…

Menina faceira

Menina faceira

Requebra ligeira

Seu corpo na dança

Seu corpo na dança

Enquanto é tangida

Viola querida

Viola querida

Não cansa

Seu pé tão mimoso

Batendo no chão

Parece que bate

No meu coração

Parece que bate no meu coração

Parece que bate no meu coração

Bata mais minha serêa

Bata mais minha sinhá

Sapatêa sapatêa

Ta-rá-tá-tá

Bata mais minha serêa

Bata mais minha sinhá

Sapatêa sapatêa

Tá-ra-tá-tá!

Cabôca bunita

Quando tu passa nus mato, meu bem 
Cantando pulos caminho 
Vai seguindo atrás de ti, meu bem 
Um bando di passarinho 

Ai, caboca bunita 
Mi da um beijinho! 

Quando tu inda vem de longe, meu bem 
Eu já di longe adivinho 
Eu sinto istremecê, meu bem 
As corda desse meu pinho 

Ai, caboca facera 
Mi dá um beijinho! 

Quando tu samba nus samba, meu bem 
Parece um beija-frozinho 
Qui avoa di frô in frô, meu bem 
Cumo a percura di um ninho 

Ai, caboca dengosa 
Mi dá um beijinho!