Quando eu canto, que se cuide quem não for meu irmão
O meu canto, punhalada, não conhece o perdão
Quando eu rio Quando eu rio, rio seco como é seco o sertão
Meu sorriso é uma fenda escavada no chão
Quando eu choro Quando eu choro é uma enchente surpreendendo o verão
É o inverno, de repente, inundando o sertão
Quando eu amo Quando eu amo, eu devoro todo meu coração
Eu odeio, eu adoro, numa mesma oração, quando eu canto Mamy, não quero seguir definhando sol a sol
Me leva daqui, eu quero partir requebrando rock'n roll Nem quero saber como se dança o baião
Eu quero ligar, eu quero um lugar
Ao sol de Ipanema, cinema e televisão
Comentários
BEHH
25/10/2010
Acredito que esta música seja uma crítica da época, em que as pessoas valorizavam muito mais o que vinha de fora e banalizavam a própria cultura. Linda.