Eduardo Dusek

Singapura

O seu contrato já estava pra terminar Seu LP não acabou de gravar Sua vóz cansada lhe obrigava a beber Pois cada dia mais rouca, cada dia mais louca O que cantava não dava pra entender Singapura fora uma cantora de um certo sucesso Mas o público possesso não tratou a esquecê-la Foi despedida de

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Cantando no banheiro

Cantando no banheiro Berrando no chuveiro Deixo logo o meu corpo Inteirinho ensaboado (Ensaboado) Benzinho eu fico ensopado (Eu ensopado)… Papai bate na porta A maçaneta entorta Eu não abro (Eu não abro) Ah, Eu não abro (Eu não abro) Mamãe diz Que tá morta de vontade Não importa! Eu não abro (Eu não abro)

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Alô alô Brasil

Alô, alô Quem fala? É do Brasil Alô, alô, alô, alô É da terra do anil Alô, alô, alô, alô Nós vamos apresentar A maior novela e por tabela vai rolar Um show pra lá de popular Elas vão sambar também As filhas da mãe e também Cinderelas O pandeiro é de vocês Mas os

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A deputada caiu

No sábado, depois de uma noitada Regressou arrasada a nova empregada Que trabalhava para aquela deputada Que estava cassada Um bilhete na sala do apartamento De Copacabana, escrito que não engana Arregalou os olhos de Sebastiana Foi o tempo de correr na janela A patroa, era ela, que iria se jogar Já nua, embriagada, a

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Happy hour

São seis horas da tarde e aconteceu, Uma saudade de nós veio e bateu Vejo o meu chopp sorrindo no balcão do bar, Pinta você e paro de respirar O mesmo ombro, o mesmo raio de sol O nosso olhar brindando faz tim tim A minha happy hour é ver você assim e a cidade

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Folia no matagal

O mar passa saborosamente a língua na areia Que bem debochada, cínica que é Permite deleitada esses abusos do mar Por trás de uma folha de palmeira A lua poderosa, mulher muito fogosa Vem nua, vem nua Sacudindo e brilhando inteira Vem nua, vem nua Sacudindo e brilhando inteira Palmeiras se abraçam fortemente Suspiram, dão

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Caluda, tamborins

Caluda, tamborins, caluda! Um biltre meu amor arrebatou. No paroxismo da paixão ignota Supu-la um querubim, não era assim. Caluda, tamborins, caluda… Soai plangentemente, ai de mim. Vimo-nos num ror de gente E, sub-repticiamente, O olhar seu me dardejou. Cáspite, por suas nédias madeixas Que suaves endechas Em pré-delíquio o pobre peito meu trinou. Fomo-nos

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Barrados no baile

Wapa pararurará Papapapararurá Wapa pararurará Papapapararurá… Ela num macacão de plástico Ele com o corpo elástico Pensaram em se divertir Fizeram muito cooper, ginástica Ligados numa muito bombástica Aplicados prá não dormir… Ela se sentia incrível Ele se achava apetecível Disseram somos gente de nível O casal vinte daqui… Mas foram barrados no baile Tratados

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Nostradamus

Naquela manhã Eu acordei tarde, de bode Com tudo que sei Acendi uma vela Abri a janela E pasmei Alguns edifícios explodiam Pessoas corriam Eu disse bom dia E ignorei Telefonei Pr’um toque tenha qualquer E não tinha Ninguém respondeu Eu disse: “Deus, Nostradamus Forças do bem e da maldade Vudoo, calamidade, juízo final Então

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Cabelos negros

Eu quero seus cabelos negros Nas minhas mãos Eu quero seus olhinhos ciganos Nos meus sonhos Eu quero você minha vida inteira Como doce mania Fosse qualquer maneira Eu queria você assim como é Sem mentir, nem dizer O que não quiser Eu quero você criança Caída no chão Eu quero você brilhando Brincando de

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Rock da cachorra

Uauuu! Uauuu! Uauuu! Uauuu! Uauuu! Uauuu! Uauuu! Uuuuuu!… Baptuba! Uap Baptuba! Baptuba! Uap Baptuba! Baptuba! Uau! Uau! Uau! Uau! Uau!…(2x) Troque seu cachorro Por uma criança pobre (Baptuba! Uap Baptuba!) Sem parente, sem carinho Sem rango, sem cobre (Baptuba! Uap Baptuba!) Deixe na história de sua vida Uma notícia nobre… Troque seu cachorro (Uauuu!) Troque

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Aventura

Vi seu olhar, seu olhar de festa, de farol de moto, azul celeste me ganhou no ato uma carona pra lua… Te arrastei estradas, desertos Botecos abrindo e a gente rindo, brindando cerveja, como se fosse champagne. Todos faróis me lembram seu olhos, durmo a viajar entre lençóis seu corpo fica a dançar, no meio

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