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Ao amigo Tom

Amigo Tom que bom que você voltou
Não mate de saudade quem te amou
Não brinque de ficar por lá
Se fica a gente aqui
Sem ter o que cantar.

Amigo Tom, aqui nada mudou
Não deu ninguém maior que Drummond
Parece que é a insensatez
Tomou conta de vez
E o samba se calou

Ainda tem o azulão
A voar, a cantar
No mar há pesca de arrastão
Marimbás e saltão

Amigo Tom, aqui é o teu lugar
Se alguém de novo te chamar pra lá
Alegue o fim de uma canção
Ou medo de avião
E nunca partas mais

Ainda tem o azulão
A voar, a cantar
No mar há pesca de arrastão
Marimbás e saltão

Amigo Tom, aqui é o teu lugar
Se alguém de novo te chamar pra lá
Porque se depender de nós
Ou de uma oração
Você não volta mais

Mustang cor de sangue

A questão social, Industrial
Não permite e não quer que eu ande a pé
Na vitrine um Mustang cor de sangue

Tenho um novo ideal, sexual
Abandono a mulher virgem no altar
Amo em ferro e sangue
Um Mustangue cor de sangue

No farol vejo o seu olhar
Minha mão toca a direção 
No painel eu vejo o seu amor 
E o meu corpo invade o interior

A questão social, Industrial
Não permite e não quer que eu seja fiel
Na vitrine um Corcel cor de mel

Meu Corcel, cor de mel, meu corcel

No farol vejo o seu olhar
Minha mão toca a direção 
No painel eu vejo o seu amor 
E o meu corpo invade o interior

Viola enluarada

A mão que toca um violão
Se for preciso faz a guerra
Mata o mundo, fere a terra
A voz que canta uma canção
Se for preciso canta um hino
Louva à morte

Viola em noite enluarada
No sertão é como espada
Esperança de vingança
O mesmo pé que dança um samba
Se preciso vai à luta
Capoeira

Quem tem de noite a companheira
Sabe que a paz é passageira
Prá defendê-la se levanta
E grita: Eu vou!
Mão, violão, canção e espada
E viola enluarada
Pelo campo e cidade
Porta bandeira, capoeira
Desfilando vão cantando
Liberdade. Liberdade

Quem tem de noite a companheira
Sabe que a paz é passageira
Pra defendê-la se levanta
E grita: Eu vou!
Porta bandeira, capoeira
Desfilando vão cantando
Liberdade
Liberdade, liberdade, liberdade

Com mais de 30

Não confie em ninguém com mais de trinta anos
Não confie em ninguém com mais de trinta cruzeiros
O professor tem mais de trinta conselhos
Mas ele tem mais de trinta, oh mais de trinta
Oh mais de trinta
Não confie em ninguém com mais de trinta ternos
Não acredite em ninguém com mais de trinta vestidos
O diretor quer mais de trinta minutos
Pra dirigir sua vida, a sua vida
A sua vida
Eu meço a vida nas coisas que eu faço
E nas coisas que eu sonho e não faço
Eu me desloco no tempo e no espaço
Passo a passo, faço mais um traço Faço mais um passo, traço a traço
Sou prisioneiro do ar poluído
O artigo trinta eu conheço de ouvido
Eu me desloco no tempo e no espaço
Na fumaça um mundo novo faço Faço um novo mundo na fumaça
Não confie em ninguém…

Samba de verão

Você viu só que amor nunca vi coisa assim
E passou nem parou mas olhou só pra mim
Se voltar vou atrás vou perdir vou falar
Vou contar que o amor foi feitinho pra dar
Olha é como o verão quente o coração
Salta de repente para ver a menina que vem

Ela vem sempre tem esse mar no olhar
E vai ver tem que ser nunca tem quem amar
Hoje sim diz que sim já cansei de esperar
Nem parei nem dormi só pensando em me dar
Peço mas você não vem bem
Deixo então falo só digo ao céu mas você vem