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Lua branca

Ó lua branca de fulgores e de encanto,
Se é verdade que ao amor tu dás abrigo,
Vem tirar dos olhos meus o pranto.
Ai, vem matar essa paixão que anda comigo!

Ai, por quem és, desce do céu, ó, lua branca.
Essa amargura do meu peito, ó vem, arranca.
Dá-me o luar de tua compaixão.
Ó vem, por Deus, iluminar meu coração.

E quantas vezes lá no céu me aparecias
A brilhar em noite calma e constelada.
A tua luz então me surpreendia
Ajoelhado junto aos pés da minha amada.

E ela a chorar, a soluçar, cheia de pejo,
Vinha em seus lábios me ofertar um doce beijo.
Ela partiu, me abandonou assim.
Ó lua branca, por quem és, tem dó de mim!

Maringá

Foi numa leva que a cabocla maringá,
Ficou sendo a retirante que mais dava o que falá,
E junto dela veio alguém que suplicou,
Pra que nunca se esquecesse,
De um caboclo que ficou.

Maringá, maringá,
Depois que tu partiste,
Tudo aqui ficou tão triste,
Que eu garrei a imaginá,
Maringá, maringá,
Pra haver felicidade,
É preciso que a saudade,
Vá bater noutro lugá.
Maringá, maringá,
Volta aqui pro meu sertão,
Pra de novo o coração,
De um caboclo assucegá.
Antigamente uma alegria sem igual,
Dominava aquela gente,

Da cidade de pombal,
Mas veio a seca,
Toda a chuva foi embora,
Só restando então as água,
Dos meus olhos chora!!!

De papo pro á

Não quero outra vida
Pescando num rio de Gereré.
Tenho peixe bom,
Tem siri-patola de dá com o pé.
(bis)

Quando no terreiro
Faz noite de luá,
E vem a saudade
Me atormentá
Eu me vingo dela
Tocando viola
De papo pro á

Se compro na feira
Feijão, rapadura,
Pra que trabaiá?
Eu gosto do rancho
E o homem não deve
Se amofiná.
(bis)

Quando no terreiro…