No alto daquele Cume
Plantei uma roseira
O vento no Cume bate
A rosa no Cume cheira
Quando vem a chuva fina
Salpicos no Cume caem
Formigas no Cume entram
Abelhas do Cume saem
Quando cai a Chuva grossa
A água do Cume desce
O barro do Cume escorre
o mato no Cume cresce
Então quando cessa a chuva
No Cume volta a alegria
Pois torna a brilhar de novo
O sol que no Cume ardia
Letra Composta por:
Melodia Composta por:
Álbum:
Ano:
Estilo Musical:
Um paralelo psicodélico do CU (ânus) com o CUME (ponto mais alto de uma montanha) e um joguete de palavras doentias!
Essa música é uma transliteração de poema em música, da parte de Falcão.
Este poema foi escrito por Laurindo Rabelo, médico e poeta, no ano de 1864. O cantor cearense fez algumas modificações fonéticas/gramaticais e a gravou.
O CUME (Laurindo Rabelo)
No cume daquela serra
Plantei uma roseira
A rosa no cume cresce
A rosa no cume cheira
Quando cai a chuva grossa
A água o cume desce
O orvalho no cume brilha
O mato no cume cresce
Mas logo que a chuva cessa
Ao cume volta a alegria
Pois volta a brilhar depressa
O sol que no cume ardia
E quando chega o Verão
E tudo no cume seca
O vento o cume limpa
E o cume fica careca
Ao subir a linda serra
Vê-se o cume aparecendo
Mas começando a descer
O cume se vai escondendo
Quando cai a chuva fria
Salpicos no cume caiem
Abelhas no cume picam
Lagartos do cume saem
E à hora crepuscular
Tudo no cume escurece
Pirilampos no Cume brilham
E a lua no cume aparece
E quando vem o Inverno
A neve no cume cai
O cume fica tapado
E ninguém ao cume vai
Mas a tristeza se acaba
E de novo vem o Verão
O gelo do cume derrete
E todos ao cume vão