Chora, disfarça e chora
Aproveita a voz do lamento
Que já vem a aurora
A pessoa que tanto queria
Antes mesmo de raiar o dia
Deixou o ensaio por outra
Oh! triste senhora
Disfarça e chora
Todo o pranto tem hora
E eu vejo seu pranto cair
No momento mais certo
Olhar, gostar só de longe
Não faz ninguém chegar perto
E o seu pranto oh! Triste senhora
Vai molhar o deserto
Disfarça e chora
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Na minha visão, o Mestre Cartola ao fazer essa música pensou em um carnaval, em que na quadra da escola de samba a pessoa estava interessada em alguém, porém, esta pessoa se arranjou com alguém e a pessoa ficou a ver navios. Porém, Cartola tenta consolar a pessoa que o seu próprio pranto fará com alguém bom fique com ela, por isso a frase: “E o seu pranto oh! Triste senhora vai molhar o deserto.”
Também fiquei com a mesma impressão do Tcharles. A mulher fazia um tempo que gostava do cara, mas nunca se aproximou, nem se fez entender. Tipo “Amor Discreto”. Um dia o cara se arranjou com outra mulher, e já era pra ela, ele deixou até a escola (https://youtu.be/6jA9Cp8mtuw) – na segunda vez ele canta “deixou a escola por outra”. Só achei diferente do Tcharles quando ele fala “das lagrimas molharem o deserto”. Antes, ele fala q “olhar, gostar” sem fazer nada não funciona, então, quando ele fala das lagrimas molharem o deserto ele tá falando que chorar não vai adiantar nada – lágrimas no deserto nem seriam percebidas, tipo, não adianta nada chorar agora. Ele recomenda chorar pelo amor perdido, embora reconheça ser tarde demais, e também dá a valiosa dica de que olhar e gostar, ficar nessa platônica, sem ter atitude não funciona. Sei lá…
Talvez as lágrimas molhem o deserto da vida dela, uma vez q ela é uma pessoa triste – pensei depois.
O Mestre Cartola ao fazer essa música pensou em um carnaval, na quadra da escola de samba durante um ensaio.
O eu lírico diz que tinha uma “triste senhora” que estava interessada em uma “pessoa”, porém, esta “pessoa” se interessou por outra pessoa (a terceira pessoa da relação) e foi embora do ensaio. Vemos aqui um amor não correspondido e o sofrimento da “senhora”.
O eu lírico a aconselha que “olhar e gostar só de longe não faz ninguém chegar perto” ou seja, não se aproximar da pessoa faz com que a pessoa não a perceba. Porém, o eu lírico tenta consolar a “senhora” e diz que o seu próprio pranto não fará as coisas mudarem.
E na frase “E o seu pranto oh! Triste senhora vai molhar o deserto” , deserto é a solidão na qual ela está e o choro somente irá molhar essa solidão.