Skip to main content

Nós e o mar

Lá se vai mais um dia assim
E a vontade que não tenha fim
Esse sol
E viver, ver chegar ao fim
Essa onda que cresceu morreu
A seus pés

E olhar
Pro céu que é tão bonito
E olhar
Pra esse olhar perdido nesse mar azul
Uma onda nasceu
Calma desceu sorrindo
Lá vem vindo

Lá se vai mais um dia assim
Nossa praia que não tem mais fim
Acabou
Vai subindo uma lua assim
E a camélia que flutua nua no céu

Palhaçada

Que palhaçada você fez
nosso amor de quase um mês
não suportou a espera

Não chegou a criar raiz
e agora você diz
durou demais, já era

Que palhaçada você fez
nosso amor de quase um mês
não suportou a espera

Não chegou a criar raiz
e agora você diz
durou demais, já era

Quero tudo o quanto é meu 
nada, nada do que é seu 
vou me mandar agora 

Leve o terno, o seu roupão 
a calça lee e o violão 
porque chegou a hora 

Vou partir de uma vez 
não vou ficar 
boba assim na regra três (bis)

Se você se importasse

Se você se importasse
Com meu triste viver
Se você se importasse
Com o meu padecer
E me compreendesse
Tão feliz eu seria
Se você se importasse
Com a minha agonia.

Tudo quanto padeço
E esquecer não consigo
Eu talvez esquecesse
Se você se importasse
Um pouquinho comigo

Dó-Ré-Mi

Eu sou feliz tendo você sempre a meu lado
E sonho sempre com você mesmo acordado
Saiba, também, que só você mora em meu coração
E é de você, é prá você, esta canção

É de você que vem a minha inspiração
Você é corpo e alma em forma de canção
Você é muito mais do que, em sonhos, eu já vi
Você é Dó, é Ré Mi Fá, é Sol Lá Si

Mora na filosofia

Eu vou lhe dar a decisão
Botei na balança
E você não pesou
Botei na peneira
E você não passou

Mora na filosofia
Pra que rimar amor e dor
Mora na filosofia
Pra que rimar amor e dor

Se seu corpo ficasse marcado
Por lábios ou mãos carinhosas
Eu saberia, ora vai mulher
A quantos você pertencia
Não vou me preocupar em ver
Seu caso não é de ver pra crer
Tá na cara

Mocinho bonito

Mocinho bonito
Perfeito improviso do falso grã-fino
No corpo é atleta
No crânio é menino
Que além do ABC
Nada mais aprendeu
Queimado de sol
Cabelo assanhado
Com muito cuidado
Na pinta de conde
Se esconde um coitado
Um pobre farsante que a sorte esqueceu
Contando vantagem
Que vive de renda
E mora em palácio
Procura esquecer um barraco no Estácio
Lugar de origem que há pouco deixou
Mocinho bonito
Que é falso malandro de Copacabana
O mais que consegue é “vintão” por semana
Que a mana “do peito” jamais lhe negou