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Nascemos pra cantar (Shambala)

O grande mestre do céu, nosso criador
Quando nascemos um dom nos dá
E cada um segue a vida o seu destino
E nós nascemos só pra cantar

Eieiii, eee
Ieieieieieee
Eieiii, eee
Ieieieieieee

Quem canta os males espanta, a gente é feliz
Tal qual um pássaro livre no ar
Pensando bem nos temos algo em comum
Porque nascemos só pra cantar

Disse o poeta, o artista vai onde o povo está
Por isso cantamos a qualquer hora em qualquer lugar 2X

Quem canta os males espanta, a gente é feliz
Tal qual um pássaro livre no ar
Pensando bem nós temos algo em comum
Porque nascemos só pra cantar

Eieiii, eee
Ieieieieieee
Eieiii, eee
Ieieieieieee

Fio de cabelo

Quando a gente ama
Qualquer coisa serve para relembrar
Um vestido velho da mulher amada
Tem muito valor
Aquele restinho do perfume dela que ficou no frasco
Sobre a penteadeira
Mostrando que o quarto
Já foi o cenário de um grande amor

E hoje o que encontrei me deixou mais triste
Um pedacinho dela que existe
Um fio de cabelo no meu paletó
Lembrei de tudo entre nós
Do amor vivido
Aquele fio de cabelo comprido
Já esteve grudado em nosso suor

Quando a gente ama
E não vive junto da mulher amada
Uma coisa à toa
É um bom motivo pra gente chorar
Apagam-se as luzes ao chegar a hora
De ir para a cama
A gente começa a esperar por quem ama
Na impressão que ela venha se deitar

E hoje o que encontrei me deixou mais triste
Um pedacinho dela que existe
Um fio de cabelo no meu paletó
Lembrei de tudo entre nós
Do amor vivido
Aquele fio de cabelo comprido
Já esteve grudado em nosso suor

No rancho fundo

No rancho fundo
Bem pra lá do fim do mundo
Onde a dor e a saudade
Contam coisas da cidade

No rancho fundo
De olhar triste e profundo
Um moreno canta as mágoas
Tendo os olhos rasos d’água

Pobre moreno que de noite no sereno
Espera a Lua no terreiro
Tendo um cigarro por companheiro

Sem um aceno
Ele pega na viola
E a Lua por esmola
Vem pro quintal desse moreno

No rancho fundo
Bem pra lá do fim do mundo
Nunca mais houve alegria
Nem de noite, nem de dia

Os arvoredos já não contam mais segredos
E a última palmeira
Já morreu na cordilheira

Os passarinhos
Hibernaram-se nos ninhos
De tão triste esta tristeza
Enche de trevas a natureza

Tudo porque, só por causa do moreno
Que era grande, hoje é pequeno
Pra uma casa de sapê

Se Deus soubesse
Da tristeza lá na serra
Mandaria lá pra cima
Todo o amor que há na terra

Porque o moreno
Vive louco de saudade
Só por causa do veneno
Das mulheres da cidade

Ele que era
O cantor da primavera
E que fez do rancho fundo
O céu melhor que tem no mundo

Se uma flor desabrocha
E o Sol queima
A montanha vai gelando
Lembra o cheiro da morena

Nuvem de lágrimas

Há uma nuvem de lágrimas sobre os meus olhos
Dizendo pra mim que você foi embora
E que não demora, meu pranto rolar
Eu tenho feito de tudo pra me convencer
E provar que a vida é melhor sem você
Mas meu coração não se deixa enganar

Vivo inventando paixões pra fugir da saudade
Mas depois da cama, a realidade
Essa sua ausência doendo demais
Dá um vazio no peito, uma coisa ruim
O meu corpo querendo seu corpo em mim
Vou sobrevivendo num mundo sem paz

Ah… Jeito triste de ter você
Longe dos olhos e dentro do meu coração
Me ensina a te esquecer
Ou venha logo e me tire dessa solidão