Música para ouvir no trabalho
Música para jogar baralho
Música para arrastar corrente
Música para subir serpente
Música para girar bambolê
Música para querer morrer
Música para escutar no campo
Música para baixar o santo
Música para ouvir
Música para ouvir
Música para ouvir
Música para compor o ambiente
Música para escovar o dente
Música para fazer chover
Música para ninar nenê
Música para tocar novela
Música de passarela
Música para vestir veludo
Música pra surdo-mudo
Música para estar distante
Música para estourar falante
Música para tocar no estádio
Música para escutar rádio
Música para ouvir no dentista
Música para dançar na pista
Música para cantar no chuveiro
Música para ganhar dinheiro
Música para ouvir
Música para ouvir
Música para ouvir
Música pra fazer sexo
Música para fazer sucesso
Música pra funeral
Música para pular carnaval
Música para esquecer de si
Música pra boi dormir
Música para tocar na parada
Música pra dar risada
Música para ouvir
Música para ouvir
Música para ouvir
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Eu interpreto essa musica de duas maneiras. Priemiro como a constatação que a musica, hoje em dia, se tornou parte do nosso cotidiano pois para cada coisa que fazemos, inclusive as coisas que parecem sem importancia, temos um tipo de musica correlacionada. Por outro lado, o refrão me parece ser uma critica ou, pelo menos, um questionamento a isso. Agente atribui uma serie de significados e funções às musicas e deixa de considerar a musica em si. Ela acaba se afastando da sua principal função que é ser ouvida. Essa critica fica evidente no verso “Musica para surdo e mudo”.
A leitura que faço dessa letra é que para cada ação há uma trilha sonora, desde o “baixar o santo” ao “ganhar dinheiro”. É como se a realidade fosse um filme que se processa a cada instante. E no cinema ficamos extasiados quando a cena é acompanhada de uma bela e oportuna trilha sonora (Vide O Grande Chefão. É claro que na trama real a dinâmica é outra, mas a vida imita a arte de alguma forma.