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Sentinela alerta

Sentinela alerta
O inimigo é astucioso
Um descuido é morte certa
E o amanhã é sempre duvidoso
Coração alerta
O amor é o inimigo
Sorrateiro te desperta
Ouve este conselho de amigo
Sou qual pássaro perdido
Perdido, caído por dois olhos
Que, de maus, me abandonaram
Hoje vivo da saudade
Da felicidade que o amor prometeu
Mas não me deu

Duro com duro

Meu bem, tudo acabado
Cada um, para seu lado
Nosso amor, não nos convém
Você o que pensa faz
E eu, também, não fico atras
É sabido que há mal que vem pra bem
Em plena liberdade
Viveremos à vontade
Sem mentira, nem humilhação
Ser feliz, na aparência,
Eu não quero
Tenha paciência!
Nem devo escravizar meu coração
Sei que você, tem prazer
Vendo alguém padecer
E eu também sou assim
De maneira que a nossa união seria um horror
Não me diga que não
Pois duro com duro
Não faz bom muro

Feitiço da Vila

Quem nasce lá na Vila
Nem sequer vacila
Ao abraçar o samba
Que faz dançar os galhos,
Do arvoredo e faz a lua,
Nascer mais cedo.

Lá, em Vila Isabel,
Quem é bacharel
Não tem medo de bamba.
São Paulo dá café,
Minas dá leite,
E a Vila Isabel dá samba.

A vila tem um feitiço sem farofa
Sem vela e sem vintém
Que nos faz bem
Tendo nome de princesa
Transformou o samba
Num feitiço descente
Que prende a gente

O sol da Vila é triste
Samba não assiste
Porque a gente implora:
“Sol, pelo amor de Deus,
não vem agora
que as morenas
vão logo embora

Eu sei tudo o que faço
sei por onde passo
paixao nao me aniquila
Mas, tenho que dizer,
modéstia à parte,
meus senhores,
Eu sou da Vila!