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Tô voltando

Pode ir armando o coreto
E preparando aquele feijão preto
Eu tô voltando
Põe meia dúzia de Brahma pra gelar
Muda a roupa de cama
Eu tô voltando

Leva o chinelo pra sala de jantar
Que é lá mesmo que a mala eu vou largar
Quero te abraçar, pode se perfumar
Porque eu tô voltando

Dá uma geral, faz um bom defumador
Enche a casa de flor
Que eu tô voltando
Pega uma praia, aproveita, tá calor
Vai pegando uma cor
Que eu tô voltando

Faz um cabelo bonito pra eu notar
Que eu só quero mesmo é despentear
Quero te agarrar
Pode se preparar porque eu tô voltando
Põe pra tocar na vitrola aquele som
Estréia uma camisola
Eu tô voltando

Dá folga pra empregada
Manda a criançada pra casa da avó
Que eu to voltando
Diz que eu só volto amanhã se alguém chamar
Telefone não deixa nem tocar
Quero lá, lá, lá, ia, porque eu to voltando!

Pequenino cão

É a qualidade das paixões de quem procura
Ser maltratado maltratando a criatura
Adormeceu em minha mão, como um menino
Só, sem destino, um pequenino cão

Se a vida abraça a redenção das amarguras
Você não faça a eternidade na tortura
Entorpecendo o coração a gente espanta
O passarinho por pavor ou medo

Eu sei que o certo, sem sabor, é a tua loucura
Eu sei que a cor do teu amor é muito escura
E sem poder te dar à luz, meu coração, eu durmo cedo
E só te peço amor: Não me abandones mais

Quando desperto e vejo na porta da frente
Uma saída, minha vida, noutra vida diferente
E sem poder te dar à luz, meu coração, eu durmo cedo
E só te peço amor: Não me abandones mais

Jingle Bells (bate o sino)

Bate o sino pequenino
Sino de Belém
Já nasceu Deus menino
Para o nosso bem

Paz na Terra, pede o sino
Alegre a cantar
Abençoe Deus menino
Este nosso lar

Hoje a noite é bela
Vamos à capela
Sob a luz da vela
Felizes a rezar

Ao soar o sino
Sino pequenino
Vai o Deus menino
Nos abençoar

Bate o sino pequenino
Sino de Belém
Já nasceu Deus menino
Para o nosso bem

Paz na Terra, pede o sino
Alegre a cantar
Abençoe Deus menino
Este nosso lar

Então é Natal (Happy Xmas) (War Is Over)

Então, é Natal
E o que você fez?
O ano termina
E nasce outra vez

Então, é Natal
A festa Cristã
Do velho e do novo
Do amor como um todo

Então, bom Natal!
E um ano novo também!
Que seja feliz quem
Souber o que é o bem

Então, é Natal
Pro enfermo e pro são
Pro rico e pro pobre
Num só coração

Então, bom Natal!
Pro branco e pro negro
Amarelo e vermelho
Pra paz afinal

Então, bom Natal!
E um ano novo também!
Que seja feliz quem
Souber o que é o bem

Então, é Natal
E o que a gente fez?
O ano termina
E começa outra vez

E, então, é Natal
A festa Cristã
Do velho e do novo
O amor como um todo

Então, bom Natal!
E um ano novo também!
Que seja feliz quem
Souber o que é o bem

Harehama, há quem ama
Harehama, ha

Então, é Natal (Hiroshima)
E o que você fez? (Nagasaki)
O ano termina (Mururoa)
E nasce outra vez (ha)

Hiroshima, Nagasaki, Mururoa, ha

(Hiroshima) é Natal 
(Nagasaki) é Natal 
(Mururoa) é Natal, ha

Começar de novo

Começar de novo e contar comigo
Vai valer a pena ter amanhecido
Ter me rebelado, ter me debatido
Ter me machucado, ter sobrevivido
Ter virado a mesa, ter me conhecido
Ter virado o barco, ter me socorrido

Começar de novo e contar comigo
Vai valer a pena ter amanhecido
Sem as tuas garras, sempre tão seguras
Sem o teu fantasma, sem tua moldura
Sem tuas escoras, sem o teu domínio
Sem tuas esporas, sem o teu fascínio

Começar de novo e contar comigo
Vai valer a pena ter amanhecido
Sem as tuas garras, sempre tão seguras
Sem o teu fantasma, sem tua moldura
Sem tuas escoras, sem o teu domínio
Sem tuas esporas, sem o teu fascínio

Começar de novo e contar comigo
Vai valer a pena já ter te esquecido

Latin lover

Nós dissemos que o começo é sempre, sempre inesquecível
E no entanto meu amor, que coisa incrível
Esqueci nosso começo inesquecível
Mas me lembro de uma noite, sua mãe tinha saído
Me falaste de um sinal adquirido
Numa queda de patins em Paquetá

Mostra, doeu, ainda dói? A voz mais rouca
E os beijos, cometas percorrendo o céu da boca
As lembranças acompanham até o fim o latin lover
Que hoje morre, sem revólver, sem ciúmes, sem remédio de tédio

Mostra, doeu, ainda dói? A voz mais rouca
E os beijos, cometas percorrendo o céu da boca
As lembranças acompanham até o fim o latin lover
Que hoje morre, sem revólver, sem ciúmes, sem remédio de tédio

Jura secreta

Só uma coisa me entristece
O beijo de amor que não roubei
A jura secreta que não fiz
A briga de amor que não causei

Nada do que posso me alucina
Tanto quanto o que não fiz
Nada do que eu quero me suprime
De que por não saber ainda não quis

Só uma palavra me devora
Aquela que meu coração não diz
Só o que me cega, o que me faz infeliz
É o brilho do olhar que não sofri
Só uma palavra me devora
Aquela que meu coração não diz
Só o que me cega, o que me faz infeliz
É o brilho do olhar que não sofri

Só uma coisa me entristece
O beijo de amor que não roubei
A jura secreta que não fiz
A briga de amor que não causei

Nada do que posso me alucina
Tanto quanto o que não fiz
Nada do que eu quero me suprime
De que por não saber ainda não quis

Só uma palavra me devora
Aquela que meu coração não diz
Só o que me cega, o que me faz infeliz
É o brilho do olhar que não sofri
Só uma palavra me devora
Aquela que meu coração não diz
Só o que me cega, o que me faz infeliz
É o brilho do olhar que não sofri

Você é real

Nossa história começou de maneira original
Você leu meu coração e me fez cantar
Me leva em teu delírio, no teu sonho impossível
Que eu já ouço teu desejo em milhões de canais

Você sabe quem eu sou quando estou sentimental
Quando beijo tua flor nem me lembro mais
Dos sonhos, dos terríveis, do metal, dos insensíveis
Das batalhas pelas estrelas e nem dos heróis

Ah! onde você for eu vou te procurar
Quando a saudade chega no lençol
O pensamento vai longe demais

Vem, chega pelo vento vem na minha voz
Eu não aguento ver você me olhar
Com esse jeito de quem me quer mais, quer mais

Você sabe quem eu sou e eu já sei quem somos nós
Nossa chama de amor queima nossa voz
Me leva o paraíso, tudo é vasto em teu sorriso
E eu já posso ter certeza: você é real

Tô que tô

Vem cá de qualquer maneira
Balança minha roseira
Me bate de brincadeira
Me chama de traiçoeira
Me tranca na geladeira
Apaga minha fogueira
Promete qualquer besteira
Que eu fico toda faceira
Tortura essa brasileira
Me arranha com a pulseira
Me enforca na trepadeira
Pendura minha chuteira
Menino, mas que zoeira
Cadê meu advogado?

Eu tô que tô!
Eu tô que tô!
Eu tô que tô!
Eu tô que tô!

La luz a la media boca
Besame mucho loca
Não, isso não
Me dá coceira
La luz a la media boca
Besame mucho loca
Não, não, não isso não
Me dá coceira

Vem cá minha compoteira
Balança essa pasmaceira
Me bate com a cabideira
Me chama de lavadeira
Não grita, não dá bandeira
Periga marcar bobeira
Quebrei o pé da cadeira
Cuidado com a cristaleira
Segura, me deu gagueira
Eu juro que é verdadeira
Disfarça e chama a enfermeira
Tá dando uma tremedeira
Mamãe, viva o Zé Pereira
Cadê meu advogado?

Eu tô que tô!
Eu tô que tô!
Eu tô que tô!
Eu tô que tô!

La luz a la media boca
Besame mucho loca
Não, isso não
Me dá coceira
La luz a la media boca
Besame mucho loca
Não, não, não isso não
Me dá coceira

Vem cá minha compoteira
Balança essa pasmaceira
Me bate com a cabideira
Me chama de lavadeira
Não grita, não dá bandeira
Periga marcar bobeira
Quebrei o pé da cadeira
Cuidado com a cristaleira
Segura, me deu gagueira
Eu juro que é verdadeira
Disfarça e chama a enfermeira
Tá dando uma tremedeira
Mamãe, viva o Zé Pereira
Cadê meu advogado?

Eu tô que tô!
Eu tô que tô!
Eu tô que tô!
Eu tô que tô!

Um desejo só não basta

De repente você revelou minha cor de rosa
Você pensa que tudo passou, mas você não passa
Você me abraça e eu sou carinhosa
Não vai ser fácil me deixar

Estou fora de mim, por aí com você por dentro
Vou ao centro do que não se vê, mas se lê no vento
Nesse momento eu sou venenosa
Você não vai me esquecer agora

Não pense mais, foi a minha intuição
Nunca se desvenda um coração assim
Olhe pra mim, sobram cinco palavras:
Um desejo só não basta.

Amor no coração

Meu samba não tem dose certa
É um grito de alerta
Mensagem do nosso povo

É, ô pois é, uma palavra de amor
Que não se apaga com a dor
Acende um sorriso novo
(Por que? Por que?)

No Coração festeiro, verdadeiro, Brasileiro
Se faz a esperança em todas as crianças
Os herdeiros
De nossas raízes, dos dias felizes, que temos pra dar
O que é semeado, no nosso roçado
Se quiser vai plantar

E chega de me-dá, me-dá
Agora é toma lá-da-cá

Vai ecoar ôôô
Nos quatro cantos da terra
Nosso brado de guerra
Contra o fantasma da opressão
Simples, como uma gota no oceano
Trago do cotidiano
Trincheiras contra a invasão

Quem viver, verá
Que não foi em vão
Eu quero é muito amor no Coração

Fantasia

Olhando na quarta-feira as ruas vazias
Com os garis dando um jeito em nossa moral
Custei a compreender que fantasia
É um troço que o cara tira no carnaval

E usa nos outros dias por toda a vida
Dizendo: “Olá! Como vai?” e coisas assim
O nó da gravata apertando o pescoço
Olhando o fundo do poço e rindo de mim

Ria, rasguei a fantasia
Ria, queimei a garantia
Ria, tô solto por aí
Doido, eu danço de Pierrot
Triste, morrendo em meu amor
Ria vendo você morrer

Olhando na quarta-feira as ruas vazias
Com os garis dando um jeito em nossa moral
Custei a compreender que fantasia
É um troço que o cara tira no carnaval

E usa nos outros dias por toda a vida
Dizendo: “Olá! Como vai?” e coisas assim
O nó da gravata apertando o pescoço
Olhando o fundo do poço e rindo de mim

Ria, rasguei a fantasia
Ria, queimei a garantia
Ria, tô solto por aí
Doido, eu danço de Pierrot
Triste, morrendo em meu amor
Ria vendo você morrer de rir

Pão e Poesia

Felicidade é uma cidade pequenina
é uma casinha é uma colina
qualquer lugar que se ilumina
quando a gente quer amar

Se a vida fosse trabalhar nessa oficina
fazer menino ou menina, edifício e maracá
virtude e vício, liberdade e precipício
fazer pão, fazer comício, fazer gol e namorar

Se a vida fosse o meu desejo
dar um beijo em teu sorriso, sem cansaço
e o portão do paraíso é teu abraço
quando a fábrica apitar

Felicidade é uma cidade pequenina
é uma casinha é uma colina
qualquer lugar que se ilumina
quando a gente quer amar

Num lindo espaço entre o pão e a poesia
entre o quero e o não queria
entre a terra e o luar
não é na guerra, nem saudade nem futuro
é o amor no pé do muro sem ninguém policiar

É a faculdade de sonhar é a poesia
que principia quando eu paro de pensar
pensar na luta desigual, na força bruta, meu amor
que te maltrata entre o almoço e o jantar

Felicidade é uma cidade pequenina
é uma casinha é uma colina
qualquer lugar que se ilumina
quando a gente quer amar

No lindo espaço entre a fruta e o caroço
quando explode é um alvoroço
que distrai o teu olhar
é a natureza onde eu pareço metade
da tua mesma vontade
escondida em outro olhar

E como o doce não esquece a tamarinda
essa beleza só finda
quando a outra começar
vai ser bem feito nosso amor daquele jeito
nesse dia é feriado não precisa trabalhar

Pra não dizer que eu não falei da fantasia
que acaricia o pensamento popular
o amor que fica entre a fala e a tua boca
nem a palavra mais louca, consegue significar: felicidade

Felicidade é uma cidade pequenina
é uma casinha é uma colina
qualquer lugar que se ilumina
quando a gente quer amar

A idade do céu (La Edad Del Cielo)

Não somos mais
Que uma gota de luz
Uma estrela que cai
Uma fagulha tão só
Na idade do céu…

Não somos o
Que queríamos ser
Somos um breve pulsar
Em um silêncio antigo
Com a idade do céu…

Calma!
Tudo está em calma
Deixe que o beijo dure
Deixe que o tempo cure
Deixe que a alma
Tenha a mesma idade
Que a idade do céu…

Ranhan! Anhan! Hum! Hum!

Não somos mais
Que um punhado de mar
Uma piada de Deus
Um capricho do sol
No jardim do céu…

Não damos pé
Entre tanto tic tac
Entre tanto Big Bang
Somos um grão de sal
No mar do céu…

Calma!
Tudo está em calma
Deixe que o beijo dure
Deixe que o tempo cure
Deixe que a alma
Tenha a mesma idade
Que a idade do céu
A mesma idade
Que a idade do céu…

Oh! Oh! Oh! Oh! Oh!
Ah! Ah! Ah! Ah!
Ah! Ah! Ah!

Calma!
Tudo está em calma
Deixe que o beijo dure
Deixe que o tempo cure
Deixe que a alma
Tenha a mesma idade
Que a idade do céu
A mesma idade
Que a idade do céu…(2x)

A mesma idade
Que a idade do céu
Calma!

(mais…)