A curiosidade de saber
O que me prende?
O que me paralisa?
Serão dois olhos
Negros como os teus
Que me farão cruzar a divisa…
É como se eu fosse pr’um Vietnã
Lutar por algo que não será meu
A curiosidade de saber
Quem é você?…
Dois olhos negros!
Dois olhos negros!
Queria ter coragem de te falar
Mas qual seria o idioma?
Congelado em meu próprio frio
Um pobre coração em chamas…
É como se eu fosse um colegial
Diante da equação
O quadro, o giz
A curiosidade do aprendiz
Diante de você…
Dois olhos negros!
Dois olhos negros!
O ocultismo, o vampirismo
O voodoo
O ritual, a dança da chuva
A ponta do alfinete, o corpo nú
Os vários olhos da Medusa…
É como se estivéssemos ali
Durante os séculos fazendo amor
É como se a vida terminasse ali
No fim do corredor…
Dois olhos negros!
Dois olhos negros!
Dois olhos negros!
Dois olhos negros!
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