Chico César

Chico César é um cantor, compositor e escritor brasileiro que se destacou por suas letras poéticas e sua mistura de ritmos regionais, como o forró e o maracatu, com influências do rock e da MPB. Nascido em Catolé do Rocha, Paraíba, em 1964, ele começou a carreira na música na década de 1990 e se tornou conhecido em todo o Brasil com o sucesso da música “Mama África” em 1995. Chico César é um artista versátil que também colaborou com outros artistas e produziu trilhas sonoras para cinema e televisão. Com uma carreira de mais de 30 anos, ele é um dos principais representantes da música popular brasileira contemporânea.

A amor é um ator revolucionário

O amor é um ato revolucionárioQuem vive amando dando amor e sendo amadoColhendo o que lhe é oferecidoE a si mesmo se coloca ofertadoSe este está nu veste-o manto sagradoQue ao que ama o infinito faz vestidoDe Deus e os deuses sim é o mais queridoMesmo no escuro seu sentir é iluminado O amor é

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Pedrada

Cães danados do fascismoBabam e arreganham os dentesSai do ovo a serpenteFruto podre do cinismo Para oprimir as gentesNos manter no escravismoPra nos empurrar no abismoE nos triturar com os dentes Ê república de parentes pode crerNa nova Babilônia eu e vocêSomos só carne humana pra moerE o amor não é pra nós Mas nós

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Teofania

Além do bem e do malCom seu amor fatalEstá o ser que sabe quem souNo tempo que é um lugarNo espaço que é um passarEspreita-nos um olhar criador Muitos me dirão: que não!Que nada é divino: nem o pão, o vinho, a cruzOutros rezarão: em vão!Pois nada responde e tudo se esconde – em luz

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Antinome

A noite agudaOuvi um deus me acudaComo se aqui fosse a croáciaE era um assalto na farmáciaAlguém necessitavaGaze e merthiolateOb e chá mate Chamo-te pelo antinome, paiQuando o invisívelSome e se esvaiEm vinho que não beboEm pão que não comerei jamais No dia longoSol nascendo e sol se pondoComo se aqui fosse o saaraÉ ceará

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Respeitem meus cabelos, brancos

Respeitem meus cabelos, brancosChegou a hora de falarVamos ser francosPois quando um preto falaO branco cala ou deixa a salaCom veludo nos tamancos Cabelo veio da áfricaJunto com meus santos Benguelas, zulus, gêgesRebolos, bundos, bantosBatuques, toques, mandingasDanças, tranças, cantosRespeitem meus cabelos, brancos Se eu quero pixaim, deixaSe eu quero enrolar, deixaSe eu quero colorir, deixaSe

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Mandela

gastei minha sandália havaianaandando atrás dessa baianamas a baiana me vaioueu disse que vim do senegalmontado num cavalo-de-paubaiana me desmontouolha que me queixo pro tutubaiana deixa dissovou reclamar pro bispo de tu mand’ela virmand’ela aquimand’ela cámand’ela mand’elamand’ela mand’ela eu disse que vim do cabo verdemas ela me achou imaturomandou pra porto seguroe agora tá indo

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Se você viajar

Acho, se você viajarTalvez eu fique na fossatalvez ninguém possa me consolarAcho, se você viajartalvez eu quebre a louçaE atravesse a Rebouças sem olhar pra lado algum E eu que tantos fuiTalvez não seja nenhumComo agora sou, sou, sou (4x)  Amor que não se medeAmor que não se pedeNão se repete, amor! Acho, se você

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Pedra de responsa

É pedra, é pedra, é pedra É pedra de responsa Mamãe eu volto prá ilha Nem que seja montado Na onça…(2x) Quando fui Na ilha maravilha Fui tratado como um paxá Me deram arroz de cuxá Água gelada da bilha Cozido de jurará Alavantú na quadrilha… É pedra, é pedra, é pedra É pedra de

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Templo

Se você olha pra mim Se me dá atenção Eu me derreto suave Neve no vulcão Se você toca em mim Alaúde emoção Eu me desmancho suave Nuvem no avião Himalaia himeneu Esse homem nú sou eu Olhos de contemplação Inca maia pigmeu Minha tribo me perdeu Quando entrei no templo da paixão

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Clandestino

O riso do menino que nem nasce e chora Apavora como a xota da órfã anã Maior que o plenário da onu E a lágrima do grão-mestre da ku-klux-klan Klaxon, vá, vá, vá Vá filosofia vã Qual o clã deste menino clandestino, qual o clã?

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Dança

Intro: C Am (C Am) A romã, a tribo, a procura O caldo da cultura, o cauim A quermesse, o curso, a bienal, a escultura Hosana nas alturas, anjos no céu de Berlim. Osasco Osaka Rosa Bomba Maca Ossos do office-curumim Dança o povo negro Dança o povo índio Sobre as roças mortas de aipim

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Palavra mágica

Não diga a palavra mágica Eu lhe peço por favor Não diga a palavra mágica Não diga a palavra amor Não diga a palavra mágica Eu lhe peço por favor Não diga a palavra mágica Não diga senão eu vou Meu coração vira-lata É livre na teoria De noite cruza a cidade Necessidade de dia

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Paraíba meu amor

Paraíba meu amor Eu estava de saída Mas eu vou ficar Não quero chorar O choro da despedida O acaso da minha vida Um dado não abolirá Pois seguirás bem dentro de mim Como um são joão sem fim Queimando o sertão E a fogueirinha é lanterna de laser Ilumina o festejo do meu coração

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Benazir

não aponte o dedo para benazir butho seu puto ela está de luto pela morte do pai não aponte o dedo para benazir esse dedo em riste esse medo triste é você benazir resiste o olho que existe é o que vê

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À primeira vista

Quando não tinha nada, eu quisQuando tudo era ausência, espereiQuando tive frio, tremiQuando tive coragem, liguei Quando chegou carta, abriQuando ouvi Prince, danceiQuando o olho brilhou, entendiQuando criei asas, voei Quando me chamou, eu vimQuando dei por mim, tava aquiQuando lhe achei, me perdiQuando vi você, me apaixonei Ô, amarrara dzaia soiê, dzaia, dzaiaAí, iii,

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Mama África

Mama África A minha mãe É mãe solteira E tem que Fazer mamadeira Todo dia Além de trabalhar Como empacotadeira Nas Casas Bahia…(2x) Mama África, tem Tanto o que fazer Além de cuidar neném Além de fazer denguim Filhinho tem que entender Mama África vai e vem Mas não se afasta de você… Mama África

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