Bárbara, Bárbara
Nunca é tarde, nunca é demais
Onde estou, onde estás
Meu amor, vem me buscar
O meu destino é caminhar assim
Desesperada e nua
Sabendo que no fim da noite serei tua
Deixa eu te proteger do mal, dos medos e da chuva
Acumulando de prazeres teu leito de viúva
Bárbara, Bárbara
Nunca é tarde, nunca é demais
Onde estou, onde estás
Meu amor vem me buscar
Vamos ceder enfim à tentação
Das nossas bocas cruas
E mergulhar no poço escuro de nós duas
Vamos viver agonizando uma paixão vadia
Maravilhosa e transbordante, feito uma hemorragia
Bárbara, Bárbara
Nunca é tarde, nunca é demais
Onde estou, onde estás
Meu amor vem me buscar
Bárbara
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Bárbara é uma letra que foi composta por Chico ,como uma música assumidamente lésbica…como ele mesmo afirma .A letra fala de um grande amor e paixão entre duas mulheres sendo uam Bárbara ,e a outra que tenta fazer com que ela(Bárbara) assuma este amor”
Sempre interpretei Bárbara como uma música lésbica e fúnebre. É como se uma mulher morta voltasse para procurar Bárbara, seu grande amor: “acumulando de prazeres teu leito de viúva”. A primeira estrofe é algo bem fantasmagórico. Durante o texto, algumas expressões também reforçam essa minha ideia: “mergulhar no poço escuro de nós duas”, “agonizando”, hemorragia.
Faz muito sentido sua interpretação. Mas, levando em conta a peça a qual o album compõem, Barbara é viuva de Calabar, a mulher que ama e deseja Barbara pode ser Ana de Amsterdãn, não tenho certeza infelizmente não vi a peça :´(. Imagino que o certo pessimismo da musica se refere ao fato de as duas serem mulheres machucadas pelo destino. Uma perdeu o amante tragicamente assassinado, a outra venho de alem-mar buscando felicidades, até amou, mas acabou se tornando uma prostituta. Então se entregar a esse amor no poço escuro onde se encontram.
Na verdade, “Bárbara” faz parte da peça “Calabar” e é cantada por Anna de Amsterdã.