Fantasia

E se, de repente
A gente não sentisse
A dor que a gente finge
E sente
Se, de repente
A gente distraísse
O ferro do suplício
Ao som de uma canção
Então, eu te convidaria
Pra uma fantasia
Do meu violão

Canta, canta uma esperança
Canta, canta uma alegria
Canta mais
Revirando a noite
Revelando o dia
Noite e dia, noite e dia
Canta a canção do homem
Canta a canção da vida
Canta mais
Trabalhando a aterra
Entornando o vinho
Canta, canta, canta, canta
Canta a canção do gozo
Canta a canção da graça
Canta mais
Preparando a tinta
Enfeitando a praça
Canta, canta, canta, canta
Canta a canção de glória
Canta a santa melodia
Canta mais
Revirando a noite
Revirando o dia
Noite e dia, noite e dia


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3 comentários em “Fantasia”

  1. Natália Terra

    fala do trabalhador que trabalha duro e depois se destrai ao som de um violão. e pinta a praça e tem esperança em seu coração a cada dia

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  2. FRANCISCO GILBERTO DA SILVA

    Penso que é uma crítica à tortura nos porões da ditadura militar.

    A “fantasia” para resistir à tortura sem entregar os companheiros de luta. E tentando não enlouquecer.

    “… (se) a gente não sentisse a dor que a gente finge e sente.”
    “…(se) a gente distraísse o ferro do suplício ao som de uma canção.”

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