Vamos passear depois do tiroteio
Vamos dançar num cemitério de automóveis
Colher as flores que nascerem no asfalto
Vamos todo mundo...Tudo que se possa imaginar
Vamos duvidar de tudo o que é certo
Vamos namorar à luz do pólo petroquímico
Voltar pra casa num navio fantasma
Vamos todo mundo... ninguém pode faltar
Se faltar calor, a gente esquenta
Se ficar pequeno, a gente aumenta
E se não for possível, a gente tenta
Vamos velejar no mar de lama
Se faltar o vento, a gente inventa
Vamos remar contra a corrente
Desafinar o coro dos contentes
Vamos velejar num mar de lama
se faltar o vento a gente inventa
Vamos remar contra a corrente
Desafinar o coro dos contentes.
Comentários
Francisco Muenzer
26/04/2014
Sempre tive essa mesma interpretação do Carlos(nº1)sobre os grunges e coisa e tal.Lembrando que essa música é do disco Gessinger,Licks e Maltz(GLM),talvez o mais progressivo e surreal dos engenheiros,foi lançado em 92 em plena repercussão do Nevermind."Vamos esquecer o dia da semana/tem que ser agora anos 90" também acho que esta música combina bastante com a ideologia da geração beat.Não sei se era a intenção do autor.
Carlos
20/11/2012
As interpretações da galera estão muito boas. Já que ninguém tocou neste ponto, irei acrescentar este detalhe: Quando Gessinger fala em "Tô fora, vudu, ranso, baixo astral, e não vou (sic) perder meu tempo brincando de ser mau. Não vou (sic) viver para sempre nem morrer a toda hora como rasgos pré fabricados num novo "velho blue jeans". Morte anunciada, direitos autorais...o futuro se impõe e o passado não se aguenta." Nos primeiros versos, nota-se uma ironia sobre um detalhe que só quem viveu aquela época irá entender. As bandas do rock nacional, que nos anos oitenta faziam discos de new wave, ou seja, um rock popular, leve e dançante, começaram a fazer discos cada vez mais pesados no início dos anos noventa. Basta observar "Tudo ao mesmo tempo agora" dos Titãs, "Eletricidade" do Capital Inicial, "Qvinqve" do Legião Urbana, "Volume três" dos Heróis da Resistência, entre outros. As bandas buscavam sobreviver num mercado onde o new wave perdera espaço. No estrangeiro o grunge tomava a cena. No Brasil, nossas bandas tentaram o mesmo, sem sucesso. Gessinger tirou sarro disso, dizendo que não brincaria de ser mau, ou fazer pose de roqueiro bad boy, como os demais, já que era visivelmente forçado. Não viver para sempre ou morrer a toda hora me faz lembrar de bandas que se desfaziam e se refaziam, como KISS e, aqui no Brasil o RPM. Os rasgos pré fabricados num novo velho blue jeans me fazem lembrar da ressurreição de bandas como Titãs e Capital, que renasceram das cinzas de volta ao estrelato no início dos anos 2000. Morte anunciada também fazia alusão ao rock nacional perdendo espaço na mídia. Só lhes restaria viver de direitos autorais, ou seja, dos royalties das coletâneas. Depois continuo...
FABIANA
03/03/2012
Esta música, (claro que a versão original é bem melhor) fala sobre as 'poses' que muitos fazem dizendo que vão mudar o mundo mas não fazem nada. Anos 90,porque é nesta fase que se inicia toda uma trajetória sobre a questão da sustentabilidade, parece-nos que Humberto já previa que hoje nos encontraríamos em um mundo que é muito belo manter a 'pose de sustentáveis' para merecer prêmios e status, mas que na verdade não nos preocupamos muito com isso. Vemos o mundo acabar por nossas próprias mãos e não faemos nada além de manter a 'pose'. Diz de desafinar o coro doscontentes ao despertar a atenção para pararmos de nos iludir com Petrobrás, Natura, Globo e tantas outras empresas multinacionais que se dizem sustentáveis, mas que por trás são os primeiros a acabar com o planeta.Corremos o risco de manter a mesma pose: Levar latinhas pra reciclar e jogar chiclete no chão da rua ... Hoje mesmo todo mundo já esqueceu de grandes desastres nucleares que aconteceram recentemente, dos vazamentos de petróleo, e das enchentes e desastres climáticos que assolam o mundo. Esqueceram porque? Porque grandes empresas souberam posar muito bem pra foto doando 1/2 dúzia de leite em pó pras tragédias e tudo ficou por isso mesmo e sempre será assim se não 'desafirarmos o coro dos contentes'
Patrícia Lopes
20/10/2011
A letra dessa música me lembra um ditado: se te deram um limão, faça uma limonada.
Alana Alves
18/10/2011
Pose Vamos passear depois do tiroteio Vamos dançar num cemitério de automóveis Colher as flores que nascerem no asfalto Vamos todo mundo... tudo que se possa imaginar Vamos duvidar de tudo que é certo Vamos namorar à luz do pólo petroquímico Voltar pra casa num navio fantasma Vamos todo mundo... ninguém pode faltar Se faltar calor, a gente esquenta Se ficar pequeno, a gente aumenta Se não for possível, a gente tenta Vamos ficar acima, velejar no mar de lama Se faltar o vento, a gente inventa Vamos esquecer o dia da semana Tem que ser agora anos 90. Vamos remar contra a corrente Desafinar do coro dos contentes Se não for possível Se não for importante Mesmo assim a gente tenta. Não é pose, não é positivismo Quanto pior, pior Não é pose, não passará Não passaremos por isso Tô fora voodoo, ranso, baixo astral Eu não vou perder meu tempo brincando de ser mal Não vou viver pra sempre nem morrer a toda hora Como rasgos pré-fabricados num novo velho blue jeans. Morte anunciada, direitos autorais Pela tv à cabo uma baleia acaba de nascer Nascer pode ser uma passagem violenta O futuro se põe O passado não se agüenta. Oooo...oooo.. Meninos e engenhos Santa ingenuidade Santíssima trindade: sexo, drogas, rock'n roll. Oooo..ooo... É pura pose, faz qualquer coisa E o pior não é isso É pura pose, posteridade E o pior não é isso Vamos passear depois do tiroteio Vamos dançar num cemitério de automóveis Vamos duvidar de tudo que é certo Vamos namorar à luz do pólo petroquímico. Lalarala... Lalarala.. Laralala... Laralala... Laralala.. Vamos remar contra a corrente Desafinar do coro dos contentes Vamos ficar acima, velejar no mar de lama Vamos esquecer o dia-a-dia, o dia-a-dia..aaa
Nathalia
06/10/2011
Eu entendo como se estivessemos que parar de fazer POSE e colocar em prática o que gostariamos de fazer. Uma outra leitura eu interpreto como não se preocupar com os problemas e manter a pose.. muito presente nesse verso "Vamos passear depois do tiroteio"
Sandro
31/03/2011
Essa pra mim é como diria Raul Seixas: "Eu que não me sento no trono de um apartamento com a boca escancarada cheia de dentes esperando a morte chegar" (sem pontuação de propósito).
Natalia
15/09/2010
Acho importante também analisar o título da musica, "Pose". Acredito que ele quer mostrar que poderíamos deixar alguns pudores de lado, e nos permitir se entregar aquilo que aos olhos de alguns pode parecer loucura. Deixar de fazer pose e sermos aquilo que somos. Sãos ou loucos.
Vitor
16/06/2010
É difícil analisar a letra da música quando não se tem a letra completa. Acho que a letra que aparece aqui no site é o que ele canta no acústico ou alguma coisa assim. Se alguém se interessar, a música original do álbum GLM (guessinger, licks e maltz) tem uma letra bem maior e é musicalmente completamente diferente. Creio que quando foi escrita o Humberto tinha uma idéia completamente diferente sobre a música do que quando foi regravada no acústico nessa versão reduzida.
Tamires
04/05/2010
A letra tem o objetivo claro de mostrar a todos nós o quanto é satisfatorio se permitir à loucura,enquanto tantos preferem a sanidade.É uma vontade de se fazer tudo que aos nossos olhos parece impossivel,mas que à nossa imaginação é completamente permitido.É apenas um convite especial..."vamos remar contra a corrente"!!!!
anderson
27/01/2010
pensou que nessa musica ele quis se referir....a tudo que se tem vontade de fazer e de que os outros acham loucura....os outros acham impossivel....e de que tudo pode se resolver basta a gente querer.......