Nelson Gonçalves

Atiraste uma pedra

Atiraste uma pedra no peito de quemSó te fez tanto bem…E quebraste um telhado,Perdeste um abrigoFeriste um amigoConseguiste magoarQUem das mágoas te livrouAtiraste uma pedraCom as mãos que esta bocaTantas vezes beijou Quebraste o telhadoQue nas noites de frioTe servia de abrigo…Perdeste o amigoQue os teus erros não viuE o teu pranto enxugou…Mas, acima de […]

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Enigma

Quis conter-me mas não pudeRevoltado com a atitudeDessa gente “original” Que pensa ser incomumE julga todos por umE prega sem ter moral Insensatos pregadoresEsses cruéis detratoresAgem quase sempre assim São imbecis personagensMolares das engrenagensQue vão roubá-la de mim Nas suas opiniõesEu tenho dois coraçõesCada qual amando mais Diz alguém mais “entendido”Que eu tenho um só

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Negue

Negue seu amor, o seu carinho;Diga que você já me esqueceu.Pise, machucando com jeitinhoEste coração que ainda é seu. Diga que o meu pranto é covardia,Mas não se esqueçaQue você foi minha um dia! Diga que já não me quer!Negue que me pertenceu,Que eu mostro a boca molhadaE ainda marcada pelo beijo seu.

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Escultura

Cansado de tanto amarEu quis um dia criarNa minha imaginaçãoUm mulher diferenteDe olhar e voz envolventeQue atingisse a perfeição Comecei a esculturarNo meu sonho singularEssa mulher fantasiaDei-lhe a voz de DulcinéiaA malícia de FrinéiaE a pureza de Maria Em Gioconda fui buscarO sorriso e o olharEm Du Barry o glamourE para maior belezaDei-lhe o porte

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Hoje quem paga sou eu

Antigamente nos meus tempos de venturaQuando eu voltava do trabalho para o larDeste bar alguém gritava com ironia:“Entra mano, o fulano vai pagar”Havia sempre alguém pagando um tragoPelo simples direito de falarHavia sempre uma tragédia entre dois coposNas gargalhadas de um infeliz a soluçarEu sabia que era um estranho desse meioUm estrangeiro na fronteira desse

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Se eu fosse Getúlio

O Brasil tem muito doutorMuito funcionário, muita professoraSe eu fosse o Getúlio mandavaMetade dessa gente pra lavoura Mandava muita loira plantar cenouraE muito bonitão plantar feijãoE essa turma da mamataEu mandava plantar batata O Brasil tem muito doutorMuito funcionário, muita professoraSe eu fosse o Getúlio mandavaMetade dessa gente pra lavoura

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Normalista

Vestida de azul e brancoTrazendo um sorriso francoNo rostinho encantadorMinha linda normalistaRapidamente conquistaMeu coração sem amor Eu que trazia guardadoDentro do peito fechadoMeu coração sofredorEstou bastante inclinadoA entregá-lo ao cuidadoDaquele brotinho em flor Mas, a normalista lindaNão pode casar aindaSó depois que se formarEu estou apaixonadoO pai da moça é zangadoE o remédio é esperar

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Maria Betânia

Maria Bethânia tu és para mim a senhora do engenhoem sonhos te vejoMaria Bethânia és tudo que eu tenhoquanta tristezasinto no peitosó em pensarque o meu sonho está desfeito Maria Bethânia te lembras ainda daquele São Joãoas minhas palavras caíram bem dentro do teu coraçãotu me olhavascom emoçãoe sem quererpus minha mão em tua mão

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A volta do boêmio

Boemia, aqui me tens de regressoE suplicante te peço a minha nova inscrição.Voltei pra rever os amigos que um diaEu deixei a chorar de alegria; me acompanha o meu violão.Boemia, sabendo que andei distante,Sei que essa gente falante vai agora ironizar:“Ele voltou! O boêmio voltou novamente.Partiu daqui tão contente. Por que razão quer voltar?”Acontece que

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Fica comigo esta noite

Fica comigo esta noiteE não te arrependerás.Lá fora o frio é um açoite;Calor aqui tu terás. Terás meus beijos de amor,Minhas carícias terás;Fica comigo esta noiteE não te arrependerás. Quero em teus braços, querida,Adormecer e sonhar;Esquecer que nos deixamosSem nos querermos deixar… Tu ouvirás o que eu digo;Eu ouvirei o que dizes.Fica comigo esta noiteE

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Mariposa

Na batida do samba Foi que eu te conheci Numa roda de bambas Que eu jamais te esqueci Remexendo as cadeiras Gingando e sambando Com simplicidade Até que um dia Trocaste o meu samba E a lua do morro Pela luz da cidade Segue o teu caminho Mariposa Já que esta luz te embriaga Mas

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Viagem

Oh! tristeza me desculpe Estou de malas prontas Hoje a poesia Veio ao meu encontro Já raiou o dia Vamos viajar Vamos indo de carona Na garupa leve Do vento macio Que vem caminhando Desde muito longe Lá do fim do mar Vamos visitar a estrela Da manhã raiada Que pensei perdida Pela madrugada Mas

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