Vicente Celestino

Noite cheia de estrelas

Noite alta, céu risonhoE a quietude é quase um sonhoO luar cai sobre a mataQual uma chuva de prataDe raríssimo esplendorSó tu dormes e não escutasO teu cantorRevelando à Lua airosaA história dolorosa desse amor LuaManda a tua luz prateadaDespertar a minha amadaQuero matar meus desejosSufocá-la com os meus beijos CantoE a mulher que amo […]

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Nênias

Murcharam no jardim os crisântemos,As magnólias se despetalaram,As rosas de perfume tão amenosSentindo tua ausência desmaiaram.O vento agora passa soluçando,As flores que morreram carregando,O próprio vento entende a minha solidãoE a viuvez do meu dorido coração. Aquele sabiá que na alvoradaVinha te dar a matutina saudação,Ao ver nossa choupana abandonadaMorreu, agonizando na garganta uma canção.As

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O cigano

Um diaEu em AndaluziaOuvi um cigano cantarHaviaNo cantar nostalgiaDe castanholas batidas ao luarMas eraA canção tão sinceraQue eu a julguei para mimE agora que a minh’alma te choraOuve bem a canção que era assim O amor tem a vida da florNão sonhe alguémDo seu sonho o colherDo seu sonho o colher Pois bemComo acontece à

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Saudade do sertão

Lá na serra altaneiraOnde a cachoeiraPassa a murmurarA alma se enebriaNa doce harmoniaDo branco luarSob um docel de estrelasQue supõe ao vê-lasOlhos a brilharO coração palpitaE todo nos gritaComo é belo amar E ao frescor tão salutarDas madrugadasDivina aroma sem igual bem perfumadasQueres acaso linda moça compararHorror sem fim de uma cidadeA tumultuar, a tumultuarE

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À luz do luar

À suave e meiga luz desse luar,Iluminando com doçura esta mansão,Acordar vem sem querer o coração,Que já cansado ele se achava de sonhar,Vem depressa me escutar,A mágoa ouvir de um coração,Que está ferido,Está perdido por te amar!Vem ver este luar, o canto meu sentir,O meu amor vibrar, o meu amor vibrar,Com o peito irradiar,Sentir, gozar

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A vida é um jardim onde as mulheres são as flores

Ao ver o céu estrelas sem sapatoOuvindo o mar tão belo tão profundoSuponho ver num astro debruçadoDeus me apotento jóias deste mundoAlém aponte triste romoreicaCortando os ares cruzam passarinhosPorém minh’alma que também dardejaEnveredou feliz noutros caminhos Deus por certo bem conheceUma jóia que floresceSem a luz do sol sequerSim eu juro com firmezaQue o tesouro

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O ébrio

Nasci artistaFui cantorAinda pequeno levaram-me para uma escola de cantoO meu nome, pouco a pouco, foi crescendo, crescendoAté chegar aos píncaros da glória Durante a minha trajetória artística tive vários amoresTodas elas juravam-me amor eternoMas acabavam fugindo com outrosDeixando-me a saudade e a dorUma noite, quando eu cantava a ToscaUma jovem da primeira fila atirou-me

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Porta aberta

Vinha por este mundo sem um tetoDormia as noites num banco tosco de jardimSem ter a proteção de um afetoTodas as portas estavam fechadas para mim…Mas Deus, que tudo vê e nos consolaEm seu sagrado Templo me acolheuE, além de me ofertar aquela esmolaMeu destino transformouMeu sofrimento acabouE a minha vida renasceu…Porta abertaTendo o emblema

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