Análise de Letras

Quando Eu Morri

Quando eu morri em dezembro
De mil novecentos e setenta e dois
Esperava ressuscitar e juntar os pedaços

Da minha cabeça
Um tempo depois um psiquiatra disse
Que eu forçasse a barra
E me esforçasse pra voltar à vida
E eu parei de tomar ácido lisérgico
E fiquei quieto lambendo minha própria ferida
Sem saber se era crime ou castigo

E se havia outro cordão no meu umbigo
Pra de novo arrebentar
Pois eu fui puxado à ferro
Arrancado do útero materno
E apanhei pra poder chorar
Quando eu morri suando frio
Vi Jimmy Hendrix tocando nuvens distorcidas
Eu nem consegui falar
E depois por um momento
O céu virou fragmento do inferno
Em que eu tive que entrar
Eu sentia tanto medo, só queria dormir cedo

Pra noite passar depressa
E não poder me agarrar
Noites de garras de aço
Me cortavam em mil pedaços
E no outro dia eu tinha que me remendar
E se a vida pede a morte
Talvez seja muita sorte eu ainda estar aqui
E a cada beijo do desejo
Eu me entorpeço e me esqueço
De tudo que eu ainda não entendi

Comentários

igor mascarenhas

18/12/2013

Essa musica nao tem nada haver com vicio de drogas. Me desculpa galera, mas nem tudo é tao simples assim, toda musica de rock que existe citaçao de droga, todo mundo fala que é sobre droga, é muito raso isso, tentem mais. Essa musica fala sobre uma fase da vida em que existe a quebra do seu velho "eu" seu velho status quo! E voce se ve obrigado a se reinventar pra continuar vivendo, é uma epoca de muita observaçao, ou como muito chamam o despertar de consciencia, que nos faz ficar refletindo mais.. Por isso Marcelo para de tomar acido lisérgico e começa a lamber as próprias feridas (quem ja passou por isso sabe como ficamos remoendo o passado nos perguntado , era certo? era errado?, uma culpa fudida pela morte de ego, pela morte das certeza da vida daquela epoca) sem saber se era crime ou castigo... é simples mente o aceitar que nessa vida sabe mais quem entende que nao sabe nada! hehe Já dizia um filosofo tempos atras! ... e o resto voces interpretem sem bábá

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leozito

08/05/2013

Quando eu morri em dezembro De mil novecentos e setenta e dois Esperava ressuscitar e juntar os pedaços Da minha cabeça Um tempo depois”ele faz referente aos efeitos do lsd que causa sesaçoes de morte eminente so quem experimentou sabe do que eu tou falando

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Jose Maria

06/11/2012

Isto foi uma overdose....e fácil de ver na letra...e na verdade a noite e a parte mais difícil para alcoólatras e adictos...

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rosiel

22/02/2012

Quando eu Morri Quando eu morri Em Dezembro De mil novecentos e setenta e dois Esperava ressuscitar e juntar os pedaços Da minha cabeça Morrer nessa música tem o significado de fazer o uso de drogas, ou seja, em 1972 ele ainda estava "morto" e buscava ressuscitar pois naquele ano ele se casou e no ano seguinte ocorreu o nascimento de sua filha, Penélope Nova. Aquele era um momento especial para Marcelo e ele buscava se afastar das drogas. Um tempo depois um psiquiatra disse Que eu forçasse a barra E me esforçasse pra voltar à vida E eu parei de tomar ácido lisérgico E fiquei quieto lambendo minha própria ferida Desesperado para largar as drogas, Marcelo procurou psiquiatras e médicos, mas depois ele decidiu que a iniciativa teria que vir dele mesmo e ele parou de usar drogas e se isolou um pouco enquanto tentava se curar. Nessa parte ele faz uma referência aos cachorros que tem uma substancia cicatrizante na saliva e por isso tem o hábito de lamber as feridas. Marcelo tentava regenerar-se pra poder voltar a vida. Sem saber se era crime ou castigo E se havia outro cordão no meu umbigo Pra de novo arrebentar Pois eu fui puxado à ferro Arrancado do útero materno E apanhei pra poder chorar Quando eu morri suando frio Vi Jimmy Hendrix tocando nuvens distorcidas Eu nem consegui falar E depois por um momento O céu virou fragmento do inferno Em que eu tive que entrar Sem saber o que havia feito pra merecer tal sofrimento, um crime? Um castigo divino? Será que existe outra chance pra ele? Uma oportunidade? Mas ele conseguiu se livrar, de maneira violenta como é toda reabilitação, mas lá no fundo ele ainda queria voltar pra os braços do ácido lisérgico, e por um momento voltou, mas quando tudo aquilo cessou, toda a magia das alucinações acabou e o céu se tornou o inferno em que ele mesmo escolheu entrar Eu sentia tanto medo, só queria dormir cedo Pra noite passar depressa E não poder me agarrar Noites de garras de aço Me cortavam em mil pedaços E no outro dia eu tinha que me remendar E se a vida pede a morte Talvez seja muita sorte eu ainda estar aqui E a cada beijo do desejo Eu me entorpeço e me esqueço De tudo que eu ainda não entendi Cada vez que o desejo é mais forte, as noites mais atraentes e a vontade mais forte, "Eu me entorpeço e me esqueço, de tudo que ainda não entendi" e quando acordava tinha que se remendar e tentar se recuperar, pois sua sede retornava. Felizmente Marcelo se recuperou e durante muito tempo lutou pra Raul Seixas não cair na mesma desgraça, luta essa que foi em vão e findou com a morte de Raul e o fim de sua parceria de sucesso.

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Lucas

10/11/2011

Marcelo nova se casou em 1972 com 19 anos e viveu o seu próprio inferno(o céu virou fragmento do inferno que teria que entrar) com LSD, acido licergico e bebidas.

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Julio Nunes

03/09/2011

Putz, aborto e dependência química!! Quanta viagem

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Marco Antônio

29/05/2011

Bem, dizer que essa música fala do aborto, é porque a pessoa não leu a letra com calma. Essa música fala de um dependente químico que teve que se internar numa clínica e nasceu de novo. Essa música é muito boa. Nossa juventude deveria ouví-la SEMPRE!!!! DROGAS TÔ FORA!!!

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Rafael Andrade

08/04/2010

ABORTO. Vejam: "Quando eu morri em dezembro De mil novecentos e setenta e dois Esperava ressuscitar e juntar os pedaços Da minha cabeça Um tempo depois" "E se havia outro cordão no meu umbigo Pra de novo arrebentar Pois eu fui puxado à ferro Arrancado do útero materno E apanhei pra poder chorar" "Noites de garras de aço Me cortavam em mil pedaços E no outro dia eu tinha que me remendar". Mas detalhe: a música foi composta por Marcelo Nova. Ela foi gravada na álbum a Panela do Diabo, deste com Raul.

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