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Nas asas da canção

Vou viajar nas asas da canção
Até encontrar a inspiração pra compor
Um sublime poema de amor

Quero reunir as mais lindas notas musicais
Pra fazer feliz meu coração
Que já sofreu demais

Quero reunir as mais lindas notas musicais
Pra fazer feliz meu coração
Que já sofreu demais

Ó musa
Me ajude como outrora
Não me abandone agora
No ocaso da vida

Sei que a minha mente está cansada
Foram tantas madrugadas
Quantas ilusões perdidas

Quero versos com muito lirismo
Para tirar do abismo, meu pobre coração
Rica melodia emoldurando a fantasia da minha imaginação

Vaga-lume

Vagalume eu confesso a voce que antigamente

ainda criança sem paixão, sem mágoa

eu gostava olhar o sol de frente

até ficar com os olhos rasos dágua

mas o tempo passou

a cruz, o açoite

fiquei como voce

pois toda noite eu saio por ai vagando a toa

vagalume, gôta de luz que que voa

vagalume, vagalume, gôta de luz que voa

vagalume, vagalume, gôta de luz que voa

Por favor

Doida, a língua bebe a estranheza:
Gosto de maçã, flor da nova eva
-a incerteza ensaia um não
Mas a voz do coração
Se antecipa e diz: me leva!
Eu que antes de ti considerava
Crises de paixão, coisa de covarde,
Eu que amava o singular,
Eu que desmanchava o par
Só penso em pedir: me invade, por favor…

Luas de Subúrbio

Nos sonhos do ilhéu
Onde acaba o mar e começa o chão do céu. 
Toda tristeza é coisa vã
e não vai durar
pois morrer no mar é regressar à mãe.
Quando meu barco naufragou,
fui ao paraísomas o que eu preciso lá não tinha não
e então eu peguei do remoe pedi ao demo uma explicação.Ele me fez jurar um segredo eterno:me contou que o inferno é a recordação. 
De um vulcão feito de Vesúvio, 
luas de subúrbios explodiram com gladíolos no portão. 
Num vão de escada um pobre velho 
com um realejo 
me soprou um beijo na palma da mão 
mas quando olhei pro demônio 
seu jeito tristonho me fez compreender. 
Eu li nos olhos dele:esse é você…

Exílio e paraíso

Eu queria ser o ser de outro alguém
e o perigo é não ser mais ninguém.
Estrada estreita a vereda do amor
mas que descamba no infinito… 
onde meu grito vira sussurro, onde o
abajur deslumbra quem se oculta na
penumbra e murmura boleros… 
Paz de violão que o coração
disparando em mim, ai, contradiz…
Estrada estranha a vereda do amor,
luas e lírios onde piso, onde o exílio e
o paraíso são quase uma coisa só,
onde a crueldade é dó é o retorno é o degredo… 
Giro no Baile Perdido dos meus 15 anos… 
vem a mulher de vermelho
e encantos ciganos violar meus segredos…
Ao olhar no espelho há amores tais
que o par só vê um, ninguém mais…

Pra quem quiser me visitar

Fiz o meu rancho lá nas nuvens
onde se pode conversar,
onde os anjinhos são cor de chope…
Tomo cuidado só ao debruçar
vendo o mar, ai…
Toco piano e a Virgem canta,
diz pro Menino : Tio Tom.
Senta à vontade e a coxa santa
me dá saudade do Leblon.
Sei das manhãs
que só nascem de tarde
entre silêncios de alarde,
vi que o Sol sente inveja
das asas do Urubu…
Aos meus amigos que ficaram
um portador há de levar
um par de asas
e um pára-quedas
pra quem quiser me visitar.

Cordas

Bandolim, bandolim, bandolim
diz que não, diz talvez, diz que sim,
não diz coisa com coisa pra mim,
diz que a vida anda assim, assim.
E me conta os anseios tristonhos
que teus sons de cristal põem nos sonhosdas mulheres do porto às princesas do reino.
Veneno… discórdia…Quero sim, quero não, ai de mim…,não traí, traí sim, bandolim.Tua voz me alicia em cetim,
riso clinico em céu de jasmim.Bandolim se você me ensinasse…
bandolim, você sabe o disfarce
entre o Rei e o Bobo:a comédia da arte
– o Todo, a Parte… 
E um dia, na hora do fim,
diz juntinho de mim, bandolimtitim por tristezao elan de belezaque há na corda arrebentada.
Bandolim, bandolim, bandolim, recordaBandolim, diz que não, diz que sim, discorda.

Baião de Lacan

A terra em transe franze
Racha pela beira
Feito cabaço de freira
Solta e lá vem um!
E o Brasil inda batuca na ladeira
Bafo, Congo, Exu, Taieira
Mais Cacique e Olodum

Deus salve o budum!
Viva o murundum!
E é tuntum, tumtum, tuntum!

Eu ouço muitos elogio à barricada
Procuro as nossa por aqui
Num vejo nada
Só levo arroto
E perdigoto no meu molho
Se tento ver mais longe
Tacam o dedo no meu olho
Quem fica na barreira
Pode até ficar roncolho
Um empresário quis
Que eu fosse a Massachutis
Oquêi, my boy!
Cheguei pra rebentar e putz!
Voltei sem calça e quase que um me sequestrava
Ao conferir o saldo
No vermelho fui parar
Tô com João Ubaldo
Chega dessa Calcutá

Eu tô Amil por aí
Atleta do Juqueri
Um sócio a mais da Golden Cross
De carteirinha
Tanto sofri nesse afã
Que um seguidor de Lacan
Diagnosticou stress
E me mandou pra roça descansar

Eu fui pro Limoeiro
E encontrei o Paul Simon lá
Tentando se proclamá gerente do maufá
Se o peão não chiá
O Boi Bumba vai virar vaca

Canibaile

Qüém-qüém, andei cantando alegrementee a cada pacto, eu, o pato,era um frango de macumba.
Vinha os turistas, viviam me alugandoe ainda furavam meu zabumba.
Depois ligavam o rádio na FM,
dançando sobre a minha tumba.
Eu senti o drama do maneta:uma das mão tomou Buscheta
e com a outra o que é que eu faço?
Virei palhaço no circo onde o calouroé o toureiro e é o touro
e ouve rádio ligado na FMenquanto toma pelo couro.
Araquiri, maracutaia …Eu vou soltar a pomba-gira nessa praia.
Mas que som, que saco, que mentira!Falei pro Jackson, lembramos DjaniraEle foi chamar Almira e isso vai continuar
porque nunca se viu na cascavel o guizo dela enguiçar
Qüém-qüém…
Derramaro o gái do candiêro,- nesse entrevero, uso o côco e fico firme,pode vir David Byrneporque o canibal sou eu:
no pau descascado e como o tal rei Momoque cagou no que é meu.
O tempero que é difícil,nem com fuzileiro e míssil… 
Bedelho, ara! , mai que time é teu?

Serra do Luar

Amor, vim te buscar
Em pensamento
Cheguei agora no vento
Amor, não chora de sofrimento
Cheguei agora no vento
Eu só voltei prá te contar
Viajei…Fui prá Serra do Luar
Eu mergulhei…Ah!!!Eu quis voar
Agora vem, vem prá terra descansar

Viver é afinar o instrumento
De dentro prá fora
De fora prá dentro
A toda hora, todo momento
De dentro prá fora
De fora prá dentro
A toda hora, todo momento
De dentro prá fora
De fora prá dentro

Amor, vim te buscar
Em pensamento
Cheguei agora no vento
Amor, não chora de sofrimento
Cheguei agora no vento
Eu só voltei prá te contar
Viajei…Fui prá Serra do Luar
Eu mergulhei…Ah!!!Eu quis voar
Agora vem, vem prá terra descançar

Viver é afinar o instrumento (de dentro)
De dentro prá fora
De fora prá dentro
A toda hora, todo momento
De dentro prá fora
De fora prá dentro
A toda hora, todo momento
De dentro prá fora
De fora prá dentro

Tudo é uma questão de manter
A mente quieta
A espinha ereta
E o coração tranquilo
Tudo é uma questão de manter
A mente quieta
A espinha ereta
E o coração tranquilo
A toda hora, todo momento
De dentro prá fora
De fora prá dentro
A toda hora, todo momento
De dentro prá fora
De fora prá dentro