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Noturno

O aço dos meus olhos
E o fel das minhas palavras
Acalmaram meu silêncio
Mas deixaram suas marcas…

Se hoje sou deserto
É que eu não sabia
Que as flores com o tempo
Perdem a força
E a ventania
Vem mais forte…

Hoje só acredito
No pulsar das minhas veias
E aquela luz que havia
Em cada ponto de partida
Há muito me deixou
Há muito me deixou…

Ai, Coração alado
Desfolharei meus olhos
Nesse escuro véu
Não acredito mais
No fogo ingênuo, da paixão
São tantas ilusões
Perdidas na lembrança…

Nessa estrada
Só quem pode me seguir
Sou eu!
Sou eu! Sou eu!…

Hoje só acredito
No pulsar das minhas veias
E aquela luz que havia
Em cada ponto de partida
Há muito me deixou
Há muito me deixou…

Ai, Coração alado
Desfolharei meus olhos
Nesse escuro véu
Não acredito mais
No fogo ingênuo, da paixão
São tantas ilusões
Perdidas na lembrança…

Nessa estrada
Só quem pode me seguir
Sou eu!
Sou eu! Sou eu! Sou eu!…

Ai, Coração alado
Desfolharei meus olhos
Nesse escuro véu
Não acredito mais
No fôgo ingênuo, da paixão
São tantas ilusões
Perdidas na lembrança…

Nessa estrada
Só quem pode me seguir
Sou eu!
Sou eu! Sou eu! Sou eu!…


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2 Replies to “Noturno”

  1. fala da solidão, desilusão, tristeza, mas que podemos seguir outros sonhos!

  2. O eu lírico dessa música carrega uma profunda melancolia, onde experiências do passado deixaram cicatrizes emocionais que ele precisa enfrentar. Ele reflete sobre os efeitos do tempo, as marcas das relações, e a solidão que se impõe como um deserto—árido e imenso.

    A Dureza das Palavras e o Peso do Passado
    No início, ele lamenta a dureza que demonstrou em momentos de raiva. As metáforas “o aço dos meus olhos” e “o fel das minhas palavras” representam seu olhar frio e suas palavras amargas, que aliviavam o peso do silêncio interno, mas deixaram marcas tanto nele quanto nas pessoas que estiveram ao seu lado. Essa estrofe sugere arrependimento, como se agora, ao olhar para trás, percebesse que a sua dureza teve consequências irreversíveis.

    A Solidão e a Perda do Vigor
    Ao afirmar “Se hoje sou deserto”, ele se reconhece como alguém solitário, vazio, sem as flores que um dia coloriram sua vida. As flores podem simbolizar parceiras amorosas, sentimentos intensos ou até sua própria juventude, e a metáfora de que “com o tempo perdem a força” sugere que ele não percebeu que, para durar, esses elementos precisavam de cuidado. Agora, restou apenas o vazio. A “ventania” vindo mais forte pode representar desafios da vida adulta, como solidão, dificuldades emocionais e o impacto de escolhas passadas.

    A Perda da Fé no Amor e no Brilho da Vida
    Ele enfatiza que não acredita mais na paixão, chamando-a de “fogo ingênuo”, indicando um desencanto. O brilho que havia em cada “ponto de partida”, talvez momentos de recomeço ou esperança, há muito o deixou, reforçando que essa descrença foi um processo lento. Ele não se vê mais como alguém capaz de amar com a mesma intensidade de antes—como se o tempo e as experiências tivessem roubado esse sentimento dele.

    A Jornada Solitária e a Aceitação da Solidão
    O refrão “Nessa estrada, só quem pode me seguir sou eu” é um dos momentos mais marcantes, pois revela que ele agora entende que precisa seguir sozinho. Pode ser uma escolha consciente, mas também um resultado das perdas e do afastamento emocional que ele experimentou. Ele não busca mais alguém para acompanhá-lo, pois percebeu que sua jornada é interna e individual.

    O eu lírico é um homem marcado pelo tempo, pelas relações que desvaneceram e pelas escolhas que o levaram ao isolamento. Há um misto de arrependimento, cansaço e aceitação da solidão, como se ele compreendesse que esse vazio é parte da sua história, assim aceitando que precisa seguir sozinho. A música transmite um amadurecimento penoso, uma espécie de conformação com a dureza da vida e a impossibilidade de recuperar o brilho dos sentimentos do passado. É um relato profundo sobre amadurecimento e a necessidade de conviver com as consequências dos próprios atos e do passar dos anos, uma reflexão intensa sobre mudanças internas, cicatrizes emocionais e o peso das experiências vividas.

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