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Baiano capoeira

Tem que ser agora
Vamos resolver aquele velho assunto
Não sou tatu para morrer cavando
Nem perna de porco pra virar presunto
(Vou te fazer defunto)

Vamos no Esquisito
Resolver esta parada pra ver como é
Tu és malandro brigas bem no aço
Sou baiano capoeira e brigo bem no pé
(Só pra ver como é)

Vamos procurar um território diferente
Pra resolver esta situação
Não ponhas banca aqui no meu distrito
Pra eu não invadir tua jurisdição

Não acredito em homem valente
Pois o meu nome ainda não morreu
Cante de galo lá no teu terreiro
Porque aqui no morro quem canta sou eu
(Vacilou, morreu !)

Nega Dina

A Dina subiu o morro do Pinto
Pra me procurar
Não me encontrando, foi ao morro da Favela
Com a filha da Estela
Pra me perturbar
Mas eu estava lá no morro de São Carlos
Quando ela chegou
Fazendo um escândalo, fazendo quizumba
Dizendo que levou
Meu nome pra macumba
Só porque faz uma semana
Que não deixo uma grana
Pra nossa despesa
Ela pensa que minha vida é uma beleza
Eu dou duro no baralho
Pra poder comer
A minha vida não é mole, não
Entro em cana toda hora sem apelação
Eu já ando assustado, sem paradeiro
Sou um marginal brasileiro

Mavadeza Durão

Mais um malandro fechou o paletó
Eu tive dó, eu tive dó
Quatro velas acesas em cima de uma mesa

E uma subscrição para ser enterrado
Morreu Malvadeza Durão
Valente, mas muito considerado

Céu estrelado, lua prateada
Muitos sambas, grandes batucadas
O morro estava em festa quando alguém caiu

Com a mão no coração, sorriu
Morreu Malvadeza Durão
E o criminoso ninguém viu.