O Meu Guri

Quando, seu moço, nasceu meu rebento
Não era o momento dele rebentar
Já foi nascendo com cara de fome
E eu não tinha nem nome pra lhe dar
Como fui levando, não sei lhe explicar
Fui assim, levando, ele a me levar
E na sua meninice
Ele um dia me disse que chegava lá

Olha aí!
Olha aí!

Olha aí!
Ai, o meu guri, olha aí!
Olha aí!
É o meu guri e ele chega

Chega suado e veloz do batente
Traz sempre um presente pra me encabular
Tanta corrente de ouro, seu moço
Que haja pescoço pra enfiar
Me trouxe uma bolsa já com tudo dentro
Chave, caderneta, terço e patuá
Um lenço e uma penca de documentos
Pra finalmente eu me identificar, olha aí!

Olha aí!
Ai, o meu guri, olha aí!
Olha aí!
É o meu guri e ele chega

Chega no morro com carregamento
Pulseira, cimento, relógio, pneu, gravador
Rezo até ele chegar cá no alto
Essa onda de assalto está um horror
Eu consolo ele, ele me consola
Boto ele no colo pra ele me ninar
De repente, acordo, olho pro lado
E o danado já foi trabalhar, olha aí!

Olha aí! (Ah, olha aí)
Ai, o meu guri, olha aí! (Ah, olha aí meu guri)
Olha aí! (Ah, meu guri)
É o meu guri e ele chega (olha aí meu guri)

Chega estampado, manchete, retrato
Com venda nos olhos, legenda e as iniciais
Eu não entendo essa gente, seu moço
Fazendo alvoroço demais
O guri no mato, acho que tá rindo
Acho que tá lindo de papo pro ar
Desde o começo, eu não disse, seu moço
Ele disse que chegava lá

Olha aí!
Olha aí!

Olha aí! (Ah, olha aí)
Ai, o meu guri, olha aí! (Ah, olha aí meu guri)
Olha aí! (Ah, meu guri)
É o meu guri (olha aí meu guri)

Olha aí! (Ah, olha aí)
Ai, o meu guri, olha aí! (Ah, olha aí meu guri)
Olha aí! (Ah, meu guri)
É o meu guri (olha aí meu guri)

Olha aí! (Ah, olha aí)
Ai, o meu guri, olha aí! (Ah, olha aí meu guri)
Olha aí! (Ah, meu guri)
É o meu guri (olha aí meu guri)

Olha aí! (Ah, olha aí)
Ai, o meu guri


Letra Composta por: Chico Buarque
Melodia Composta por:
Álbum: Almanaque
Ano: 1982
Estilo Musical: Samba

132 comentários em “O Meu Guri”

  1. Trata-se de uma linda e critica letra que no caso, o guri, se trata de um ladrao da sociedade.
    ”Chega no morro
    Com o carregamento
    Pulseira, cimento
    Relógio, pneu, gravador…”

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  2. Complementando a análise da Giovanna. O ponto de vista relatado é o da inocente mãe de um bandido. Ela enxerga o filho como um trabalhador que sempre leva “compras” pra casa… Iludida, ela ainda se preocupa com o trajeto do filho, com medo que ele seja assaltado.
    No fim ele aparece nos jornais, mas não pelo sucesso como empresário, político, ou qualquer outra coisa que orgulhasse a mãe. E sim como um criminoso.
    Ela parece aliviada com sua morte: “Acho que está lindo de papo pro ar”.

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  3. Daniele Souza

    Retificando uma afirmação apenas. A mãe do “Guri” não é inocente ou iludida quanto a atividade do filho. Ela cria em sua mente um filho trabalhador, sabendo esta não ser a verdade.
    Isso fica claro na reportagem de jornal em que ele é identificado com venda nos olhos, legendas e iniciais. O que indica ser um menor incluso na vida do crime. E é a mãe que, relata tal coisa.
    Ela não se espanta ao vê-lo morto, no mato, visto que era de seu conhecimento que, mais dia, menos dia, esse seria o destino de seu filho.

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  4. Ele apareceu no jornal mas talvez a mãe não saiba nem ler. Entendo que ela seja iludida justamente por acreditar ser o filho um trabalhador, coisa que ele não é.
    A “bolsa já com tudo dentro” seria uma bolsa roubada. A mãe, de tão inocente, que acha que o documento dentro desta bolsa pode ser usado pra sua identificação.

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  5. a mãe é inocente. veja a precoupação dela em ele ser assaltado. e quando vê o guri morto, ela pensa que ele finalmente encontrou descando depois de uma vida de tanto trabalho. Veja que ela fala orgulhosa que ele chegaria lá.

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  6. A letra também relata mto o valor que as pessoas dão à busca diária da realização pessoal, explicito na letra qdo diz, – Ele um dia me disse que chegava lá.

    E acredito que essa inocência da mãe tbm é aparente qdo ela acredita que o sucesso está em aparecer nos jornais, ou seja, estar na mídia, na boca do povo.

    Acredito que a censura da época da ditadura obrigava os compositores a terem que se esforçar muito para poderem divulgar sem problemas suas obras, o resultado foram músicas incríveis, como esta.

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  7. O que deveria estar em questão aqui não é a mãe do guri, mas o descaso social e político a que estão expostas as pessoas de baixa renda. A figura mãe iludida representa a própria sociedade que finge não ver um problema tão explícito e se exime de qualquer responsabilidade, por crianças que adentram ao mundo do crime, adolescentes viciados em drogras e jovens mortos em consequencia de tudo isso. Não está em questão julgar a mãe, mas a própria sociedade omissa, iludida e que não se sente responsável por tantas vidas que são ROUBADAS do nosso convívio. Não se julga no caso a Mãe do Guri, mas a cada um de nós que prefere desviar o assunto e culpar “as mães” à assumir sua própria culpa.

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    1. NOSSA culpa? Culpa da sociedade que essa mulher foi dar à luz sem as mínimas condições de proporcionar um futuro a sua prole? Responsabilidade DELA, quem pariu Moisés que o embale!!! Vcs só podem estar loucos pra pensar que a sociedade tem culpa disso, acordem.
      Qual seria a solução então? Comunismo né? Onde todos ganhariam igualmente, independente de suas capacidades individuais…
      Aqui quem vos fala é a filha de um traficante, morto a tiros no morro, e de uma mãe alcoólatra que se eximiu de suas responsabilidades e foi viver sua vida. A filha tá aqui, sou eu, e não sou nenhuma vítima da sociedade, sou vítima de meus pais negligentes. Mas isso não me impediu de tentar, estou aqui com formada em duas faculdades, indo em direção ao meu Mestrado, se Deus quiser!

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      1. Jesus Histórico

        Você representa a nojeira do oprimido que se torna opressor. Tenho pena de você. Aposto que se pudesse mandaria matar todos da favela que nasceu né? Repito, tenho pena de você. Seu Deus é tão imprestável quanto você. Ambos insignificantes para transformar a sociedade.

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      2. Parabéns Flávia… a mãe mesmo diz na segunda frase NÃO ERA O MOMENTO DELE REBENTAR… Ou seja… ela sabia que nao tinha condições

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      3. Alex Antônio

        CONCORDO COM VOCÊ GÊNERO, NÚMERO E GRAU. NÃO SOU DA DIREITA E NEM DA ESQUERDA SOU ANARQUISTA. ESSA CULTURA DE NÃO GOSTAR DE ESCOLA, DE NÃO RESPEITAR PROFESSORES, DE ABRIR AS PERNAS PARA QUALQUER UM EM QUALQUER LUGAR E CULPAR A SOCIEDADE??? QUEM PARIU MATEUS QUE BALANCE MESMO!! GATO ENTRA NO CIO E PARI POR NÃO TER RACIOCÍNIO. QUANDO SE DAR A LUZ EM VISITA ÍNTIMA DE PRESÍDIO TRAZ-SE A TREVA PARA A NOSSA SOCIEDADE. LADRÃO PARA MATAR ROUBAR E DESTRUIR A VIDA DE QUEM NASCE COM CORAGE PARA TRABALHAR E ESTUDAR. OS TOLOS SÓ CONHECEM A DIREITA OU A ESQUERDA. MULHER QUE PARI DE LADRÃO DEVERIA MORRER NO PARTO LEVANDO O PIOLHO DO MAL PARA O INFERNO.

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        1. Se tu é anarquista sabe que tudo a volta do homem exerce poder, controle e domínio sobre o mesmo, desde a igreja, governo, cultura, tradições, condições e o próprio povo…como é que tu se dizendo anarquista afirma que a sociedade não exerce poder sobre a vida das pessoas mais vulneráveis da própria sociedade?! Anarquia de menino de 15 anos que quer ser diferentao e reproduz pensamento elitista!

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      4. Parabéns, você é a excessão, não a regra! Se você conseguiu encontrar a saída do labirinto de ratos é mérito seu, mas não pode exigir isso de ngm… É o mesmo que pedir pra uma pessoa que tem câncer se curar pq se tu conseguiu ela é obrigada a conseguir, pois ficar com câncer é corpo mole e querer ser vitimista, não pode culpar o sistema de divisão célular e os gênes que receberam dos país e toda a herança biologia ancestral. Ou seja, não faz sentido e é pura maldade.

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    2. Achei que o objetivo fosse analisar a música. Para analisar a música, temos que falar da mãe do Guri. É ela quem conta a história dela e do filho. Sem elocubrações, por favor.

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  8. Simplesmente Chico Buarque, o maior letrista do Brasil, junto com Noel Rosa, interpreta de forma brilhante um momento atual (sempre atual) de uma realizade brasileira. Atentem que a canção é de 1981 e decorridos 28 anos, parece que fala de um momento de 2009. Somente um gênio criativo como Chico pode eternizar numa canção (dentre tantas canções de sua lavra) um momento como esse. Chico, parabéns por nos encantar nos últimos 40 anos de nossas vidas.
    [email protected]

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  9. Regina Schmitz

    Exatamente, Chico que expressar o pouco caso que a sociedade faz com as crianças desse país, as quais encaramos todos os dias nos faróis, perambulando nas ruas e já aceitamos e assumimos o fim delas: “eu não disse que ele chegava lá”. Já sabemos que serão futuros marginais e nos mantemos inertes: “olha aí”. Só olhamos mesmo, não fazemos nada.

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  10. Danilo Agusto

    O que me intriga é a parte em que ela fala “O guri no mato acho que tá rindo” como pode ele morto e a mãe achar que ele está rindo?

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  11. Sim, o Guri é um bandido.
    Mas, a música termina sem que a mãe descubra isso.
    Ela acha que seu filho está no jornal por ter ficado famoso mesmo.
    Nota-se que ela é analfabeta quando fala da penca de documentos que recebeu do filho, obviamente documentos roubados, que ela ia usar pra se identificar.

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  12. Mais uma música genial que eu desconhecia a análise. Aliás, genial como todas as músicas de Chico. Graças a esse site, podemos ter noção da qualidade deste e de vários autores. Parabéns aos apreciadores de boa música.

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  13. Mesmo não sendo alfabetizada – ela é capaz de identificar as iniciais do filho… – , não é provável que a mãe desconheça o significado do “retrato com venda nos olhos” ou que o associe a algum tipo de prestígio social.
    Também ela alega não entender “essa gente fazendo alvoroço”. Ora, ninguém estranha o alvoroço das pessoas em torno de alguém famoso, bem sucedido, o que nos leva a crer que esse estranhamento da mãe com relação à reação das pessoas soe mais como uma forma de atenuar a gravidade dos feitos do guri, feitos esses que justificariam tanto o retrato com venda nos olhos como o “alvoroço dessa gente”.
    O mais provável, creio, seja identificar na suposta ingenuidade da mãe uma metáfora do fechar de olhos da sociedade para a situação da infância brasileira.

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  14. Só mesmo o Chico com a sua genialidade poderia compor uma música assim, apesar de ter sido composta há quase trinta anos continua atualíssima.
    A sociedade continua produzindo guris, e ela mesma com os seus policiais continua matando o maior número possível inda mais quando eles são favelados e pretos, ou “quase pretos” como diz Caetano Veloso.
    Guris continuam presentes mais do que nunca.

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  15. Morisa Menezes

    Gente, eu me formo esse ano em jornalismo e sou apaixonada por duas coisas: Fotografia e as canções de Chico, então resolvi fazer um ensaio fotografico sobre a obra dele. Estou fazendo uma releitura de 20 canções dele e interpretando cada letra em uma única imagem.
    Como resultado nasceu o livro: A poesia de Chico Buarque em foto e verso.

    Tava procurando interpretações sobre as letras dele e achei vocês aqui. Sei que esse espaço é reservado para interpretação das letras, mas só queria dizer que a análise de vocês tem ajudado à beça.

    Obrigada!

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    1. rose medeiros

      Morisa gostaria de ter acesso a esse livro, sou fotografa e apaixonada também pela genialidade das musicas de Chico, como faço? Sou de natal/RN

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  16. Cristovão Torres

    Só tratam ele de coronel… Foi ele que mandou dinheiro pra gente vim… Vamos trabaiá em terra dele… Diz que só
    pé de café tem tanto que nem se pode contar…
    Então riam e afastavam para longe, como improcedentes e falsas, as afirmações dos que voltavam. Também nem
    todo mundo pode se dar bem e ser feliz, prosperar e enricar. Alguns hão de ser pobres a vida toda. Esse era o raciocínio
    das mulheres, mas cada uma se colocava entre os prováveis ricos e felizes. Era assim que esperavam o navio em
    Juazeiro.

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  17. Muitas letras do Chico são de cunho político. Porém esta em especial não retrata política e sim a supremacia do AMOR INCONDICIONAL.

    Que é o que todos sentem por um filho, principalmente uma mãe.

    Agora trata-se não de uma simples mãe, mas de uma mãe ignorante e exclusa da sociedade pela condição social, que acredita que pode se identificar com RG trazido pelo filho na bolsa roubada.

    Quando foi reconhecer o corpo ficou satisfeita em saber que o filho agora descansa depois que “chegou lá”.

    Mas a letra é pautada no AMOR INCONDICIONAL!

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  18. Não se trata da inocência ou não da mãe, e sim do descaso social, das diferenças de classe e oportunidades que a sociedade impõem, as rejeições que a pessoa muitas vezes sofre por morar em morro, a falta de oportunidade, viver o dia pensando no amanhã deixando claro no trecho” já foi nascendo com cara de fome. eu não tinha nem nome pra lhe dar” imagine uma mãe que nem nome tem a dar ao filho imagine o resto.Com sonhos,mesmo que impossíveis, como mãe acreditamos em nossos filhos quando ainda ”E na sua meninice. Ele um dia me disse Que chegava lá…”, o que deixa claro também que o guri morre jovem.

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  19. Ricardo de Macedo

    Bom na minha opinião tanto a mãe quanto o Guri (filho) são vitimas e frutos de nossa sociedade,

    Já foi nascendo
    Com cara de fome
    E eu não tinha nem nome
    Prá lhe dar…

    Essa parte da musica ja traz um retrato da triste e cruel ralidade, a pessoa ja tem um filho sem a minima
    espectativa de futuro, o mesmo ja nasce com cara de fome

    E na sua meninice
    Ele um dia me disse
    Que chegava lá…

    Quando ele diz “Que chegava lá” de alguma forma ele traduz o desejo de toda criança pobre poder conquistar tudo aquilo que ele não tem e que seus pais não conseguiram proporcionar, é complicado para um garoto pobre assistir programas infantis na televisão com propagandas de brinquedos carissimos, tenis super na moda, etc… mas na realidade nem o pão de manhã cedo o menino tem para mastigar

    Chega suado
    E veloz do batente
    E traz sempre um presente
    Prá me encabular…

    Tanta corrente de ouro
    Seu moço
    Que haja pescoço
    Prá enfiar…

    Me trouxe uma bolsa
    Já com tudo dentro
    Chave, caderneta
    Terço e patuá…

    Final e infelizmente o garoto cai no crime, sua realidade é dura, o governo não olha para os pobres, bandidos e traficantes fazem o papel de “paizão” e o moleque acaba cedendo ao caminho mais rapido,

    De repente acordo
    Olho pro lado
    E o danado
    Já foi trabalhar

    A mãe ainda se ilude que ele é um trabalhador, mesmo talvez no fundo sabendo a verdade ela se ilude, é provavel que esse garoto não tenha nem pai, ou então o mesmo fuigiu quando ele nasceu, é a mão e o garoto na vida de pobreza e ela não pode se dar ao luxo de evitar que o garoto trabalhe de alguma forma, toda moeda é bem vinda para quem passa dificuldades

    Chega estampado
    Manchete, retrato
    Com venda nos olhos
    Legenda e as iniciais…

    Eu não entendo essa gente
    Seu moço
    Fazendo alvoroço
    Demais…

    O guri no mato
    Acho que tá rindo
    Acho que tá lindo
    De papo pro ar
    Desde o começo
    Eu não disse
    Seu moço
    Ele disse que chegava lá…

    E então o triste desfecho, o garoto finalmente é morto prematuramente, a letra não diz se os assassinos são policiais, bandidos rivais ou os próprios amigos que o mataram, mas isso pouco importa, o Guri é mais um nas estatisticas, assim como ele muitos ja se foram e muitos estão chegando para uma vida e morte semelhante.

    Parabéns Chico por essa obra prime !!!

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  20. Elaine Perossi

    Esse “guri”, são nossos alunos de hoje que por conta de um sistema acabam entrando na criminalidade, e a escola acaba excluindo por conta de preconceitos .
    A sensibilidade do Chico nessa musica e primorosa e retrata a sociedade atual.

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  21. carlos ferreira viana

    A letra além de estar pautada no amor incondicional da mãe,que prefere enxergar o filho, mesmo que esse seja um bandido, como seu Guri,seu filhinho,(talvez ela não soubesse mesmo que seu filho era bandido, ou então estava pintando ele de forma melhor pro “seu moço” da letra)
    ainda aponta pra um desfecho onde parece que no fim da letra a mãe foge da realidade e prefere não acreditar que seu filho morreu(isso pq a dor é muito grande e não pq ela é pobre e sem estudos) distorcendo os fatos,fantasiando algo que lhe desse mais conforto num momento tão difícil.Talvez, depois de algum tempo, passado o trauma, ela caísse na realidade novamente.

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  22. Olha linda música que relata perfeitamente uma situação de exclusão social tão comum ainda no Brasil de hoje tantos anos após a composição desta música, tanto mãe como o filho são vitimas deste sistema social excludente, uma jovem despreparada que engravida, provavelmente, mãe solteira(Quando, seu moço
    Nasceu meu rebento
    Não era o momento
    Dele rebentar…), sem experiência vai cuidando do filho sem saber direito o que tava fazendo (Como fui levando
    Não sei lhe explicar…), o ciclo vai ficando vicioso ela nem sabia ser mãe não estava nos dados oficiais(me identificar), socialmente não existe, assim como a mãe nunca foi mãe por que não sabia como ser o filho nunca foi criança desde cedo teve que aprender a se virar ( eu o consolo, ele me consola, boto ele no colo pra ele poder ME NINAR/ SER MENINO, ja que a vida o negou isto), a infância roubada, não sei até que ponto a mãe não sabe da atividade do filho, eu acredito que é mais comodo pra ela fingir que não sabe, porque também o que ela podia oferecer a ele de diferente, nem nome ela podia oferecer, a fama desejada, o vencer na vida chega nas páginas de um jornal, menor morto(de papo pro ar) no mato, mas ele está lindo, pois descansou desta vida difícil e violenta, a notícia chega a mãe pelo jornal trazido por um policial ou autoridade “seu moço”

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  23. a bolsa ja com tudo dentro seria uma bolsa roubada.a mae de tao inocente que acha que o documento dentro desta bolsa pode ser usado pra sua identificaçao.

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  24. acho que o foco principal da música é justamente a posição da mãe ante os atos do filho. ela sabe que o filho é bandido e que aqueles objetos são roubados e fica calada porque é cômodo pra ela?! ou será que ela é ingênua mesmo?!

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  25. Celi Scaramelli de Lima

    A situação retratada na música é sim de pura exclusão social e suas as drásticas consequencias.
    Essa mãe, sem muitas escolhas, acaba por escolhe ver sua “realidade” assim; e como toda mãe, ela tb sonha com o melhor pro seu rebento.
    “Eu não disse que ele chagava lá…” a foto estampada no jornal como se fosse celebridade é uma forma de reconhecer isso.

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  26. Henrique Cassalho

    O presente poema trata claramente da discriminação social que infelizmente é muito comum. A realidade destas pessoas são impostas a ela pelo fato de viverem à margem da sociedade. O que são direitos quando se está alienado????

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  27. Stéfany Martins

    Gente, estou incorformada com a prova da 1ª fase da UEPA (parte de português). Caiu um trecho desta lindíssima música do Chico… o trecho era: “Quando, seu moço, nasceu meu rebento. Não era o momento dele rebentar. Já foi nascendo com cara de fome. E eu não tinha nem nome para lhe dar…”, daí a mesma pediu que marcássemos a alternativa que expressasse melhor este trecho do texto, fazendo analogia com um outro trecho de música: “Pede paz, saúde, trabalho e dinheiro. Pede pelas crianças do país inteiro. Lararará!…”. Então, a resposta supostamente correta é a ausência de políticas públicas. Como assim, a música de Chico retrata a desigualdade social??! ESTOU INCONFORMADA!!!

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    1. Tá escancarado que essa musica é uma clara critica com a falta de politicas publicas. Deixa de ser coxinha e olhe pros lados.Sem ofensa.

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  28. fica evidente que quando o governo não se coloca presente com políticas para erradicar acontecimentos como de uma mãe ver seu filho com fome logo ao nascer, de na musica "brasis" a população pedindo que o governo faça sua parte em relação a saúde

    yasmin arraes

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  29. A musica faz referencia a exclusão social e o mais interessanete que os protagonistas não são colocados como vilões, pois é assim q a maioria da população vê as pessoas excluidas socialmente. As fala da mãe, mostra a inocência com qeue ela conta a sua historia e a do seu filho, q vê no roubo uma saida para sobreviver.

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  30. O interessante de tudo é que o protagonista dessa letra tão lindo realmente existiu por volta do início da década de 80 promovia alguns assaltos pelo subúrbio do Rio, mas chegando no final dessa mesma década o guri veio e falecer.Depois dessa notícia fiquei meio impressionado, e tive que admitir pela milésima vez que a letra dessa música é do c…

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  31. vinicius gonçalves rodrigues

    É interessante perceber como podemos ler de várias maneiras e em épocas diferentes o mesmo texto. Nós leitores e ledores fazemos reflexões da letra em nossas realidades.Lendo ora mãe e filho como vítimas sociais,ora mãe que esconde a realidade e o guri que é menor infrator. Resumindo, ver as interpretações cheias de inferências (paticulares) na análise do hipertexto aqui colocado.

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  32. De tudo o que foi publicado, podemos resumir e enfatizar o que um dos colegas anunciou, a letra não faz distinçao de mãe e filho , mas sim de uma sociedade injusta e uma politica hipocrita que ao invés de lutar pelos menos favorecidos, buscam seus proprios interesses . E se uma gama da sociedade inteligente e instruida não quer ver e tão pouco contestar sobre os politicos do país , porque uma mae como a protagonista da musica seria capaz de fazer contra seu proprio filho?
    Os direitos humanos não são aplicados na integra e quando será? Pois essa cançao é de 1981 e em tudo se vive o que se canta do meu guri .

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  33. eu sei que essa letra é linda pois conta a realidade da desigualdade brasileira mostrando os excluidos e dizendo que a mae nao tinha outra soluçao se nao aceitar os roubos q o filho faz para sustentar-los

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  34. claudio bernardo

    esta ingenuidade da mae nao existe mais, agora quase todos os lares tem televisao, temos a internet, temos o celular, agora qualquer criança sabe que se apanhar dos pais pode reclamar com o conselho tutelar que nao existia em 82. Temos ainda maes que deixam seus filho dominar a casa, filhos e filhas menores saem e chegam a hora que quer sem precisar dizer onde foi ou com quem. já ví criança batendo forte na cara da mãe e a mãe fazia inumeras ameaças e apanhava de novo e fazia ameaças durante todo o tempo que estavam no mercado, por que a mãe nao tinha dinheiro pra comprar o que a criança de 5 anos queria. Já ví tambem criança que fora apanhado para ser criado por madrinha, pois os pais ja haviam morrido, e eram tratada como escravo, se mijasse na cama era exposta na rua, com o short na cabeça para que todo mundo que a visse zombasse ou rezasse. No brasil temos muitas historias que poderiam ser trasformadas em música ou peças teatrais na categoria de “baseado e fatos reais”.

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  35. A canção mostra o despreparo da mãe, ainda criança, com um rebento que não foi programado, como ter pelo menos um nome para lhe dar? O tema traz a inocência de uma mãe que na verdade é pouco mais velha que o filho. Só que o filho saiu para resolver os “problemas” da família. É um retrato de uma grande parte das nossas crianças. Uma música tão triste quanto a realidade.

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  36. Realmente a letra da musica é muito bonita, e ela retrata a realidade de muitas familias hoje em dia, que sofre devido a limites imposta, na verdade mostra as consequencias da deigualdade social.

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  37. Uma letra muito bonita. Acho algumas partes da letra bem interessante:
    “quando seu moço, nasceu meu rebanho, nao era o momento, dele rebentar”
    Nesse trecho podemos observar uma gravidez indesejada que na sua maioria das vezes trz conflitos para a familia.
    “Já foi nascendo, com cara de fome, e eu nao tinha nem nome, pra lhe dar”
    Esse trecho tem como foco os jovens marginalizados do centros urbanos.
    “Chega no morro, com carregamento, pulseira,cimento,relógio, pneu, gravador”
    Esse trecho aborda a questão do roubo,que por mais absurdo que seja dizer, já estar virando moda aontecer.
    Observem que é um texto antigo,e mesmo depois de tanto tempo o que ele nos passa continua deflagrando uma realidade.Mas tambem pudera, chico Buarque é chico Buarque.

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  38. acho uma letra bonita…
    fala que o menino nasceu na hora errada
    com cara de fome etc
    e quem nem tia nome pra lhe dar
    mas ja parecia fala que o guri nao fazia a coisa certa
    roubava

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  39. eh bonito ver a elite analisando que a pobre e analfabeta mae nao enxerga o que realmente o Guri faz. A elite tb tem filhos e muitas vezes nao querem acreditar que algo esta errado e tb pode descobrir pelos jornais o resultado de seus atos. A unica diferenca eh que vao conseguir ler a materia inteira. Muito alem da exclusao social, Chico aborda a cegueira sentimental de todas as maes e pais

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    1. Possivelmente algum repórter que cobria o caso da morte de um bandido com alguma fama e, ao entrevistar a mãe dele, ouve essa história.

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  40. a sociedade precisa de mais Chicos, artistas inteligentes e acima de tudo sensíveis e com alteridade para entrar na mente dos outro e sentir a dor do próximo. essa letra me faz sentir a alegria e desespero dessa mãe. sublime!

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  41. David Sousa de Oliveira

    essa musica retrata de uma saga de um garoto que nasce em péssimas condições (prematuro).sua mãe sem nenhuma condição de cria-lo não rejeita o filho, onde a cada dia se apaixona mais e mais com “guri”. devido sua classe social ser muita baixa o guri cresce e entra no mundo do crime prometendo dar uma vida melhor para a a sua mãe. o guri sempre que voltava do “trabalho”, trazia presentes sofisticados(pulseiras de ouro, relógios) para a sua mãe que ficava encabulada com os presentes q nunca iria poder comprar. O guri com vários assaltos feitos , não deu “Sorte” em uns dos seus ataques e acabou sendo baleado durante o assalto .

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  42. na certa, a pessoa que rspondeu no item 16 mora em outro país. existem sim vária mães iguais a essas. varios filhos até tem acesso a internet etc… mas muitas mães sequer sabem ler. aconselho ao mesmo a assistir um vídos de aproximadamente 13 minutos que se chama ilha das flores. quem sabe essa pessoa possa analisar melhor a realidade do nosso país.

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  43. retratando-me tratse do autor do item 17, conforme copiado
    Comentário by claudio bernardo — 19 de fevereiro de 2011

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  44. A música tem um tom de crítica em relação à vida do crime que envolve a família , a qual por sua vez ou não sabe da vida do filho ou sabe e é conivente, já que a vida nada lhe traz de melhor nesta vida.É a mãe que acredita no filho ou finje.A vida da periferia retratado com olhos de denúncia aos representantes do povo.

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  45. O excesso de sentimentalismo dos pais,que nem sempre enxergam os defeitos dos filhos. Acham que desgraça só acontece com os outros.

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  46. O excesso de sentimentalismo de muitos pais, que nem sempre enxergam os defeitos dos filhos. Acham que desgraça só acontece com os outros.

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  47. “Como fui levando
    Não sei lhe explicar…Fui assim levando Ele a me levar…”
    será que essa mãe era ingênua mesmo? muitas mãe hoje, como antigamente tmb fecham os olhos para o que os filhos fazem.
    “Eu consolo ele
    Ele me consola…” e eles se consolam, como se perante a desigaldade essa fosse a unica forma de sobrevivencia!

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  48. penso que aletra desta musica retrata bem a relidade de muitas familias que sonha com o futuro de seus filhos educaçao, trabalho e etc, mas que a desigualdade em suas diversas faces dificulta a acessao da familia por nao lhe garantir a materializaçao dos direitos fundamentas.

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  49. hewerton s oliva

    concordo com todos os comentarios, mas, em parte. as analises em que colocam o guri como morto estâo erradas. pois quando chico escreve , eu nao aguento essa gente seu moço fazendo alvoroço demais. ele já sabe que o sonho do guri era ser bandido mesmo, e ele conseguiu, porque saiu no jornal..sabe que o guri figiu pro mato está lindo, esta rindo de papo pro ar. quer dizer esta na boa. como diz a cançâo, eu me vingo dela tocando viola de papo pro ar… ou vcs conhecem alguem que toca viola depois de morrer?

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  50. Heitor Machado Tobias

    Sua música retrata bem o que é o viver das familias de hoje em dia. MAs alias vc teve a consiencia de pensar nas palavras a serem usadas. Muitas mulheres sao abandonadas pelos seus maridos e tem que criarem seu filhoss sozinhas. Mas o dinhero nao e suficiente e elas acabam soltando seus filhosn as ruas e semafaros do brasil

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  51. Que interessante, sempre ouvi essa música imaginando que era um pai, que embebido de tanto amor pelo filho, via em cada gesto seu um motivo para admirá-lo cada vez mais…

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  52. Linda melodia, o Chico é bom nisso…
    Letra que mostra a visão do pai com relação ao filho, claro que com várias ‘dicas’ de que o filho é bandido… aliás, a visão dos pais geralmente é esta mesmo, já vi alguns casos deste onde o pai não ‘conhece’ o filho. Ama, mas não conhece.

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  53. Acho fantástica a capacidade de todos afirmarem o obvio.
    Sim, de fato é uma forma de retratar a cegueira que o amor fraterno causa, e sim, também pode ser visto como uma certa omissão da mãe em não querer aceitar os atos errados dos filhos.
    Vi que poucas pessoas aceitaram os comentários de que a classe social retratada é mesmo a mais baixa, mas que essa cena é comum em nossa sociedade em todas as classes sociais.
    E o cenário se repete independente se o guri mora na favela e faz pequenos furtos ou mora naquele condomínio fechado traficando drogas pra playboyzada.
    E ele chegou lá, se foi chefe do morro, político, banqueiro ou um lider comunitário eu não sei, mas chegou lá.

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  54. Trata-se de um garoto favelado e uma mãe analfabeta e sem nenhuma condições de criá-lo. Como uma grande parte dos nascidos na favela, acaba entrando pra criminalidade e quando foi preso a primeira vez ainda era menor de idade.

    Triste realidade.

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  55. Pessoal, esta letra é de uma interpretação bem simples.
    Não é uma mãe cega porque o rapaz é seu filho. É uma mãe ingênua pelas condições sociais precárias da vida.

    ‘Quando, seu moço
    Nasceu meu rebento
    Não era o momento
    Dele rebentar…’
    (Uma criança que como tantas outras, nasceu em condições precárias, provavelmente prematuro e não planejado.)

    ‘Já foi nascendo
    Com cara de fome
    E eu não tinha nem nome
    Prá lhe dar…’
    (Mais uma vez fica nítida a condição social da ‘família’, sem nenhuma estrutura e planejamento)

    ‘Como fui levando
    Não sei lhe explicar…
    Fui assim levando
    Ele a me levar…’
    (Como a criança ‘vingou’ nem ‘ela’ sabe devido as condições precárias. Mas o ‘guri’ desde cedo aprendeu a ‘se virar’ como pôde.)

    ‘E na sua meninice
    Ele um dia me disse
    Que chegava lá…
    Olha aí!
    Olha aí!
    Olha aí!
    Aí o meu guri
    Olha aí!
    Olha aí!
    É o meu guri
    E ele chega…’
    (Toda criança apegada a mãe e família faz planos e sonhos, às vezes sem nem saber exatamente quais são esses…)

    ‘Chega suado
    E veloz do batente
    E traz sempre um presente
    Prá me encabular…
    Tanta corrente de ouro
    Seu moço
    Que haja pescoço
    Prá enfiar…’
    (A real inocência da mãe. Ela não ‘finge não ver’ ela REALMENTE não vê. A repetição das palavras ‘seu moço’ mostram também a simplicidade e ‘ignorância’ desta mãe)

    ‘Me trouxe uma bolsa
    Já com tudo dentro
    Chave, caderneta
    Terço e patuá…
    Um lenço e uma penca
    De documentos
    Prá finalmente
    Eu me identificar…
    Olha aí!’
    (Neste trecho fica claro que a situação não é de alguém em situação de vida boa. Provavelmente um retirante, alguém que veio do sertão/roça e afins (regiões MUITO afastadas ou esquecidas pelo governo) sem acesso nem a cartórios para documentação ou abandonada… Um ‘povo esquecido’)

    ‘Olha aí!
    Aí o meu guri
    Olha aí!
    Olha aí!
    É o meu guri
    E ele chega…
    Chega no morro
    Com o carregamento
    Pulseira, cimento
    Relógio, pneu, gravador…
    Rezo até ele chegar
    Cá no alto
    Essa onda de assaltos
    Está um horror…’
    (A mãe realmente não sabia que o próprio assaltante é seu filho. Para ela ele é um trabalhador digno)

    ‘Eu consolo ele
    Ele me consola…
    Boto ele no colo
    Prá ele me ninar..
    De repente acordo
    Olho pro lado
    E o danado
    Já foi trabalhar
    Olha aí!’
    (Uma mãe carente e inocente pelas situações da sua vida que merece tanta atenção quanto o ‘guri’e encontra isto somente no filho)

    ‘Olha aí!
    Aí o meu guri
    Olha aí!
    Olha aí!
    É o meu guri
    E ele chega…
    Chega estampado
    Manchete, retrato
    Com venda nos olhos
    Legenda e as iniciais…
    Eu não entendo essa gente
    Seu moço
    Fazendo alvoroço
    Demais…’
    (Também fica claro o analfabetismo da mãe. Impossibilitando que ela leia todas as informações sobre seu filho e não entendendo o ‘alvoroço’ feito pelas ‘manchetes’ e o porquê de somente ‘as iniciais’)

    ‘O guri no mato
    Acho que tá rindo
    Acho que tá lindo
    De papo pro ar
    Desde o começo
    Eu não disse
    Seu moço
    Ele disse que chegava lá…’
    (Ela não consegue nem perceber que o filho foi morto. Ela acha que ele está ‘se divertindo’ e que alcançou algo ‘maior’/ que faz sucesso/ que é bem sucedido)

    ‘Olha aí!
    Olha aí!
    Olha aí!
    Aí o meu guri
    Olha aí!
    Olha aí
    É o meu guri ‘

    (espero que tenham gostado 😉 porque há muito venho estudando várias letras de chico e essa é uma das que já foi estudada)

    BJUS!

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  56. otima musica de chico, eu fiz um trabalho sobre essa musica, tão bonita e me ajudou a ver a realidade do mundo.parabéns chico!!!

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  57. OLHA AI O MEU GURI!!!!

    Análise de Letras de Músicas

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    O Meu Guri
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    Chico Buarque

    Quando, seu moço
    Nasceu meu rebento
    Não era o momento
    Dele rebentar…

    Já foi nascendo
    Com cara de fome
    E eu não tinha nem nome
    Prá lhe dar…

    Como fui levando
    Não sei lhe explicar…

    Fui assim levando
    Ele a me levar…

    E na sua meninice
    Ele um dia me disse
    Que chegava lá…

    Olha aí!
    Olha aí!
    Olha aí!
    Aí o meu guri
    Olha aí!
    Olha aí!
    É o meu guri
    E ele chega…

    Chega suado
    E veloz do batente
    E traz sempre um presente
    Prá me encabular…

    Tanta corrente de ouro
    Seu moço
    Que haja pescoço
    Prá enfiar…

    Me trouxe uma bolsa
    Já com tudo dentro
    Chave, caderneta
    Terço e patuá…

    Um lenço e uma penca
    De documentos
    Prá finalmente
    Eu me identificar…
    Olha aí!

    Olha aí!
    Aí o meu guri
    Olha aí!
    Olha aí!
    É o meu guri
    E ele chega…

    Chega no morro
    Com o carregamento
    Pulseira, cimento
    Relógio, pneu, gravador…

    Rezo até ele chegar
    Cá no alto
    Essa onda de assaltos
    Está um horror…

    Eu consolo ele
    Ele me consola…

    Boto ele no colo
    Prá ele me ninar..

    De repente acordo
    Olho pro lado
    E o danado
    Já foi trabalhar
    Olha aí!

    Olha aí!
    Aí o meu guri
    Olha aí!
    Olha aí!
    É o meu guri
    E ele chega…

    Chega estampado
    Manchete, retrato
    Com venda nos olhos
    Legenda e as iniciais…

    Eu não entendo essa gente
    Seu moço
    Fazendo alvoroço
    Demais…

    O guri no mato
    Acho que tá rindo
    Acho que tá lindo
    De papo pro ar
    Desde o começo
    Eu não disse
    Seu moço
    Ele disse que chegava lá…

    Olha aí!
    Olha aí!

    Olha aí!
    Aí o meu guri
    Olha aí!
    Olha aí
    É o meu guri…(3x)

    79 Comentários »
    1.
    obrigado por me ajudar ! esse site é muito legal tenho apenas 12 anos e me enteresei

    Comentário by debora— 27 de março de 2012

    2.
    otima musica de chico, eu fiz um trabalho sobre essa musica, tão bonita e me ajudou a ver a realidade do mundo.parabéns chico!!!

    Comentário by Henrique — 12 de março de 2012

    3.
    eu adorei muito
    essa musica nossa q linda sou legal te daoro te doro te doro te tetetettete doro

    Comentário by veronica — 8 de fevereiro de 2012

    4.
    q coisa linda nossa ess a musica nunca vou me esquecer deus te abencoe chico te adoro muito de lila

    Comentário by lila— 8 de fevereiro de 2012

    5.
    Pessoal, esta letra é de uma interpretação bem simples.
    Não é uma mãe cega porque o rapaz é seu filho. É uma mãe ingênua pelas condições sociais precárias da vida.

    ‘Quando, seu moço
    Nasceu meu rebento
    Não era o momento
    Dele rebentar…’
    (Uma criança que como tantas outras, nasceu em condições precárias, provavelmente prematuro e não planejado.)

    ‘Já foi nascendo
    Com cara de fome
    E eu não tinha nem nome
    Prá lhe dar…’
    (Mais uma vez fica nítida a condição social da ‘família’, sem nenhuma estrutura e planejamento)

    ‘Como fui levando
    Não sei lhe explicar…
    Fui assim levando
    Ele a me levar…’
    (Como a criança ‘vingou’ nem ‘ela’ sabe devido as condições precárias. Mas o ‘guri’ desde cedo aprendeu a ‘se virar’ como pôde.)

    ‘E na sua meninice
    Ele um dia me disse
    Que chegava lá…
    Olha aí!
    Olha aí!
    Olha aí!
    Aí o meu guri
    Olha aí!
    Olha aí!
    É o meu guri
    E ele chega…’
    (Toda criança apegada a mãe e família faz planos e sonhos, às vezes sem nem saber exatamente quais são esses…)

    ‘Chega suado
    E veloz do batente
    E traz sempre um presente
    Prá me encabular…
    Tanta corrente de ouro
    Seu moço
    Que haja pescoço
    Prá enfiar…’
    (A real inocência da mãe. Ela não ‘finge não ver’ ela REALMENTE não vê. A repetição das palavras ‘seu moço’ mostram também a simplicidade e ‘ignorância’ desta mãe)

    ‘Me trouxe uma bolsa
    Já com tudo dentro
    Chave, caderneta
    Terço e patuá…
    Um lenço e uma penca
    De documentos
    Prá finalmente
    Eu me identificar…
    Olha aí!’
    (Neste trecho fica claro que a situação não é de alguém em situação de vida boa. Provavelmente um retirante, alguém que veio do sertão/roça e afins (regiões MUITO afastadas ou esquecidas pelo governo) sem acesso nem a cartórios para documentação ou abandonada… Um ‘povo esquecido’)

    ‘Olha aí!
    Aí o meu guri
    Olha aí!
    Olha aí!
    É o meu guri
    E ele chega…
    Chega no morro
    Com o carregamento
    Pulseira, cimento
    Relógio, pneu, gravador…
    Rezo até ele chegar
    Cá no alto
    Essa onda de assaltos
    Está um horror…’
    (A mãe realmente não sabia que o próprio assaltante é seu filho. Para ela ele é um trabalhador digno)

    ‘Eu consolo ele
    Ele me consola…
    Boto ele no colo
    Prá ele me ninar..
    De repente acordo
    Olho pro lado
    E o danado
    Já foi trabalhar
    Olha aí!’
    (Uma mãe carente e inocente pelas situações da sua vida que merece tanta atenção quanto o ‘guri’e encontra isto somente no filho)

    ‘Olha aí!
    Aí o meu guri
    Olha aí!
    Olha aí!
    É o meu guri
    E ele chega…
    Chega estampado
    Manchete, retrato
    Com venda nos olhos
    Legenda e as iniciais…
    Eu não entendo essa gente
    Seu moço
    Fazendo alvoroço
    Demais…’
    (Também fica claro o analfabetismo da mãe. Impossibilitando que ela leia todas as informações sobre seu filho e não entendendo o ‘alvoroço’ feito pelas ‘manchetes’ e o porquê de somente ‘as iniciais’)

    ‘O guri no mato
    Acho que tá rindo
    Acho que tá lindo
    De papo pro ar
    Desde o começo
    Eu não disse
    Seu moço
    Ele disse que chegava lá…’
    (Ela não consegue nem perceber que o filho foi morto. Ela acha que ele está ‘se divertindo’ e que alcançou algo ‘maior’/ que faz sucesso/ que é bem sucedido)

    ‘Olha aí!
    Olha aí!
    Olha aí!
    Aí o meu guri
    Olha aí!
    Olha aí
    É o meu guri ‘

    (espero que tenham gostado porque há muito venho estudando várias letras de chico e essa é uma das que já foi estudada)

    BJUS!

    Comentário by Vanessa— 7 de fevereiro de 2012

    6.
    Trata-se de um garoto favelado e uma mãe analfabeta e sem nenhuma condições de criá-lo. Como uma grande parte dos nascidos na favela, acaba entrando pra criminalidade e quando foi preso a primeira vez ainda era menor de idade.

    Triste realidade.

    Comentário by Jairo — 19 de outubro de 2011

    7.
    Acho fantástica a capacidade de todos afirmarem o obvio.
    Sim, de fato é uma forma de retratar a cegueira que o amor fraterno causa, e sim, também pode ser visto como uma certa omissão da mãe em não querer aceitar os atos errados dos filhos.
    Vi que poucas pessoas aceitaram os comentários de que a classe social retratada é mesmo a mais baixa, mas que essa cena é comum em nossa sociedade em todas as classes sociais.
    E o cenário se repete independente se o guri mora na favela e faz pequenos furtos ou mora naquele condomínio fechado traficando drogas pra playboyzada.
    E ele chegou lá, se foi chefe do morro, político, banqueiro ou um lider comunitário eu não sei, mas chegou lá.

    Comentário by Rodolpho — 13 de outubro de 2011

    8.
    Linda melodia, o Chico é bom nisso…
    Letra que mostra a visão do pai com relação ao filho, claro que com várias ‘dicas’ de que o filho é bandido… aliás, a visão dos pais geralmente é esta mesmo, já vi alguns casos deste onde o pai não ‘conhece’ o filho. Ama, mas não conhece.

    Comentário by Rodrigo — 12 de outubro de 2011

    9.
    Que interessante, sempre ouvi essa música imaginando que era um pai, que embebido de tanto amor pelo filho, via em cada gesto seu um motivo para admirá-lo cada vez mais…

    Comentário by AZ — 5 de outubro de 2011

    10.
    Sua música retrata bem o que é o viver das familias de hoje em dia. MAs alias vc teve a consiencia de pensar nas palavras a serem usadas. Muitas mulheres sao abandonadas pelos seus maridos e tem que criarem seu filhoss sozinhas. Mas o dinhero nao e suficiente e elas acabam soltando seus filhosn as ruas e semafaros do brasil

    Comentário by Heitor Machado Tobias — 5 de outubro de 2011

    11.
    concordo com todos os comentarios, mas, em parte. as analises em que colocam o guri como morto estâo erradas. pois quando chico escreve , eu nao aguento essa gente seu moço fazendo alvoroço demais. ele já sabe que o sonho do guri era ser bandido mesmo, e ele conseguiu, porque saiu no jornal..sabe que o guri figiu pro mato está lindo, esta rindo de papo pro ar. quer dizer esta na boa. como diz a cançâo, eu me vingo dela tocando viola de papo pro ar… ou vcs conhecem alguem que toca viola depois de morrer?

    Comentário by hewerton s oliva — 11 de setembro de 2011

    12.
    a musica é muito interessante por que fala a realidade de hoje em dia

    Comentário by gustavo — 23 de agosto de 2011

    13.
    penso que aletra desta musica retrata bem a relidade de muitas familias que sonha com o futuro de seus filhos educaçao, trabalho e etc, mas que a desigualdade em suas diversas faces dificulta a acessao da familia por nao lhe garantir a materializaçao dos direitos fundamentas.

    Comentário by ana — 20 de agosto de 2011

    14.
    “Como fui levando
    Não sei lhe explicar…Fui assim levando Ele a me levar…”
    será que essa mãe era ingênua mesmo? muitas mãe hoje, como antigamente tmb fecham os olhos para o que os filhos fazem.
    “Eu consolo ele
    Ele me consola…” e eles se consolam, como se perante a desigaldade essa fosse a unica forma de sobrevivencia!

    Comentário by Carool — 29 de julho de 2011

    15.
    O excesso de sentimentalismo de muitos pais, que nem sempre enxergam os defeitos dos filhos. Acham que desgraça só acontece com os outros.

    Comentário by Lina— 12 de julho de 2011

    16.
    O excesso de sentimentalismo dos pais,que nem sempre enxergam os defeitos dos filhos. Acham que desgraça só acontece com os outros.

    Comentário by Lina — 12 de julho de 2011

    17.
    A música tem um tom de crítica em relação à vida do crime que envolve a família , a qual por sua vez ou não sabe da vida do filho ou sabe e é conivente, já que a vida nada lhe traz de melhor nesta vida.É a mãe que acredita no filho ou finje.A vida da periferia retratado com olhos de denúncia aos representantes do povo.

    Comentário by erica — 10 de julho de 2011

    18.
    essa musica me inspirou no meu irmão que nasceu ,ja faz 1 mes e 23 dia,mais ou menos isto,em poucas palavras e inspiraora!!!!!!!!!

    Comentário by gabriela— 23 de maio de 2011

    19.
    retratando-me tratse do autor do item 17, conforme copiado
    Comentário by claudio bernardo — 19 de fevereiro de 2011

    Comentário by marcelo — 17 de maio de 2011

    20.
    na certa, a pessoa que rspondeu no item 16 mora em outro país. existem sim vária mães iguais a essas. varios filhos até tem acesso a internet etc… mas muitas mães sequer sabem ler. aconselho ao mesmo a assistir um vídos de aproximadamente 13 minutos que se chama ilha das flores. quem sabe essa pessoa possa analisar melhor a realidade do nosso país.

    Comentário by marcelo — 17 de maio de 2011

    21.
    essa musica retrata de uma saga de um garoto que nasce em péssimas condições (prematuro).sua mãe sem nenhuma condição de cria-lo não rejeita o filho, onde a cada dia se apaixona mais e mais com “guri”. devido sua classe social ser muita baixa o guri cresce e entra no mundo do crime prometendo dar uma vida melhor para a a sua mãe. o guri sempre que voltava do “trabalho”, trazia presentes sofisticados(pulseiras de ouro, relógios) para a sua mãe que ficava encabulada com os presentes q nunca iria poder comprar. O guri com vários assaltos feitos , não deu “Sorte” em uns dos seus ataques e acabou sendo baleado durante o assalto .

    Comentário by David Sousa de Oliveira — 11 de maio de 2011

    22.
    comi o “s”, desculpe

    Comentário by tetsuo takita— 6 de maio de 2011

    23.
    a sociedade precisa de mais Chicos, artistas inteligentes e acima de tudo sensíveis e com alteridade para entrar na mente dos outro e sentir a dor do próximo. essa letra me faz sentir a alegria e desespero dessa mãe. sublime!

    Comentário by tetsuo takita— 6 de maio de 2011

    24.
    Eu queria sabeer ‘ oque acontecee com a moça no finaal ?

    Comentário by Jéssica— 1 de maio de 2011

    25.
    quem seria o “seu moço” da música??

    Comentário by autista — 25 de abril de 2011

    26.
    eh bonito ver a elite analisando que a pobre e analfabeta mae nao enxerga o que realmente o Guri faz. A elite tb tem filhos e muitas vezes nao querem acreditar que algo esta errado e tb pode descobrir pelos jornais o resultado de seus atos. A unica diferenca eh que vao conseguir ler a materia inteira. Muito alem da exclusao social, Chico aborda a cegueira sentimental de todas as maes e pais

    Comentário by @ZeLuizK9 — 5 de abril de 2011

    27.
    Quanto tá o cordão, guri? Tem toca-fita?

    Comentário by Pedro Machado — 29 de março de 2011

    28.
    eu gostei muito pq fala da situação do mundo de hoje!!! e isso tem aver muito com os jovens de hoje…

    Comentário by stefanny — 28 de março de 2011

    29.
    é muito bom pois esta musica fala sobre um sentimento que eu nunca disse mais é muinto bom

    oooooooooooooolllllllhhhhaaaaaaaa…..

    Comentário by laryssa— 26 de março de 2011

    30.
    acho uma letra bonita…
    fala que o menino nasceu na hora errada
    com cara de fome etc
    e quem nem tia nome pra lhe dar
    mas ja parecia fala que o guri nao fazia a coisa certa
    roubava

    Comentário by Kaely — 22 de março de 2011

    31.
    Essa ta no meu TCC.

    Com venda nos olhos
    Legenda e as iniciais…

    Gênio…

    Comentário by Cezar Henrique — 22 de março de 2011

    32.
    nossa essa letra é d + gostei muito dela copiei eu vou tirar um 10 nessa avaliação de portugues Chico Boarke é um poeta muito bom

    Comentário by juliana— 12 de março de 2011

    33.
    Uma letra muito bonita. Acho algumas partes da letra bem interessante:
    “quando seu moço, nasceu meu rebanho, nao era o momento, dele rebentar”
    Nesse trecho podemos observar uma gravidez indesejada que na sua maioria das vezes trz conflitos para a familia.
    “Já foi nascendo, com cara de fome, e eu nao tinha nem nome, pra lhe dar”
    Esse trecho tem como foco os jovens marginalizados do centros urbanos.
    “Chega no morro, com carregamento, pulseira,cimento,relógio, pneu, gravador”
    Esse trecho aborda a questão do roubo,que por mais absurdo que seja dizer, já estar virando moda aontecer.
    Observem que é um texto antigo,e mesmo depois de tanto tempo o que ele nos passa continua deflagrando uma realidade.Mas tambem pudera, chico Buarque é chico Buarque.

    Comentário by thais — 10 de março de 2011

    34.
    Realmente a letra da musica é muito bonita, e ela retrata a realidade de muitas familias hoje em dia, que sofre devido a limites imposta, na verdade mostra as consequencias da deigualdade social.

    Comentário by leandra — 10 de março de 2011

    35.
    A canção mostra o despreparo da mãe, ainda criança, com um rebento que não foi programado, como ter pelo menos um nome para lhe dar? O tema traz a inocência de uma mãe que na verdade é pouco mais velha que o filho. Só que o filho saiu para resolver os “problemas” da família. É um retrato de uma grande parte das nossas crianças. Uma música tão triste quanto a realidade.

    Comentário by Ernani Maller— 21 de fevereiro de 2011

    36.
    esta ingenuidade da mae nao existe mais, agora quase todos os lares tem televisao, temos a internet, temos o celular, agora qualquer criança sabe que se apanhar dos pais pode reclamar com o conselho tutelar que nao existia em 82. Temos ainda maes que deixam seus filho dominar a casa, filhos e filhas menores saem e chegam a hora que quer sem precisar dizer onde foi ou com quem. já ví criança batendo forte na cara da mãe e a mãe fazia inumeras ameaças e apanhava de novo e fazia ameaças durante todo o tempo que estavam no mercado, por que a mãe nao tinha dinheiro pra comprar o que a criança de 5 anos queria. Já ví tambem criança que fora apanhado para ser criado por madrinha, pois os pais ja haviam morrido, e eram tratada como escravo, se mijasse na cama era exposta na rua, com o short na cabeça para que todo mundo que a visse zombasse ou rezasse. No brasil temos muitas historias que poderiam ser trasformadas em música ou peças teatrais na categoria de “baseado e fatos reais”.

    Comentário by claudio bernardo — 19 de fevereiro de 2011

    37.
    desculpa pelos ultimos comentarios

    Comentário by kamille— 15 de fevereiro de 2011

    38.
    avida é dura

    Comentário by kamille— 15 de fevereiro de 2011

    39.
    eu sei q a vida é dura

    Comentário by kamille— 15 de fevereiro de 2011

    40.
    eu sei que essa letra é linda pois conta a realidade da desigualdade brasileira mostrando os excluidos e dizendo que a mae nao tinha outra soluçao se nao aceitar os roubos q o filho faz para sustentar-los

    Comentário by kamille — 15 de fevereiro de 2011

    41.
    De tudo o que foi publicado, podemos resumir e enfatizar o que um dos colegas anunciou, a letra não faz distinçao de mãe e filho , mas sim de uma sociedade injusta e uma politica hipocrita que ao invés de lutar pelos menos favorecidos, buscam seus proprios interesses . E se uma gama da sociedade inteligente e instruida não quer ver e tão pouco contestar sobre os politicos do país , porque uma mae como a protagonista da musica seria capaz de fazer contra seu proprio filho?
    Os direitos humanos não são aplicados na integra e quando será? Pois essa cançao é de 1981 e em tudo se vive o que se canta do meu guri .

    Comentário by Queli— 8 de fevereiro de 2011

    42.
    É interessante perceber como podemos ler de várias maneiras e em épocas diferentes o mesmo texto. Nós leitores e ledores fazemos reflexões da letra em nossas realidades.Lendo ora mãe e filho como vítimas sociais,ora mãe que esconde a realidade e o guri que é menor infrator. Resumindo, ver as interpretações cheias de inferências (paticulares) na análise do hipertexto aqui colocado.

    Comentário by vinicius gonçalves rodrigues — 27 de janeiro de 2011

    43.
    O interessante de tudo é que o protagonista dessa letra tão lindo realmente existiu por volta do início da década de 80 promovia alguns assaltos pelo subúrbio do Rio, mas chegando no final dessa mesma década o guri veio e falecer.Depois dessa notícia fiquei meio impressionado, e tive que admitir pela milésima vez que a letra dessa música é do c…

    Comentário by Nanderson — 18 de janeiro de 2011

    44.
    A musica faz referencia a exclusão social e o mais interessanete que os protagonistas não são colocados como vilões, pois é assim q a maioria da população vê as pessoas excluidas socialmente. As fala da mãe, mostra a inocência com qeue ela conta a sua historia e a do seu filho, q vê no roubo uma saida para sobreviver.

    Comentário by erica — 26 de dezembro de 2010

    45.
    obrigado vcs me ajudaram marcus

    Comentário by guri— 2 de dezembro de 2010

    46.
    yasmin arraes

    Comentário by fica evidente que quando o governo não se coloca presente com políticas para erradicar acontecimentos como de uma mãe ver seu filho com fome logo ao nascer, de na musica “brasis” a população pedindo que o governo faça sua parte em relação a saúde — 28 de novembro de 2010

    47.
    Gente, estou incorformada com a prova da 1ª fase da UEPA (parte de português). Caiu um trecho desta lindíssima música do Chico… o trecho era: “Quando, seu moço, nasceu meu rebento. Não era o momento dele rebentar. Já foi nascendo com cara de fome. E eu não tinha nem nome para lhe dar…”, daí a mesma pediu que marcássemos a alternativa que expressasse melhor este trecho do texto, fazendo analogia com um outro trecho de música: “Pede paz, saúde, trabalho e dinheiro. Pede pelas crianças do país inteiro. Lararará!…”. Então, a resposta supostamente correta é a ausência de políticas públicas. Como assim, a música de Chico retrata a desigualdade social??! ESTOU INCONFORMADA!!!

    Comentário by Stéfany Martins — 28 de novembro de 2010

    48.
    O presente poema trata claramente da discriminação social que infelizmente é muito comum. A realidade destas pessoas são impostas a ela pelo fato de viverem à margem da sociedade. O que são direitos quando se está alienado????

    Comentário by Henrique Cassalho — 1 de novembro de 2010

    49.
    A situação retratada na música é sim de pura exclusão social e suas as drásticas consequencias.
    Essa mãe, sem muitas escolhas, acaba por escolhe ver sua “realidade” assim; e como toda mãe, ela tb sonha com o melhor pro seu rebento.
    “Eu não disse que ele chagava lá…” a foto estampada no jornal como se fosse celebridade é uma forma de reconhecer isso.

    Comentário by Celi Scaramelli de Lima — 16 de outubro de 2010

    50.
    acho que o foco principal da música é justamente a posição da mãe ante os atos do filho. ela sabe que o filho é bandido e que aqueles objetos são roubados e fica calada porque é cômodo pra ela?! ou será que ela é ingênua mesmo?!

    Comentário by Leo — 8 de outubro de 2010

    51.
    a bolsa ja com tudo dentro seria uma bolsa roubada.a mae de tao inocente que acha que o documento dentro desta bolsa pode ser usado pra sua identificaçao.

    Comentário by jeanyne — 29 de agosto de 2010

    52.
    Olha linda música que relata perfeitamente uma situação de exclusão social tão comum ainda no Brasil de hoje tantos anos após a composição desta música, tanto mãe como o filho são vitimas deste sistema social excludente, uma jovem despreparada que engravida, provavelmente, mãe solteira(Quando, seu moço
    Nasceu meu rebento
    Não era o momento
    Dele rebentar…), sem experiência vai cuidando do filho sem saber direito o que tava fazendo (Como fui levando
    Não sei lhe explicar…), o ciclo vai ficando vicioso ela nem sabia ser mãe não estava nos dados oficiais(me identificar), socialmente não existe, assim como a mãe nunca foi mãe por que não sabia como ser o filho nunca foi criança desde cedo teve que aprender a se virar ( eu o consolo, ele me consola, boto ele no colo pra ele poder ME NINAR/ SER MENINO, ja que a vida o negou isto), a infância roubada, não sei até que ponto a mãe não sabe da atividade do filho, eu acredito que é mais comodo pra ela fingir que não sabe, porque também o que ela podia oferecer a ele de diferente, nem nome ela podia oferecer, a fama desejada, o vencer na vida chega nas páginas de um jornal, menor morto(de papo pro ar) no mato, mas ele está lindo, pois descansou desta vida difícil e violenta, a notícia chega a mãe pelo jornal trazido por um policial ou autoridade “seu moço”

    Comentário by Randerson — 9 de agosto de 2010

    53.
    A letra além de estar pautada no amor incondicional da mãe,que prefere enxergar o filho, mesmo que esse seja um bandido, como seu Guri,seu filhinho,(talvez ela não soubesse mesmo que seu filho era bandido, ou então estava pintando ele de forma melhor pro “seu moço” da letra)
    ainda aponta pra um desfecho onde parece que no fim da letra a mãe foge da realidade e prefere não acreditar que seu filho morreu(isso pq a dor é muito grande e não pq ela é pobre e sem estudos) distorcendo os fatos,fantasiando algo que lhe desse mais conforto num momento tão difícil.Talvez, depois de algum tempo, passado o trauma, ela caísse na realidade novamente.

    Comentário by carlos ferreira viana — 4 de agosto de 2010

    54.
    Esplêndido!
    A forma como Chico retrata o sentimento de orgulho da mãe é linda.

    Comentário by Ildo— 12 de julho de 2010

    55.
    Esse “guri”, são nossos alunos de hoje que por conta de um sistema acabam entrando na criminalidade, e a escola acaba excluindo por conta de preconceitos .
    A sensibilidade do Chico nessa musica e primorosa e retrata a sociedade atual.

    Comentário by Elaine Perossi — 9 de julho de 2010

    56.
    Bom na minha opinião tanto a mãe quanto o Guri (filho) são vitimas e frutos de nossa sociedade,

    Já foi nascendo
    Com cara de fome
    E eu não tinha nem nome
    Prá lhe dar…

    Essa parte da musica ja traz um retrato da triste e cruel ralidade, a pessoa ja tem um filho sem a minima
    espectativa de futuro, o mesmo ja nasce com cara de fome

    E na sua meninice
    Ele um dia me disse
    Que chegava lá…

    Quando ele diz “Que chegava lá” de alguma forma ele traduz o desejo de toda criança pobre poder conquistar tudo aquilo que ele não tem e que seus pais não conseguiram proporcionar, é complicado para um garoto pobre assistir programas infantis na televisão com propagandas de brinquedos carissimos, tenis super na moda, etc… mas na realidade nem o pão de manhã cedo o menino tem para mastigar

    Chega suado
    E veloz do batente
    E traz sempre um presente
    Prá me encabular…

    Tanta corrente de ouro
    Seu moço
    Que haja pescoço
    Prá enfiar…

    Me trouxe uma bolsa
    Já com tudo dentro
    Chave, caderneta
    Terço e patuá…

    Final e infelizmente o garoto cai no crime, sua realidade é dura, o governo não olha para os pobres, bandidos e traficantes fazem o papel de “paizão” e o moleque acaba cedendo ao caminho mais rapido,

    De repente acordo
    Olho pro lado
    E o danado
    Já foi trabalhar

    A mãe ainda se ilude que ele é um trabalhador, mesmo talvez no fundo sabendo a verdade ela se ilude, é provavel que esse garoto não tenha nem pai, ou então o mesmo fuigiu quando ele nasceu, é a mão e o garoto na vida de pobreza e ela não pode se dar ao luxo de evitar que o garoto trabalhe de alguma forma, toda moeda é bem vinda para quem passa dificuldades

    Chega estampado
    Manchete, retrato
    Com venda nos olhos
    Legenda e as iniciais…

    Eu não entendo essa gente
    Seu moço
    Fazendo alvoroço
    Demais…

    O guri no mato
    Acho que tá rindo
    Acho que tá lindo
    De papo pro ar
    Desde o começo
    Eu não disse
    Seu moço
    Ele disse que chegava lá…

    E então o triste desfecho, o garoto finalmente é morto prematuramente, a letra não diz se os assassinos são policiais, bandidos rivais ou os próprios amigos que o mataram, mas isso pouco importa, o Guri é mais um nas estatisticas, assim como ele muitos ja se foram e muitos estão chegando para uma vida e morte semelhante.

    Parabéns Chico por essa obra prime !!!

    Comentário by Ricardo de Macedo — 7 de julho de 2010

    57.
    Não se trata da inocência ou não da mãe, e sim do descaso social, das diferenças de classe e oportunidades que a sociedade impõem, as rejeições que a pessoa muitas vezes sofre por morar em morro, a falta de oportunidade, viver o dia pensando no amanhã deixando claro no trecho” já foi nascendo com cara de fome. eu não tinha nem nome pra lhe dar” imagine uma mãe que nem nome tem a dar ao filho imagine o resto.Com sonhos,mesmo que impossíveis, como mãe acreditamos em nossos filhos quando ainda ”E na sua meninice. Ele um dia me disse Que chegava lá…”, o que deixa claro também que o guri morre jovem.

    Comentário by monique — 28 de junho de 2010

    58.
    Muitas letras do Chico são de cunho político. Porém esta em especial não retrata política e sim a supremacia do AMOR INCONDICIONAL.

    Que é o que todos sentem por um filho, principalmente uma mãe.

    Agora trata-se não de uma simples mãe, mas de uma mãe ignorante e exclusa da sociedade pela condição social, que acredita que pode se identificar com RG trazido pelo filho na bolsa roubada.

    Quando foi reconhecer o corpo ficou satisfeita em saber que o filho agora descansa depois que “chegou lá”.

    Mas a letra é pautada no AMOR INCONDICIONAL!

    Comentário by Rubens — 14 de junho de 2010

    59.
    Só tratam ele de coronel… Foi ele que mandou dinheiro pra gente vim… Vamos trabaiá em terra dele… Diz que só
    pé de café tem tanto que nem se pode contar…
    Então riam e afastavam para longe, como improcedentes e falsas, as afirmações dos que voltavam. Também nem
    todo mundo pode se dar bem e ser feliz, prosperar e enricar. Alguns hão de ser pobres a vida toda. Esse era o raciocínio
    das mulheres, mas cada uma se colocava entre os prováveis ricos e felizes. Era assim que esperavam o navio em
    Juazeiro.

    Comentário by Cristovão Torres — 10 de junho de 2010

    60.
    Gente, eu me formo esse ano em jornalismo e sou apaixonada por duas coisas: Fotografia e as canções de Chico, então resolvi fazer um ensaio fotografico sobre a obra dele. Estou fazendo uma releitura de 20 canções dele e interpretando cada letra em uma única imagem.
    Como resultado nasceu o livro: A poesia de Chico Buarque em foto e verso.

    Tava procurando interpretações sobre as letras dele e achei vocês aqui. Sei que esse espaço é reservado para interpretação das letras, mas só queria dizer que a análise de vocês tem ajudado à beça.

    Obrigada!

    Comentário by Morisa Menezes — 1 de junho de 2010

    61.
    Afinal, a mãe é inocente??

    Comentário by marcos — 19 de maio de 2010

    62.
    Só mesmo o Chico com a sua genialidade poderia compor uma música assim, apesar de ter sido composta há quase trinta anos continua atualíssima.
    A sociedade continua produzindo guris, e ela mesma com os seus policiais continua matando o maior número possível inda mais quando eles são favelados e pretos, ou “quase pretos” como diz Caetano Veloso.
    Guris continuam presentes mais do que nunca.

    Comentário by Ailton — 7 de abril de 2010

    63.
    Mesmo não sendo alfabetizada – ela é capaz de identificar as iniciais do filho… – , não é provável que a mãe desconheça o significado do “retrato com venda nos olhos” ou que o associe a algum tipo de prestígio social.
    Também ela alega não entender “essa gente fazendo alvoroço”. Ora, ninguém estranha o alvoroço das pessoas em torno de alguém famoso, bem sucedido, o que nos leva a crer que esse estranhamento da mãe com relação à reação das pessoas soe mais como uma forma de atenuar a gravidade dos feitos do guri, feitos esses que justificariam tanto o retrato com venda nos olhos como o “alvoroço dessa gente”.
    O mais provável, creio, seja identificar na suposta ingenuidade da mãe uma metáfora do fechar de olhos da sociedade para a situação da infância brasileira.

    Comentário by Helena — 7 de abril de 2010

    64.
    Mais uma música genial que eu desconhecia a análise. Aliás, genial como todas as músicas de Chico. Graças a esse site, podemos ter noção da qualidade deste e de vários autores. Parabéns aos apreciadores de boa música.

    Comentário by Jeferson — 29 de março de 2010

    65.
    Sim, o Guri é um bandido.
    Mas, a música termina sem que a mãe descubra isso.
    Ela acha que seu filho está no jornal por ter ficado famoso mesmo.
    Nota-se que ela é analfabeta quando fala da penca de documentos que recebeu do filho, obviamente documentos roubados, que ela ia usar pra se identificar.

    Comentário by Mateus — 27 de março de 2010

    66.
    O que me intriga é a parte em que ela fala “O guri no mato acho que tá rindo” como pode ele morto e a mãe achar que ele está rindo?

    Comentário by Danilo Agusto — 26 de março de 2010

    67.
    Exatamente, Chico que expressar o pouco caso que a sociedade faz com as crianças desse país, as quais encaramos todos os dias nos faróis, perambulando nas ruas e já aceitamos e assumimos o fim delas: “eu não disse que ele chegava lá”. Já sabemos que serão futuros marginais e nos mantemos inertes: “olha aí”. Só olhamos mesmo, não fazemos nada.

    Comentário by Regina Schmitz — 16 de dezembro de 2009

    68.
    A mãe representa a sociedade que fecha os olhos para os seus problemas.

    Comentário by Livia — 10 de dezembro de 2009

    69.
    Simplesmente Chico Buarque, o maior letrista do Brasil, junto com Noel Rosa, interpreta de forma brilhante um momento atual (sempre atual) de uma realizade brasileira. Atentem que a canção é de 1981 e decorridos 28 anos, parece que fala de um momento de 2009. Somente um gênio criativo como Chico pode eternizar numa canção (dentre tantas canções de sua lavra) um momento como esse. Chico, parabéns por nos encantar nos últimos 40 anos de nossas vidas.
    [email protected]

    Comentário by http://www.esiopoeta.blogspot.com— 24 de novembro de 2009

    70.
    O que deveria estar em questão aqui não é a mãe do guri, mas o descaso social e político a que estão expostas as pessoas de baixa renda. A figura mãe iludida representa a própria sociedade que finge não ver um problema tão explícito e se exime de qualquer responsabilidade, por crianças que adentram ao mundo do crime, adolescentes viciados em drogras e jovens mortos em consequencia de tudo isso. Não está em questão julgar a mãe, mas a própria sociedade omissa, iludida e que não se sente responsável por tantas vidas que são ROUBADAS do nosso convívio. Não se julga no caso a Mãe do Guri, mas a cada um de nós que prefere desviar o assunto e culpar “as mães” à assumir sua própria culpa.

    Comentário by BEHH — 11 de novembro de 2009

    71.
    como senpre as maes nao enchergao a verdade

    Comentário by mara— 28 de outubro de 2009

    72.
    Na minha opinião a mãe cria uma imagem falsa do filho, pois não quer crer que seja um bandido…

    Comentário by Lucas Salles — 3 de outubro de 2009

    73.
    A letra também relata mto o valor que as pessoas dão à busca diária da realização pessoal, explicito na letra qdo diz, – Ele um dia me disse que chegava lá.

    E acredito que essa inocência da mãe tbm é aparente qdo ela acredita que o sucesso está em aparecer nos jornais, ou seja, estar na mídia, na boca do povo.

    Acredito que a censura da época da ditadura obrigava os compositores a terem que se esforçar muito para poderem divulgar sem problemas suas obras, o resultado foram músicas incríveis, como esta.

    Comentário by Orestes — 11 de julho de 2009

    74.
    a mãe é inocente. veja a precoupação dela em ele ser assaltado. e quando vê o guri morto, ela pensa que ele finalmente encontrou descando depois de uma vida de tanto trabalho. Veja que ela fala orgulhosa que ele chegaria lá.

    Comentário by elaine — 18 de junho de 2009

    75.
    Ele apareceu no jornal mas talvez a mãe não saiba nem ler. Entendo que ela seja iludida justamente por acreditar ser o filho um trabalhador, coisa que ele não é.
    A “bolsa já com tudo dentro” seria uma bolsa roubada. A mãe, de tão inocente, que acha que o documento dentro desta bolsa pode ser usado pra sua identificação.

    Comentário by Pedro — 5 de junho de 2009

    76.
    Retificando uma afirmação apenas. A mãe do “Guri” não é inocente ou iludida quanto a atividade do filho. Ela cria em sua mente um filho trabalhador, sabendo esta não ser a verdade.
    Isso fica claro na reportagem de jornal em que ele é identificado com venda nos olhos, legendas e iniciais. O que indica ser um menor incluso na vida do crime. E é a mãe que, relata tal coisa.
    Ela não se espanta ao vê-lo morto, no mato, visto que era de seu conhecimento que, mais dia, menos dia, esse seria o destino de seu filho.

    Comentário by Daniele Souza — 30 de maio de 2009

    77.
    Complementando a análise da Giovanna. O ponto de vista relatado é o da inocente mãe de um bandido. Ela enxerga o filho como um trabalhador que sempre leva “compras” pra casa… Iludida, ela ainda se preocupa com o trajeto do filho, com medo que ele seja assaltado.
    No fim ele aparece nos jornais, mas não pelo sucesso como empresário, político, ou qualquer outra coisa que orgulhasse a mãe. E sim como um criminoso.
    Ela parece aliviada com sua morte: “Acho que está lindo de papo pro ar”.

    Comentário by Pedro — 15 de maio de 2009

    78.
    Trata-se de uma linda e critica letra que no caso, o guri, se trata de um ladrao da sociedade.
    ”Chega no morro
    Com o carregamento
    Pulseira, cimento
    Relógio, pneu, gravador…”

    Comentário by Giovanna — 8 de maio de 2009

    79.
    nao sei queria saber

    Comentário by claudia lanes — 5 de maio de 2009

    Qual é a sua interpretação?

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    OLHA AI O MEU GURI!!!!

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  58. Olha gente, como sabemos Chico é demais pro nosso tempo, embora eu ache que a mãe é “semi-analfabeta! pois ela sabe das legendas e iniciais – e talvez o mais provável é que o filho esteja morto mesmo – pois bandido não manda foto pra o jornal de “papo pro ar” mas essa música vai bem mais longe (se quisermos que ela vá) o ideal seria que o próprio Chico um diz dissesse do que realmente ele estava falando.

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  59. Eu acho essa música tão racista. É obvio que se trata de uma mulher negra, de favela e analfabeta – ou semi-analfabeta. Pra mim, fica claro que é assim que o autor vê os indivíduos da raça negra. E pra uma sociedade de mentalidade tão retrógrada como a nossa, essa é uma formação de opinião muito infeliz. Mas Chico Buarque, independente dessa composição, é o cara!

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  60. Matheus Barbosa

    Chega estampado
    Manchete, retrato
    Com venda nos olhos
    Legenda e as iniciais…
    Eu não entendo essa gente
    Seu moço
    Fazendo alvoroço
    Demais…’

    Eu não vejo a mãe como analfabeta neste trecho, a questão das vendas nos olhos faz referência a proibição de divulgação em mídia de nomes e rostos de menores, hoje em dia é assim, não sei se erá assim na década de 80, mas hoje é. E a questão do alvoroço que a mãe diz refere-se a banalização do crime nas periferias das metrópoles brasileiras na década de 80, lembrando que nesta década as mesmas metrópoles passaram por uma intensa decadência que resultou na formação disforme das periferias e favelas, sendo até hoje sentida as carências de infraestrutura nestas cidades.

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  61. Trata-se de uma linda e critica letra que no caso, o guri, se trata de um ladrao da sociedade.
    ”Chega no morro
    Com o carregamento
    Pulseira, cimento
    Relógio, pneu, gravador…”

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  62. É tudo isso mesmo. O menino bandido, a mãe ingênua, simplória, sem estudo e que não exerga o que o filho faz de verdade.
    Sobre o comentário 11, ele morreu mesmo. Ela vê a legenda com as iniciais do filho e a venda nos olhos (colocada na foto do jornal, por ser menor) e vê a foto dele caído no mato morto de papo pro ar(de barriga pra cima). A mãe, na sua ingenuidade, ainda acha que o filho ficou bem na foto, acha que ele está rindo, lindo e que chegou lá, sem considerar a gravidade do que estava acontecendo. Continuou olhando o filho pelo lado bom.

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  63. Não considero a música preconceituosa.
    Ele não diz que ela (a mãe)é assim por ser negra e pobre. O que eu vejo é que ele faz uma denúncia/crítica a desigualdade social, onde é uma verdade triste que nas favelas a grande maioria das pessoas são negras, pobres e analfabetas ou semi-analfabetas. A música não é patética, mas ele mostra uma situação patética e triste. A crítica para mim não é contra as pessoas, mas contra a sociedade que exclui essas pessoas.

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  64. Como o Comentário de Rubens no 14 de junho de 2010, essa música retrata o amor de uma mãe pelo filho, toda temática que vem junto desse tema principal é coadjuvante. É claro que há uma crítica social por trás, mas a temática principal é o amor que a mãe sente pelo filho.

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  65. igor carvalho

    “O amor é o estado no qual os homens têm mais probabilidades de ver as coisas tal como elas não são” Nietzsche
    ‘Eu fiz isso’, diz minha memória.
    ‘Eu não posso ter feito isso’, diz meu orgulho,e permanece inflexível. Por fim a memória cede.” Nietzsche

    A própria dor e o contato com a perda é que a poderiam levar à superação, à sublimação. Com isso ela entraria no território da alteridade e poderia começar a enxergar o filho como ele era, e ainda assim amá-lo.
    “A bondade que vem do cansaço de sofrer é um horror pior que o próprio sofrimento” Cesare Pavese
    “O verdadeiro amor é fruto de uma produtividade interna” Eric Fromm
    “A alegria pode ser salutar para o corpo, mas somente o sofrimento robustece o espírito” Proust
    “A união traz sempre também a separação, e a separação o sacrifício, e o sacrifício o contato com o arquétipo da morte(…) a dor do sacrifício de deixar aquilo que passou (…) e essa relação da alteridade com a morte/perda/sacrifício/ausência é um mistério profundo da transformação do ser.” Carlos Byington
    “Uma dor só é superada após ser sentida toda” Proust
    “Você não pode vencer uma coisa evitando-a, apenas atravessando-a”
    “A todos com quem me realmente me importo, desejo sofrimento, desolação, doença, maus-tratos, indignidades(…)” Nietzsche
    João Gilberto sobre quando voltou ao Rio de Janeiro na década de 50: “Os sofrimentos haviam me dado a experiência necessária”
    “Se eu te amo, o que você tem a ver com isso” Goethe
    “Você é o que você ama, não o que ama você” Charlie Kauffman

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  66. Uma realidade bem atual, o amor de uma mãe que sabe do seu filho bandido , mas não consegue mudar essa história”Como fui levando
    Não sei lhe explicar…

    Fui assim levando
    Ele a me levar…” Mas um filho é sempre amado, não importam os erros , amor de mãe está além… Uma mãe chega a perder a própria identidade moral para aceitar o filho…

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  67. Um certo alguém

    Desculpa, Juliana, mas na verdade é um pouco evidente que essa mãe não compreende que seu filho é “bandido”. Quando ela diz “como fui levando não sei lhe explicar” ela não quer dizer que não conseguia mudar a situação, mas retrata a dificuldade que ela passou para criar o filho, tanto é que nem sabe de onde reuniu forças para ‘vencer’.
    É muito clara a ingenuidade da mãe, tanto é que ela nem reconhece que a foto de seu filho no jornal não demonstra seu êxito na vida, mas sim sua prisão, e não compreende que seu filho no mato, na TV, de papo pra o ar está morto!

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  68. A ambição do filho quando pequeno é tirar a família da pobreza “E na sua meninice ele um dia me disse que chegava lá…” Retrato cruel da classe baixa que acaba entrando para o mundo do crime.
    Essa música arrepia e revolta!

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  69. Felipe Moreira

    Acredito que esta musica mostre que o ser humano não nasce estereotipado, mas que as condições de vida e as oportunidades o levam a determinados atos e a um determinado fim.
    O início da música mostra a realidade em que vive esta mãe, solteira, pobre, sem condições financeiras e psicológicas pra conceber e criar um filho, mas que em momento algum, renega seu rebento ou o abandona.
    No decorrer da primeira estrofe, o menino vai crescendo, e pelo que se percebe, sendo muito amado por sua mãe. Sua vida não é das melhores mas não lhe falta amor e carinho.
    A promessa de “chegar lá”, ou seja, dar uma vida mais digna a mulher que lhe deu a vida, neste momento ainda não está associado ao crime, e nos seus sonhos de criança, sem mácula, creio que ele realmente acredite que possa “ser alguém”.
    Mas, aqui entra a crítica existente nesta música, a falta de oportunidades, de estudo, o preconceito pela sua classe social e pelo lugar onde ele vive, faz com que, agora sim, ele seja renegado. A partir dessa realidade, ele busca outras maneiras de cumprir a promessa feita à mãe, e assim, parte para uma vida de crimes que leva à sua morte.
    Não acredito na total ingenuidade desta mãe. Ao contrário, acho que neste quesito é o amor maternal, incondicional, falando alto. Mesmo sendo bandido ele é seu filho, e o amor de mãe não se extingue pelas ações do seu filho.

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  70. É óbvio que a mãe não sabia que seu filho era um delinquente mirim. “Rezo pra ele chegar cá no alto, essa onda de assalto tá um horror” esse trecho diz tudo.

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  71. Quando, seu moço
    Nasceu meu rebento
    Não era o momento
    Dele rebentar…

    Já foi nascendo
    Com cara de fome
    E eu não tinha nem nome
    Prá lhe dar…

    Como fui levando
    Não sei lhe explicar…

    Fui assim levando
    Ele a me levar…

    E na sua meninice
    Ele um dia me disse
    Que chegava lá…

    Olha aí!
    Olha aí!
    Olha aí!
    Aí o meu guri
    Olha aí!
    Olha aí!
    É o meu guri
    E ele chega…

    Chega suado
    E veloz do batente
    E traz sempre um presente
    Prá me encabular…

    Tanta corrente de ouro
    Seu moço
    Que haja pescoço
    Prá enfiar…

    Me trouxe uma bolsa
    Já com tudo dentro
    Chave, caderneta
    Terço e patuá…

    Um lenço e uma penca
    De documentos
    Prá finalmente
    Eu me identificar…
    Olha aí!

    Olha aí!
    Aí o meu guri
    Olha aí!
    Olha aí!
    É o meu guri
    E ele chega…

    Chega no morro
    Com o carregamento
    Pulseira, cimento
    Relógio, pneu, gravador…

    Rezo até ele chegar
    Cá no alto
    Essa onda de assaltos
    Está um horror…

    Eu consolo ele
    Ele me consola…

    Boto ele no colo
    Prá ele me ninar..

    De repente acordo
    Olho pro lado
    E o danado
    Já foi trabalhar
    Olha aí!

    Olha aí!
    Aí o meu guri
    Olha aí!
    Olha aí!
    É o meu guri
    E ele chega…

    Chega estampado
    Manchete, retrato
    Com venda nos olhos
    Legenda e as iniciais…

    Eu não entendo essa gente
    Seu moço
    Fazendo alvoroço
    Demais…

    O guri no mato
    Acho que tá rindo
    Acho que tá lindo
    De papo pro ar
    Desde o começo
    Eu não disse
    Seu moço
    Ele disse que chegava lá…

    Olha aí!
    Olha aí!

    Olha aí!
    Aí o meu guri
    Olha aí!
    Olha aí
    É o meu guri…(3x)

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  72. joao carlos

    Essa cancão trata da alienação do povo excluido a mãe sem marido não direciona o filho ela o vê as vezes como chefe da casa, não tem noção da vida em sociedade, e no momento da morte do menino a propria não entende que se tratava de um noticiario de morte possivelmente não sabia ler.

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  73. Guri era o apelido de Adjevan Nunes, deliquente que ao matar um policial em São Paulo causou a criação do Esquadrão da Morte do delegado Sérgio Fleury.
    Foi encontrado morto num matagal( ”O guri no mato”)de Itaquera com 150 tiros.

    Fonte: Ditadura Escancarada, de Elio Gaspari.
    Pág.325

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  74. Claudia Paes

    Eduardo, suas considerações foram de grande auxílio numa pesquisa que faço para um trabalho universitário. Obrigada pela divulgação da fonte.

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  75. Maria Rodrigues

    Esta música é uma grande crítica à exclusão social em que vivem milhões de brasileiros, nas periferias da cidade, sem acesso a quase nenhum de seus direitos! A mãe do menino, é tão ingênua que nem sequer consegue entender que a foto do filho no jornal representa a morte dele e não sua ascensão na vida!

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  76. O mais interessante que nessa canção, o verso Olha aí, é o meu guri…entona o sentido de que ele chegou a realizar seus desejos de maneira digna, ou seja, se não prestarmos atenção em toda letra, parece que a música apresenta um destino satisfatório das pessoas que nascem sob condições de miséria.
    Muito reflexiva essa música, muito boa para pensarmos as desigualdades em nosso país.

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  77. Ótima composição desse gênio Chico Buarque . Nos mostra a prisão intelectual em eu vier a Classe baixa pobre só Brasil e do mundo , uma mãe sem condições físicas e intelectuais para criar e educar um homem, uma pessoa que desanda para a vida de crime . Por que ? Será que a culpa é toda dele mesmo ? O pior de tudo é a doença da ignorância ( a pior das doenças ), pois a mãe não percebe que seu filho virou km marginal , foi preso e morto ! E ainda se orgulha achando que ele tinha se tornado alguém importante para o mundo !
    Me impressiona a genialidade do compositor em fazer tal crítica social de maneira tão sutil e inteligente !

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  78. Karolo Dias

    A música retrata de uma mãe contando a história para algum homem , temos essa certeza quando no início já diz “Quando seu moço”. Ela tem então seu filho, e não tem condição de o criar “já foi nascendo com cara de fome”, e eles vivem na favela em uma situação de miséria. E então seu filho sempre diz que chegava lá, e começa a mudar a vida dele e de sua mãe, através do assalto, quando ele traz presentes para ela, corrente de ouro,uma bolsa com tudo dentro.. Ma não fica claro se a mãe sabe ou aceita que seu filho rouba,ou tem um emprego. No final então, ele morre. Bjos !!!

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  79. Alê Fernandes

    A música retrata a realidade da sociedade que vivemos, em vários aspectos e por vários pontos de vista. Não é específica à uma classe social e nem é sobre uma mãe e um filho literalmente. Temos muitos casos de roubo e furto nas classes mais baixas da sociedade e temos muita corrupção e crimes de “colarinho branco” nas classes mais altas.

    A sociedade cria uma regra de sucesso, em que, não necessariamente, ética e honestidade estão como pilares desse objetivo, então o caminho trilhado pelo Guri, pode ser um pobre que comete pequenos crimes, mas pode ser um empresário corruptor ou um político corrupto.

    Na defesa de classes que quase todos fazem, quando um pobre rouba, boa parte relativiza, analisando e levando em conta uma estrutura social que o conduz a isso, quando uma pessoa da alta sociedade corrompe ou comete qualquer outro crime, sua própria classe relativiza, enquadrando esse crime como algo menor, por não ter nele uma arma ou violência explícita, mesmo que todos saibam que crimes de corrupção também matam, mesmo que indiretamente.

    Quando na letra diz: ele disse que chegava lá, pode muito bem ser lido como um empresário de sucesso que “chegou lá” mesmo todos sabendo do quanto explorou, corrompeu ou qualquer outra coisa, as revistas e jornais estão cheios de capas com celebridades que posteriormente vão presos em Lava-jato ou outras operações da polícia federal. Quando acontece uma investigação e alguém da “sociedade de bem” vai preso, sua própria classe relativiza, tivemos o caso do Aécio há pouco tempo para corroborar isso. Nesse caso o guri é um empresário ou político brasileiro que atinge o sucesso e a mãe é uma classe social, a imprensa ou qualquer outro que o enaltece, mesmo sabendo que, hora ou outra, esse poderá ser preso por crime de corrupção, evasão de divisas, sonegação de impostos, trabalho escravo, etc.

    No trecho da música em que a mãe se preocupa com a onda de assalto por aí, fica mais claro que “essa mãe” isenta o filho de seus crimes específicos, mas justifica o estar do “lado do bem” apontando outros crimes como perigosos e ruins, isso se parece muito com a alta sociedade que pede diminuição da maioridade penal, penas mais duras, pena de morte para crimes que geralmente não são cometidos por essa classe, mas quando são crimes administrativos, crimes burocráticos, como corrupção, sonegação, peculato, fingem-se de mortos e são tão inocentes ou iludidos como essa mãe lírica.

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  80. Alê Fernandes

    Se fizermos uma análise mais global, somos todos pertencentes a uma classe inferior, sendo brasileiros, quando o tema é o mercado internacional, as grandes corporações, etc. Então o Guri que um dia me disse que chegava lá, pode muito bem ser o Odebrecht que conquistou boa parte do mercado mundial da construção civil ou um Eike Batista com sua fortuna, em algum momento, uma das maiores do mundo, ou o dono de Inhotim que criou o maior museu a céu aberto do mundo, homenageado e referendado por toda uma sociedade e mídia, mesmo nos corredores todos sabendo que, esse cometeu vários crimes e que poderia ser preso, como ocorreu nesses três casos, daí, por essa ótica, a situação de fragilidade daquele que nasceu com fome ou sem nome, é o empresário de terceiro mundo, pequeno em relação ao empresariado global, então a crítica não se fixa na condição de coitado e sim de como não enxergamos nossos erros ou os erros dos nossos, porque precisamos “vencer na vida” a qualquer custo, a crítica pode ser assim, uma crítica ao modelo que vivemos no mundo, na sociedade moderna. Outra questão é que a crítica pode ser direcionada à uma classe específica, e sendo uma letra do Chico, sem dúvida, essa crítica não é às classes mais baixas da sociedade brasileira, no período que a letra foi escrita, víviamos o fim da ditadura militar e muita coisa começava vir à tona, crimes hediondos cometidos por aqueles que tomaram o poder em 1964, a classe média e a classe alta, reclamava da violência e justificava uma ditadura, punindo negros e pobres, fazendo vistas grossas para pessoas que nesse mesmo período tomaram terras indigenas (o povo Krenak é um exemplo disso), mataram muitos estudantes (filho da Zuzu Angel, como ele conta em uma música do mesmo disco – Angelica), intelectuais, jornalistas (Herzog), dentre outros muitos, que morreram aletoriamente, como ocorre em qualquer estado totalitário e cerceado de direitos, voltando a sociedade que reclamava da violência mas não enxergava os crimes cometidos pelo regime ditatorial, crimes esses hoje elucidados, em boa parte dos casos, através da comissão da verdade. Ainda hoje, vemos um movimento pedindo novamente uma retomada pelas forças armadas em nome da legalidade, da ordem e pelo fim da corrupção, mesmo sendo notórios os crimes ocorridos na época, mesmo sendo notório o enriquecimento ilícito de famílias como os Batista, os Odebrecht, os Neves, que receberam terras ricas em minerais, dizimando-se nesse período indígenas e pobres diversos para o atingimento desses objetivos, então se fecha os olhos pra tudo e se pede o retorno da ordem, mas que ordem é essa e para quem ela serve?

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  81. Trata-se de uma mãe que conta a história do filho, provavelmente a um jornalista ou a uma autoridade… Na extrema pobreza, ela engravidou e teve um filho quando não poderia ter e prematuramente. Por ser muito pobre ela não se nutriu devidamente e o filho já nasceu abaixo do pesso e com cara de fome por não ter pai ela não tinha nem um sobrenome para dar ao filho. Ela foi na medida do possível criando o menino aos trancos e barrancos e quando criança mais grandinho já percebendo a vida sofrida que levava com a mãe ele certa vez disse que um dia ele seria alguém, que um dia tiraria eles da situação de pobreza extrema. Enfim o garoto cresce vira um jovem adolescente. O guri ao contrário da mãe que sempre foi trabalhadora e lutou para criar o filho sozinha, acaba sendo seduzido pela vida do crime, realidade que atinge milhares de famílias até hoje no Brasil. O jovem vira bandido, leva sempre os produtos dos assaltos para a mãe, que por ser analfabeta ao ver alguns documentos acha que o filho está lhe trazendo um documento para ela se identificar. A pobre mãe sente orgulho do filho, que está progredingo e finalmente trazendo uma vida melhor para ela. A mãe acha que o filho é trabalhador, que sempre aparece com os mais diferentes tipos de coisas, relógio, pneu de carro, gravador, etc. Ela se preocupa que o filho ande pelo morro pois está percebendo que há uma ondade assalto, mas não tem a mínima idéia de que os assaltos são cometidos pelo próprio filho. Por cometer assaltos o jovem foi marcado para morrer pelos traficantes, ele não revela a mãe somente chora em seu colo e ela tenta consolar e entender o que se passa. Quando ela dorme ele foge, tenta sair do morro mais é pego e morto pelos traficantes. A mãe vê a foto do filho nos jornais como não sabe ler ela, pensa que ele está lá por algum bom motivo. Ela não entende porque toda a comunidade está alvoroçada pela manchete. Ela ainda não percebeu que o seu filho está morto no mato.

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  82. Antônio Carlos

    É a música mais triste e verdadeira que eu conheço. Aos olhos das mães, os filhos são as melhores pessoas do mundo. Sem justiça social não haverá um dia sequer de paz para as nossas mães.

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  83. Tânia Maria Santos Bento

    Essa letra é de.1982! Um alerta um chamado para a atenção com os “guris”dos morros discriminados ! Estamos em 2019..nada melhorou a não ser as mães que lutam incansávelmente pela educação e saúde dos seus filhos! Salve CHICO!

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  84. Flávia, é extraordinária a sua coragem em não onerar a sociedade. Compreendi que você cobra individualmente o comportamento de pessoas, entendendo que um berço miserável não impede que cada um construa sua própria história com dignidade; que há oportunidades suficientes para que o indivíduo não se vitimize e consiga a autossuficiência, sem que, para isso, seja um marginal.
    Também vim de um lar paupérrimo, fome e pais separados. Como você, sobrevivi. Mas admito que, não fosse o concurso de algumas almas boas, eu não teria a menor chance. Por isso, apaixonado por sua determinação, manterei minha vocação para onerar a sociedade pelos casos não exitosos como os nossos. Apenas espicassalhando o termo “sociedade”: entendo ela não é constituida por todos, inclusive pelas vítimas do sistema, mas por aqueles que, tendo a oportunidade de ser humanos, honestos e justos, optaram por riqueza e poder às custas de uma servidão obrigatória dos pequeninos. Sim, querida empreendedora, em tempos passados, e ainda hoje, penso eu, há uma legião de oportunistas criando Flávias e Josés, que, por um detalhe, optam (ou são “optados”) por caminhos diferentes na encruzilhada da vida, tornando-se “guris” ou Mestres.
    (Risos!) Duvido que a Flávia leia isto! Mas, tudo bem, não escrevi só para ela. Passei, depois de tanto amor e sem arranjar substituto, a ignorar o Chico, mas algumas obras dele são encantadoras.
    Segue o jogo!

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