Giz

E mesmo sem te ver
Acho até que estou indo bem
Só apareço por assim dizer
Quando convém aparecer
Ou quando quero
Quando quero

Desenho toda a calçada
Acaba o giz, tem tijolo de construção
Eu rabisco o sol que a chuva apagou
Quero que saibas que me lembro
Queria até que pudesses me ver
És, parte ainda do que me faz forte
Pra ser honesto só um pouquinho infeliz

Mas tudo bem, tudo bem…
Lá vem, lá vem, lá vem de novo
Acho que estou gostando de alguém
E é de ti que não esquecerei

Tudo bem, tudo bem…
Eu rabisco o sol que a chuva apagou
Acho que estou gostando de alguém


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Estilo Musical: Rock Brasileiro

11 comentários em “Giz”

  1. A letra retrata alguém que foi deixado por outrem, e tenta superar o fim do relacionamento. Estão há algum tempo sem se verem e ele julga “estar indo bem”, dentro das suas possibilidades. Me prevê que ele tem a escolha de de vez em quando encontrar com a outra pessoa, e o faz sempre que convém ou quando bate aquela vontade de encontrar a pessoa, mesmo quando se sabe que a dor pode piorar… desenhar a calçada da a ideia de ficar sozinho, por muitas vezes, pensando na outra pessoa enquanto se distrai com qualquer coisa, rabiscando a calçada com desenhos sem sentido. Ao meu ver a frase mais linda é quando ele diz: “és parte ainda do que me faz forte, pra ser honesto só um pouquinho infeliz.”. Muitas vezes buscamos forças em outra pessoa, mesmo que ela nem faça mais parte da nossa vida… ela nos faz fortes, ainda que nos deixe infeliz pelo término!

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    1. Concordo com a análise mas tem um ponto que considero a parte mais bonita dessa letra que acabou passando “sem sentido”. Antigamente tínhamos um costume de desenhar o sol na rua quando queríamos que o dia seguinte fosse ensolarado para brincarmos. Esse é o ponto que dá o nome pra música! O Renato diz que gastou todo o Giz que tinha alimentando esse desejo por um dia de sol. Mas a chuva acabou apagando esse sol causando uma decepção. Ele usa um tijolo para continuar sonhando com o dia de sol. Essa é a mensagem de esperança que ele quer nos passar. Bonita mensagem que combina com sua análise!

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    2. O mais maravilhoso e que esse outro alguém não é um amor ou outra pessoa e sua própria infância ou juventude que aparece
      ABS!

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  2. André Melo

    Na minha opinião tem a ver com luto. A pessoa que ele amava se foi, morreu….
    “Mesmo sem te ver…”
    “Só apareço por assim dizer quando convém ou quando quero…” Saudade, ele visita o cemitério.

    Ele tenta seguir em frente como pode: Acabou o giz? Improvisa e usa tijolo mesmo.

    Ele pinta algo para mostrar que ainda a ama, gostaria que ela visse sua pintura mas principalmente queria que ela soubesse o quanto ela ainda é importante em sua vida. Mas admite que ainda está sim um pouco abalado, triste com a perda.

    Porém, lá vem de novo… Parece que está de apaixonando por alguem… Mas quer q ela saiba que ela é insubstituível.

    Recentemente, perdendo a carreira de desenhista, senti isso nesse trecho:
    “Desenho minha vida toda
    Acabam as oportunidades
    Mas ainda tenho força no coração

    Eu rabisco um projeto
    Que a realidade vai desmanchar…”

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  3. Penso que a letra trata sobre uma ruptura de relacionamento também, e que a parte em que ele diz:
    “Acho que estou gostando de alguém
    e é de ti, que não me esquecerei”
    Acredito que ele se refere á tentar seguir em frente e conhecer um novo alguém, e buscar nesse alguém, sempre a pessoa que ele sente falta.

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  4. A inspiração segundo o próprio Renato Russo, diz respeito a sua própria infância no Rio de Janeiro, mas a música tem o significado que te servir, tem o significado que te faz ouvir e sentir, é única para cada um.
    Pra mim serve para me lembrar da minha infância, da simplicidade e dos sonhos, e do que me tornei. Também me faz lembrar de pessoas que perdi, como minha mãe que faleceu, ou uma amizade que seguiu caminhos separados.

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    1. Exato! É o amor por algo, ou seja, claramento o amor idilico pelo Rio de Janeiro e Pela Pessoa que o é ao não esquecer este amor, digamos. Nada de amor “romântico”.

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  5. Desenho toda a calçada, acaba o giz, tem tijolo de construção, eu rabisco o sol que a chuva apagou…! Essa música nos arremete para uma época boa, onde tínhamos acesso as boas músicas, hoje prefiro ouvir músicas evangélicas (não todas), mas essa música é uma poesia. Vejamos: Desenho toda a calçada, mas aquilo que me faz ter a alegria de desenhar meus sonhos, meus desejos, acaba, tendo em vista que o giz acabou, mas não se entregue, se supere, isso é foco, ele vai improvisar, então improvise, não tem giz? Não pare! Entenda, sempre haverá um jeito, sabe o que será feito? Ele vai buscar algo análogo ao giz, talvez não seja tão bom quanto o giz, mas, é mais resistente, e o mais importante, a obra não vai parar, pois o objeto é toda a calçada, e não somente uma parte, lembre-se disso. Ele consegue alcançar o objetivo que é desenhar na calçada, e você? Vai parar porque algo acabou, algo faltou? Continue, não desista de seus sonhos porque algo que não deveria acabar, acabou, não se entregue, se não tem o ideal, tente improvisar, seja criativo (a), tenha foco, e determinação, no caso em tela acabou o giz, mas ao olhar para lado, percebe-se que tinha uma “ruína”, ou uma construção, o esbouço de algo que não era, mas que um dia se tornaria, e nessa construção tinha algo que foi projetado para levantar as paredes daquele esbouço estrutural, mas que a mente, a imaginação conseguiu dar uma nova utilidade, ou seja, você pode ir além daquilo que acreditam você nasceu para fazer, se supere! Agora aquele tijolo de construção terá um novo viés naquelas mãos, e nas suas, basta crer, basta acredita, (está escrito: “Tudo é possível ao que crer”), e vai servir para substituir aquilo que um dia acabou (na caso em tela, o giz, no seu caso, só você sabe), porque não devemos deixar de acredita que podemos concluir aquilo que um dia idealizamos, mesmo diante da aparente escassez, entenda, voltaremos a fazer aquilo que estávamos fazendo antes de terminar, porque eu não devemos parar quando termina, só devemos parar, quando de fato terminarmos, porque o objetivo é desenhar TODA a calçada, e não parte dela, ou seja, nunca deixe de concluir aquilo que você idealizou um dia fazer, mesmo que no meio do processo alguma coisa termine, acabe, sua determinação vai te levar a encontrar a solução para essa demanda. Por fim, por mais que tudo conspire para o meu insucesso, eu vou continuar tentando e vou conseguir, por mais que as torrentes do destinos teimem em apagar o nosso sol, vamos continuar rabiscando ele, por mais que o projeto não seja perfeito, seja apenas um rabisco, será o nosso rabisco, por mais que as pessoas ao redor não consigam contemplar a arte por trás do nosso esforço, não vamos parar, por mais que as chuvas e tempestades tentem nublar nosso dia perfeito, vamos sempre continuar buscando o dia de sol após a tempestade. Não vamos parar, ok? Fale para você (mesmo), eu sou imparável. Um dia Deus disse a Josué, seja forte e corajoso, como fui com Moisés eu serei contigo (Josué 1:9), então temos que aprender a sermos fortes e corajosos. Vamos continuar a rabiscar o sol, independente das “chuvas” (desse mundo) apagarem os projetos idealizados, vamos continuar buscando forças para nunca desistir, “acaba o giz, tem tijolo de construção”, sempre haverá…! Pois fazendo isso, estarei declarando de forma tácita que um dia o sol vai prevalecer sobre as “torrentes chuvas”, e viveremos finalmente dias ensolarados. Por que? Porque “o Sol nasce para todos, só não sabe quem não quer…”; “quando o sol bater na janela do seu quarto, lembra e vê que o caminho é um só”. Disse Jesus, “Eu sou O CAMINHO, a Verdade e a VIDA”! João 14:6 -, LUTE PELO SOL DE CADA DIA, permaneça no Caminho! Ademais, também está escrito: “…O sol da Justiça se levantará trazendo cura em suas asas.” Malaquias 4:2 – se chegou até aqui junto comigo, DEUS TE ABENÇOE PODEROSAMENTE, e viva dias de alegrias e de sol, e não se esqueça, permaneça no Caminho!

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