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Maria das Dores

Cadê nosso rancho de palha
Nossos trapos, nossa rede maneira?
Cadê, nossa sombra tão fresca
Debaixo do pé de mangueira?

Cadê nosso cavalo baio
Nossas coisas, nosso balaio?
Cadê nossa vida de amores,
Cadê você, Maria das Dores?

Cadê nosso amor, suas juras
Tantas coisa que sonhamos num beijo?
Cadê suas mãos tão macias
Grudadas nas minhas mãos tão duras?

Tudo sumiu da minha vida
Sonho do qual não me desperto
Maria das Dores
Miragem do meu deserto

Balzaqueana

Não quero broto, não quero,
Não quero não,
Não sou garoto
Pra viver mais de ilusão,
Sete dias da semana,
Eu preciso ver,
Minha balzaqueana.
(bis)

O Francês, sabe escolher,
Por isso ele não quer,
Qualquer mulher,
Papai Balzac, já dizia,
Paris inteira repetia,
Balzac acertou na pinta,
Mulher só depois dos trinta.

Laura

Um vale em flor, a fonte,
O rio cantando
O sol banhando a estrada,
Frases de amor

Laura,
Um sorriso de criança
Laura,
Nos cabelos uma flor
Ô Laura,
Como é linda a vida!
Ô Laura,
Como é grande o amor!

Depois o adeus, o lenço,
A estrada, a distância,
O asfalto, a noite, o bar,
As taças de dor

Laura,
Que é da rosa dos cabelos
Laura,
Que é do vale sempre em flor
Ô Laura,
Que é do teu sorriso
Ô Laura,
Que é do nosso amor

Cais do porto

Cais do porto,
Eu estou sempre aqui
Seja noite estrelada ou não
Cais do porto, 
Quero ver se encontro meu bem
Que daqui certo dia partiu
Não sei se sozinho ou com mais alguém
Cais do porto, 
Tenha pena de mim
Já é dia, nem vestígio sequer
Não será, cais do porto, aquela luzinha?
Que lá longe apaga e acende
Fazendo um sinal, quem sabe, pra mim.

A voz do morro

Eu sou o samba
A voz do morro sou eu mesmo sim senhor
Quero mostrar ao mundo que tenho valor
Eu sou o rei do terreiro

Eu sou o samba
Sou natural daqui do Rio de Janeiro
Sou eu quem levo a alegria
Para milhões de corações brasileiros

Salve o samba, queremos samba
Quem está pedindo é a voz do povo de um país
Salve o samba, queremos samba
Essa melodia de um Brasil feliz