A noite aguda
Ouvi um deus me acuda
Como se aqui fosse a croácia
E era um assalto na farmácia
Alguém necessitava
Gaze e merthiolate
Ob e chá mate
Chamo-te pelo antinome, pai
Quando o invisível
Some e se esvai
Em vinho que não bebo
Em pão que não comerei jamais
No dia longo
Sol nascendo e sol se pondo
Como se aqui fosse o saara
É ceará e mais deus não dera
Oásis quase nem
Ninguém sequer espera
Resseca gente-fera
A noite morre
Ouço um quem me socorre
Como se grozni aqui fora
E era alguém que ia embora
E o outro que ficava
Implorava companhia
Perdão, misericórdia
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A música deveria se chamar “anticristo”. No refrão fica claro que o “pai” ’a que o autor se refere não é o Pai celestial e sim o oposto Deste. (…) em vinho que não bebo, em pão que não comerei jamais”, ou seja, não beber o vinho que representa o sangue e não comer o pão que representa o corpo de Cristo significa que não há comunhão com Cristo.
Música maravilhosa cantada por dois gigantes da MPB.