Dalva de Oliveira

Noites de junho

Noite fria, tão fria de junho.Os balões para o céu vão subindo,Entre as nuvens, aos poucos sumindo,Envoltos num tênue véu.Os balões devem ser, com certeza,As estrelas daqui deste mundo,E as estrelas do espaço profundoSão os balões lá do céu. Balão do meu sonho dourado,Subiste enfeitado, cheinho de luz.Depois, as crianças tascaram,Rasgaram teu bojo de listas

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Zum zum

Oi! Zum, zum, zum,Zum, zum, zum!Está faltando um!(bis) Bateu asas, foi embora,Não apareceu.Nós vamos sair sem ele,Foi a ordem que ele deu. Oi! Zum, zum, zum,Zum, zum, zum!Está faltando um!(bis) Ele que era o porta-estandarteE que fazia alaúza e zum-zum.Hoje o bloco está mais triste sem eleEstá faltando um.

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Kalu

Kalu, KaluTira o verde desses óios di riba d’euKalu, KaluNão me tente se você já me esqueceuKalu, KaluEsse oiá despois do que se assucedeuCom franqueza só não tendo coraçãoFazê tar judiaçãoVocê tá mangando di euKalu, KaluTira o verde desses óios di riba d’euKalu, KaluNão me tente se você já me esqueceuKalu, KaluEsse oiá despois do

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Máscara negra

Tanto riso, oh quanta alegriaMais de mil palhaços no salãoArlequim está chorando pelo amor da ColombinaNo meio da multidão Foi bom te ver outra vezTá fazendo um anoFoi no carnaval que passouEu sou aquele pierrôQue te abraçouQue te beijou, meu amorA mesma máscara negraQue esconde o teu rostoEu quero matar a saudadeVou beijar-te agoraNão me

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Olhos verdes

Vem de uma remota batucadaNuma cadência bem marcadaQue uma baiana tem no andarE nos seus requebros e maneirasNa graça toda das palmeirasEsguias altaneiras a balançar São da cor do mar, da cor da mataOs olhos verdes da mulataTão cismadores e fatais, fataisE num beijo ardente e perfumadoConserva o travo do pecadoDos saborosos cambucais

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