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A casinha

Você sabe de onde eu venho
De uma casinha que eu tenho
Fica dentro de um pomar
É uma casa pequenina
Lá no alto da colina
De onde se ouve longe o mar
Entre as palmeiras bizarras
Cantam todas as cigarras
Sob o por de ouro do Sol
Do beiral vê-se o horizonte
No jardim canta uma fonte
E há na fonte um rouxinol
Do jasmineiro tão branco
Tomba de leve no banco
A flor que ninguém colheu
No canteiro há uma rosinha
No aprisco uma ovelhinha
E em casa o meu cão e eu
Junto a minha cabeceira
Minha santa padroeira
Que está sempre em seu altar
Cuida de mim se adoeço
Vela por mim se adormeço
E me acorda devagar
Quando desço pela estrada
E olho a casa abandonada
Sinto ao vê-la, não sei que
Anda em tudo uma tristeza
Como é triste a natureza
Com saudades de você
Se você é minha amiguinha
Venha ver minha casinha
Minha santa; e o meu pomar
Meu cavalo é ligeiro
É uma légua só do outeiro
Chega a tempo de voltar
Mas, se acaso anoitecer
Tudo pode acontecer
Que será de mim depois
A casinha pequenina lá do alto da colina
Chega bem para nos dois

Jura

Jura, jura, jura pelo senhor
Jura pela imagem
Da santa cruz do redentor
Pra ter valor a tua…

Jura, jura, jura de coração
Para que um dia
Eu possa dar-te o amor
Sem mais pensar na ilusão

Daí então dar-te eu irei
O beijo puro da catedral do amor
Dos sonhos meus
Bem junto aos teus
Para fugirmos das aflições da dor.

Linda flor (ai ioiô)

Ai, ioiô
Eu nasci pra sofrer
Foi olhar pra você
Meus zoinho fechou
E quando os óio eu abri
Quis gritar, quis fugir
Mas você
Eu não sei porque
Você me chamou

Ai, ioiô
Tenha pena de mim
Meu senhor do Bonfim
Pode inté se zangar
E se ele um dia souber
Que você é que é
O ioiô de iaiá

Chorei toda noite, pensei 
Nos beijo de amor que te dei
Ioiô, meu benzinho do meu coração
Me leva pra casa, me deixa mais não
Chorei toda noite, pensei 
Nos beijo de amor que te dei
Ioiô, meu benzinho do meu coração
Me leva pra casa, me deixa mais não