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Buscando amor

Quem vai, quem vem de avião ou de trem
De Pirapora, Porto Belo ou Belém
Gente má, gente bem, você não tem nada a perder
Preste atenção no que eu vou dizer

Porque hoje em dia eu já ando baseado
Baseado no que eu digo eu já ando hoje em dia

Eu sou quem sou, faça frio ou calor
Porque na vida só me sinto doutor em amor, em amor
E vou passeando em você
Essa intenção de só deixar viver

Porque hoje em dia eu já ando baseado
Baseado no que eu digo eu já ando hoje em dia

Sinhô, Sinhá, faz favor de cantar
Juntando a nossa voz de uma só vez
Não sou um, sou dois nem três, quatro, cinco, nem sei
Sinto que sou mais que quarenta e seis

Porque hoje em dia eu já ando baseado
Baseado no que eu digo eu já ando hoje em dia

Cantei, estou cantarei muito mais
Do que cantei a dez minutos atrás
Quero paz, quero mais casais
E canteiros de flor
Dando, pedindo vou buscando amor
Dando, pedindo vou buscando amor

Ramo de delírios

Juntei no violão pra você
O que já não tem mais sentido
E amarrei num buquê
Pra reaver o perdido
A terra onde nasceu o Peter Pan
Fica entre a Vila e o Maracanã

Bordei no aveludado do céu
Por trás do Cruzeiro do Sul
Um transatlântico azul
E nele vou te levar
Pra um pôr-do-sol com o marinheiro Simbad
Pra uma ciranda em Itamaracá

Orquestra de juritis
Um lago em pleno Sinai
Dobrões e maravedis, ai, ai
Um cafuné de meu pai, ai, ai
Sereias num lupanar

Roubei a Ingrid Bergman e fiz
O Humphrey Bogart decolar
De Casablanca e amiguei os dois no Jardim do Alá:
Se não der certo, um fica lá no Leblon
E outro vai pra Jacarepaguá

Peguei os sete anões por aí
E fomos juntos visitar
Levando um ramo de flor
Minha avó na UTI
Ela me disse que a dor é o lugar
Onde o prazer sentou pra descansar
Um iceberg lunar
Nas águas de Paquetá
O gol de placa que eu fiz, ai, ai
Tocar com a Leila Diniz, ai, ai
– Última flor do buquê

Guarda o meu ramo de delírios com você