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Bachianas Brasileiras No. 5

Tarde uma nuvem rósea lenta e transparente.
Sobre o espaço, sonhadora e bela!
Surge no infinito a lua docemente,
Enfeitando a tarde, qual meiga donzela
Que se apresta e a linda sonhadoramente,
Em anseios d’alma para ficar bela
Grita ao céu e a terra toda a Natureza!
Cala a passarada aos seus tristes queixumes
E reflete o mar toda a Sua riqueza…
Suave a luz da lua desperta agora
A cruel saudade que ri e chora!
Tarde uma nuvem rósea lenta e transparente
Sobre o espaço, sonhadora e bela!

Por toda a minha vida

Ah! meu bem amado

quero fazer de um juramento uma canção

eu prometo por toda a minha vida

ser somente tua

e amar-te como nunca

ninguem jamais amou

ninguem!

ah! meu bem amado

estrela por aparecida

eu te amo e te proclamo

o meu amor, o meu amor

maior que tudo quanto existe

oh! meu amor

eu te amo e te proclamo

o meu amor, o meu amor

maior que tudo quanto existe

oh! meu amor

Hei de Amar-te Até Morrer

Ingrata, por que me foges?
Por que me fazes sofrer? (bis)

É inútil me fugires
Hei de amar-te
Hei de amar-te até morrer !

Onde quer que vás, ingrata,
A tua sombra hei de ser (bis)

Hei de morrer por amar-te
Hei de amar-te
Hei de amar-te até morrer !

Conselhos

Menina venha cá deixe o que faz
Se por seu gosto o casamento quer
A vontade ao marido há de fazer
Que este dever o casamento traz
Se o homem velho for, ou se ainda rapaz
Tome, tome a lição que ele quiser lhe dar
Se poções e contradanças não quiser
Também não queira que é melhor pra não brigar
Menina venha cá, veja o que faz

Procure de agradar, sem contrariar
Procure sempre obedecer
Tenha dele cuidados com amor
Enquanto ao resto, deixe lá correr

Se ainda muito moço e arrebatado for
Nada, nada de ciúmes que seria pior
Oh menina venha cá veja o que faz
A mulher só faz o homem bom e mal
Que assim como dá pão, pode dar pau

Lundu da Marquesa de Santos

Minha flôr idolatrada
Tudo em mim é negro e triste
Vive minh’alma arrasada Ó Titilha
Desde o dia em que partiste
Este castigo tremendo
já minh’alma não resiste, Ah!
Eu vou morrendo, morrendo
Desde o dia em que partiste

Tudo em mim é negro e triste
Vive minh’alma arrasada, Ó Titilha!
Desde o dia em que partiste
Tudo em mim é negro e triste
Este castigo tremendo, tremendo.

Minha flôr idolatrada
Tudo em mim é negro e triste
Vive minh’alma arrasada Ó Titilha
Desde o dia em que partiste
Este castigo tremendo
já minh’alma não resiste, Ah!
Eu vou morrendo, morrendo
Desde o dia em que partiste
Ó titilha