Se eu dissesse que sempre arrisquei,
irias me querer?
E se dissesse que nunca soube de nada?
Agonia, busca e certeza.
Certeza é que não faz sentido
ao medo que nunca passa.
Eu mesmo nunca sei.
Janelas abertas pra ninguém esquecer
a sombra em meu quarto e me ouvir dizer
que passei a vida correndo
contra os carrinhos na montanha russa.
Tentando me sentir capaz
e não ser outra vez arrastado pra trás.
Paixão, devora este silêncio
e diz onde há certeza nestas mãos.
Eu juro, tento não ter medo
e tento zelar pelos meus irmãos.
Paixão então…
Que sou o que foi deixado pra trás
pelo coelho branco e não despencou
nas frestas das árvores.
Me diz então,
o que faz sentido nesse mundo agora
se já não me sinto aqui,
não te vejo sorrir e
já não posso dormir.
O que será de mim?
Paixão, devora este silêncio
E diz onde há certeza nestas mãos.
Eu juro, tento não ter medo
e tento encontrar a direção
que me proteja do relento.
Paixão, me faz acreditar então.
Me faz ser alguém.
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