Não me leve a mal
Me leve à toa pela última vez
A um quiosque, ao planetário
Ao cais do porto, ao paço
O meu coração, meu coração
Meu coração parece que perde um pedaço, mas não
Me leve a sério
Passou este verão
Outros passarão
Eu passo
Não se atire do terraço, não arranque minha cabeça
Da sua cortiça
Não beba muita cachaça, não se esqueça depressa de mim, sim?
Pense que eu cheguei de leve
Machuquei você de leve
E me retirei com pés de lã
Sei que o seu caminho amanhã
Será um caminho bom
Mas não me leve
Não me leve a mal
Me leve apenas para andar por aí
Na lagoa, no cemitério
Na areia, no mormaço
O meu coração, meu coração
Meu coração parece que perde um pedaço, mas não
Me leve a sério
Passou este verão
Outros passarão
Eu passo
Não se atire do terraço, não arranque minha cabeça
Da sua cortiça
Não beba muita cachaça, não se esqueça depressa de mim, sim?
Pense como eu vim de leve
Machuquei você de leve
E me retirei com pés de lã
Sei que o seu caminho amanhã
Será tudo de bom
Mas não me leve
O meu coração, meu coração
Meu coração parece que perde um pedaço, mas não
Me leve a sério
Passou este verão
Outros passarão
Eu passo
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Chico, malandro e namorador que foi, fez desta letra uma despedida como quem soubesse o mal causado em seu par, após o término, embora o adeus fosse algo ensaiado e posto em prática sem remorso, como se tivesse “pés de lã” e não causasse um alarde sentimental (dentro de si) em sua ida.
“Machuquei você de leve e me retirei com pés de lã”
Demonstrava dor, contudo, não sentia. Era apenas mais um ponto final em seu capítulo romântico. Enfim, em sua coleção amorosa.
“Meu coração parece que perde um pedaço, mas não me leve a sério”
E querendo a todo custo mostrar para a amada que, assim como pra ele, aquilo passaria e, no entanto, algo de semelhante ou superior intensidade poderia estar por vir.
“Passou este verão, outros passarão. Eu passo”