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Os amantes

Qualquer dia, qualquer hora
A gente se encontra
Seja aonde for, prá falar de amor (Bis)

Prá matar a saudade,
Da felicidade
Dos instantes que juntos passamos
E promessas juramos
Reviver os momentos
De sonho e de paixão
Das palavras loucas
Vindas do coração

Meu amor
Ah se eu pudesse te abraçar agora
Poder parar o tempo nessa hora
Prá nunca mais eu ver você partir (Meu amor) (Bis)

O divórcio

Treze anos eu te aturo
Eu não aguento mais
Não há Cristo que suporte
Eu não suporto mais
Treze anos me seguro
E agora não dá mais
Se treze é minha sorte
Vai, me deixa em paz

Você vem me infernizando
Como Satanás
Você vem me enclausurando
Como Alcatraz
Você vem me sufocando
Como o próprio gás
E ainda vive me gozando
Assim já é demais

Você vem me tapeando
Como um pente-fino
E vem me conversando
Como a um bom menino
E vem subjugando
O meu destino
E vem me instigando
A um desatino

Um dia eu perco a timidez
E falo sério
E faço as minhas leis
Com meu critério
Eu vou para o xadrez ou cemitério
Mas findo de uma vez
Com seu império

Meu caro amigo Chico

Amigo Chico, recebi a sua carta
E talvez eu já não parta
Como estava planejando
Você me diz que a coisa aí tá preta
E na pá e na picareta a gente acaba segurando

Tava querendo regressar ainda este ano
Mas você mudou meu plano
Lhe agradeço pela pista
Se estão jogando futebol
Se estão dançando rock’n roll
Sinceramente, sua gente é masoquista

Por outro lado
To cansado de dar duro
E queria no futuro humildemente descansar
E esperando bem sentado
Aquele reino encantado
Que disseram pra eu humilde esperar

Mas ser humilde hoje em dia é careta
O negócio é mutreta
E pelo que você me diz
A coisa aí anda tão preta
Que nem dando pirueta
Em seu planeta
Se consegue ser feliz

Porta aberta

Pela porta aberta
De um coração descuidado
Entrou um amor em hora incerta
Que nunca deveria ter entrado
Chegou, tomou conta da casa
Fez o que bem quis e saiu
Bateu a porta do meu coração
Que nunca mais se abriu

Por isso a nostalgia tomou conta de mim
Mas um amigo percebeu e disse assim
Para que tanta tristeza, rapaz?
Acabe com ela e vem comigo conhecer a Portela
Portela, fenômeno que não se pode explicar
Portela, portela
Uma corrente faz a gente sem querer sambar
É ela, é ela, o novo amor
A quem eu quero agora me entregar
O samba fez milagre
Reabriu meu coração para a Portela entrar
O samba fez milagre e reabriu meu coração

Ciúme de você

Se você demora mais um pouco
Eu fico louco esperando por você
E digo que não me preocupa
Procuro uma desculpa
Mas que todo mundo vê
Que é ciúme
Ciúme de você
Ciúme de você
Ciúme de você

Se você põe aquele seu vestido
Lindo!
E alguém olha pra você
Eu digo que já não gosto dele
Que você não vê que ele
Está ficando demodê
Mas é ciúme
Ciúme de você
Ciúme de você
Ciúme de você

E esse telefone que não para de tocar
Está sempre ocupado
Quando eu penso em lhe falar
Quero então saber logo quem lhe telefonou
O que disse, o que queria
E o que você falou
Só de ciúme
Ciúme de você
Ciúme de você
Ciúme de você

Se você me diz que vai sair
Sozinha!
Eu não deixo você ir
Entenda que no meu coração
Tem amor demais, meu bem
E essa é a razão

Do meu ciúme
Ciúme de você
Ciúme de você
Do meu ciúme
Ciúme de você
Ciúme de você

Renda negra

Aquela louca
deixou lá em casa umas peças de roupa
depois daquele triste bate boca
em que brigamos e ela foi embora

Deixou uma calça jeans e uma camiseta
e eu vejo ainda sua silhueta
como se aqui ela estivesse agora

Deixou um vestido branco molhado de chuva
que mostrava aquelas belas curvas
quando ciúmenta foi atrás de mim

Mas o que me trás saudade até dizer chega
é uma pecinha assim de renda negra
com perfume de jasmim

Ô renda negra pedeço de desejo
que a toda hora eu beijo com saudade de você amor

Ô renda negra preciso encontrá-la
aquela louca carregou na mala
meu coração que vai onde ela for

Camisa preta

Galo cantou
Às três da madrugada
Quem matou camisa preta
Foi um cabo da brigada

Eu queria ver a Lapa
Sendo novamente a Lapa
Mas sem rabo de arraia
Sem pernada e sem tapa
Malandragem só na rima
No repente, no pincel
De poeta, de pintor
Violão e menestrel

Galo cantou
Às três da madrugada
Quem matou camisa preta
Foi um cabo da brigada

Eu queria ver os arcos
Com os retratos dos sambistas
Ataulfo, Lupicínio, Noel e Wilson Batista
Eu queria ver um Hippie
Expondo seu artesanato
Atores, escritores
Que beleza, que barato!

Galo cantou
Às três da madrugada
Quem matou camisa preta
Foi um cabo da brigada

Eu queria ver a Lapa
Reunindo os saudosistas
Mas também sendo o celeiro
De novos e grandes artistas
Eu queria ver a Lapa
Bem voltada pra raiz
Que beleza para o povo
Pro turista e pro país

Galo cantou
Às três da madrugada
Quem matou camisa preta
Foi um cabo da brigada

Águia na cabeça

Vejo claramente tudo que vai acontecer
Quando este ano minha escola aparecer
Carnaval é loteria, é jurado julgando a revelia.

Mas aconteça o que aconteça
Este ano vai dar águia na cabeça
Este ano vai dar águia na cabeça
Este ano vai dar águia na cabeça

Vejo claramente lá vem ela surgindo
E deste chão vai subindo
Uma corrente de emoção
É a maior energia que o corpo arrepia
E aquece o coração
Iluminando a multidão

E por falar em claridade
Lá vem ela menina guerreira
Sorrindo, cantando acenando.
Mais viva que nunca tão parceira
E por falar em saudade
Lá vem o Paulo o Candeia e o Natal
Mostrando que para a Portela
Não há distância entre o céu e a terra.

Mas carnaval é loteria
Como já dizia o velho Natal
É mais fácil acertar o milhar
Do que ganhar o carnaval

Mas aconteça o que aconteça
Este ano vai dar águia na cabeça
Este ano vai dar águia na cabeça
Este ano vai dar águia na cabeça

Volta no início…

A saudade que ficou (o lencinho)

Aquele lencinho que você deixou
É um pedacinho da saudade que ficou
(aquele lencinho)
Aquele lencinho que você deixou
É um pedacinho da saudade que ficou

Era a felicidade que acenava pra mim
Hoje é bandeira da saudade
Banhada num pranto sem fim

Um lencinho não dá pra enxugar
O rio de lágrimas que eu tenho pra chorar
Que nasce na saudade que ficou no seu lugar
Que nasce na saudade que ficou no seu lugar
Um lencinho não dá pra enxugar
O rio de lágrimas que eu tenho pra chorar
Que nasce na saudade que ficou no seu lugar
Que nasce na saudade que ficou no seu lugar

Conto até dez

Hoje eu conto até dez, pra não errar onde errei
Um, dois, três, quatro, cinco, seis,
Sete, oito, nove, no dez já me acalmei
Mas hoje, hoje eu conto até dez, pra não errar onde errei
Um, dois, três, quatro, cinco, seis,
Sete, oito, nove, no dez já me acalmei
Um, eu era um, sem amor, sem prazer nenhum,
Dois, eu virei dois, quando eu a encontrei depois,
Três, viramos três e quatro quando crianças enfeitaram nosso quarto
Mas cinco já era demais, era um rival para perturbar a minha paz
Por isso hoje, hoje eu conto até dez pra não errar onde errei
Um, dois, três, quatro, cinco, seis,
Sete, oito, nove, no dez já me acalmei
Mas hoje, hoje eu conto até dez pra não errar onde errei
Seis, seis vezes disparei, onde foi que eu atingi nem sei
Sete,sete jurados com razão me condenaram a oito longos anos de prisão
Nove, nove anos se passaram do revés
Que me deu a experiência, que amor não vale a penitência
Hoje eu conto até dez, pra não errar onde errei
Um, dois, três, quatro, cinco, seis,
Sete, oito, nove, no dez já me acalmei
Mas hoje, hoje eu conto até dez, pra não errar onde errei
Um, dois, três, quatro, cinco, seis,
Sete, oito, nove, no dez já me acalmei

Bonequinha

Bonequinha linda
Que Deus me mandou
Me faz um carinho
E diz que eu sou seu amor

Me faz um carinho
E diz que eu sou seu amor
Eu era um barco errante
Sem rumo a navegar

Você é a estrela brilhante
Que veio pra me guiar
Bonequinha meu xodó
Tem tem tem de mim tem dó
Me abraça e nunca me deixe só

O lobo da madrugada

Quando você me viu
Viu bondade nos meus olhos
E pensou que descobriu seus poços de petróleo
Confundiu-me com palhaço
Com otário ou com um santo
E então jogou seu laço
Que fracasso, no entanto

Você veio buscar lã
E saiu tosqueada
Ovelhinha da manhã
Sou o lobo da madrugada

Só queria proteção
Com alguns milhões por mês
Só queria o coração
De mim e de mais uns três

Só queria o meu afeto
Com colares e anéis
Um carango e um teto
Pros momentos infiéis

Mas você veio buscar lã
E saiu tosqueada
Ovelhinha da manhão
Sou o lobo da madrugada

É que eu vivi no morro
De engraxate a bacharel
Freqüentei roda de bamba
Lá na terra de Noel

Eu caí cedo no mundo
E aprendi desde a infância
A conhecer um vagabundo
A cem metros de distância

E você veio buscar lã
E saiu tosqueada
Ovelhinha da manhã
Sou o lobo da madrugada

Saudades da república

República, república
Ai que saudades dos meus tempos de república (estribilho 2x)

Chegava de porre no quarto
Cantando chorinho e sambão
Acordava no meio da noite
Fazendo a maior confusão
A camisa que eu mais gostava
Enxugava o chão do corredor
E uma meia da mulher amada
Era lá na cozinha o melhor coador
Estribilho
Livro emprestado não vinha
E o que vinha não ia também
Tomava o dinheiro emprestado
Depois não pagava ninguém
Nota baixa tirava de letra
Na roda de samba e batida
E brigava sem ser carnaval
Se falasse mal da portela querida
Estribilho
Requeijão que mamãe me mandava
Sumia sem nêgo saber
A pelada era de madrugada
Com bola de não sei o quê
Esse tempo agora é passado
Foi um doce de felicidade
Pois agora a barriga burguesa
Atrás de uma mesa chora de saudade

Nossa canção

Olhe aqui, preste atenção
Essa é a nossa canção
Vou cantá-la seja aonde for
Para nunca esquecer
O nosso amor
Nosso amor!…

Veja bem, foi você
A razão e o porquê
De nascer esta canção assim
Pois você é o amor
Que existe em mim…

Você partiu e me deixou
Nunca mais você voltou
Prá me tirar da solidão
E até você voltar
Meu bem, eu vou cantar
Essa nossa canção…

No silêncio da madrugada

Será que essa gente percebeu que essa morena desse amigo meu
Tá me dando bola tão descontraída
Só que eu não vou em bola dividida
Pois se eu ganho a moça eu tenho o meu castigo
Se ela faz com ele vai fazer comigo
Se eu ganho a moça eu tenho o meu castigo
Se ela faz com ele vai fazer comigo
E vai fazer comigo exatamente igual
Ela é uma morena sensacional
Digna de um crime passional
E eu não quero ser manchete de jornal

Será que essa gente percebeu que essa morena desse amigo meu
Tá me dando bola tão descontraída
Só que eu não quero que essa gente diga
Esse camarada se androginou
A moça deu bola a ele e ele nem ligou
Esse camarada se androginou
A moça deu bola a ele e ele nem ligou

Bola dividida

Será que essa gente percebeu que essa morena desse amigo meu
Tá me dando bola tão descontraída
Só que eu não vou em bola dividida
Pois se eu ganho a moça eu tenho o meu castigo
Se ela faz com ele vai fazer comigo
Se eu ganho a moça eu tenho o meu castigo
Se ela faz com ele vai fazer comigo
E vai fazer comigo exatamente igual
Ela é uma morena sensacional
Digna de um crime passional
E eu não quero ser manchete de jornal

Será que essa gente percebeu que essa morena desse amigo meu
Tá me dando bola tão descontraída
Só que eu não quero que essa gente diga
Esse camarada se androginou
A moça deu bola a ele e ele nem ligou
Esse camarada se androginou
A moça deu bola a ele e ele nem ligou